CTT afunda mais de 10% após cortar estimativas
Ações do CTT afundam esta manhã em Lisboa depois de a empresa ter anunciado na sexta-feira que o negócio piorou. Mantém dividendo mas isso não é suficiente para segurar título.
As ações do CTT afundam no arranque da sessão em Lisboa mais de 10% depois de a empresa ter baixado as estimativas para os resultados do último exercício. Apesar de ter reafirmado dividendo, isso não demoveu os investidores de despacharem títulos dos Correios nacionais. E as casas de investimento também já começaram a reagir, com o JPMorgan a cortar a avaliação da cotada em 30%.
Os títulos dos CTT afundam 11,34% para 5,33 euros. Os Correios anunciaram na passada sexta-feira que o tráfego postal caiu mais do que o esperado no último trimestre de 2016 e isso vai refletir-se nas contas anuais que a empresa apresentará a 9 de março. Os analistas antecipam uma queda de 5% do lucro para 68,3 milhões de euros, mas valor pode ser revisto em baixa depois da nova informação prestada pela cotada.
Com a atualização do guidance, a empresa liderada por Francisco Lacerda revela uma degradação das perspetivas para o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), prevendo um recuo entre 4% e 7% dessa rubrica, depois da visível quebra no tráfego de correio postal, justificada com “o impacto relevante dos feriados naquele período (menos três dias úteis do que no quatro trimestre de 2015)”, que originou um “decréscimo de 4% a 5% nos rendimentos operacionais de 2016”.
Com este desempenho, a bolsa nacional seguia sob pressão vendedora. Tal como as outras praças europeias, com os investidores a manterem o foco do outro lado do Atlântico, “como os desenvolvimentos relativamente às políticas e medidas do Presidente norte-americano, Donald Trump, nomeadamente a questão mais recente relacionada com a política de imigração, até porque algumas empresas de peso, como a Google, a Apple e o Facebook têm sido críticas em relação a algumas iniciativas do novo Presidente”, explicam os analistas do BPI.
O PSI-20, o índice de referência da bolsa de Lisboa, perdia 0,94% para 4.566,61 pontos, acompanhado pelo Ibex-35 de Madrid e pelo FTSE Mib de Milão, que cediam 0,55% e 0,7%, respetivamente.
No plano nacional, destaque ainda para as ações do BCP. Seguiam a valorizar quase 1% num arranque de sessão positivo para os direitos do aumento de capital, que valorizam mais de 6% no último dia em bolsa.
São 12 as cotadas que negoceiam esta manhã abaixo da linha de água, como a Galp Energia cujos títulos recuam mais de 1% numa nova sessão de queda para os preços do petróleo nos mercados internacionais.
(Notícia atualizada 8h26)
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