Wall Street regista maior queda desde as eleições em novembro
A bolsa de Nova Iorque desvalorizou como nunca tinha feito desde a eleição de Donald Trump. A razão? O novo Presidente e a sua ordem executiva de impedir a entrada de refugiados no país.
Até agora os mercados estavam a reagir de forma positiva às políticas de Donald Trump, mas esse panorama mudou esta segunda-feira. Até o Dow Jones — depois de acumular recordes na semana passada — baixou dos 20.000 pontos. Hoje os índices fecharam em terreno negativo em Nova Iorque acompanhando os protestos à política isolacionista de imigração com a ordem executiva do novo Presidente.
Segundo a Bloomberg, este é o pior resultado de Wall Street desde que o resultado das eleições de 8 de novembro deu vitória a Trump. O S&P 500 desvalorizou esta segunda-feira como não tinha feito desde 1 de novembro. O índice baixou 0,7% para os 2.278,54 pontos. Quem desceu mais foi o Nasdaq que registou uma quebra de 0,83% para os 5.613,71 pontos.
Contudo, a desilusão do dia é o Dow Jones que desceu da barreira dos 20.000 pontos, depois de a ter atingido na semana passada. O índice desvalorizou 0,61% para os 19.971,13 pontos. A prejudicar as expectativas dos investidores está um previsível choque entre o Presidente dos Estados Unidos e o Congresso, o que está a captar mais a atenção mediática do que as políticas pró-crescimento que a nova Administração quer aplicar. O dólar também desvalorizou face ao à divisa japonesa iene.
Numa ordem executiva assinada, Donald Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por pelo menos 120 dias e impôs um controlo mais severo aos viajantes oriundos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iémen durante os próximos três meses. Esta tentativa de bloquear a entrada a refugiados — entretanto travada por uma juíza federal norte-americana — mereceu críticas por parte de alguns dos principais líderes mundiais. Além disso, vários empresários norte-americanos já demonstraram a sua solidariedade com os refugiados.
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