7 números para perceber a emissão de dívida da CGD
A CGD dá o tiro de partida para atrair investidores para os títulos de dívida subordinada exigidos no âmbito do programa de recapitalização. Perceba, em sete números, a operação que está no mercado.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) já está na estrada a tentar atrair investidores para uma emissão de dívida subordinada prevista no âmbito do programa de recapitalização. Uma operação que serve para reforçar os rácios de capital do banco e que vai decorrer simultaneamente com uma injeção de capital de 2,5 mil milhões de euros por parte do Estado. Conheça os números desta operação que arranca em Paris e Londres.
5 bancos
A CGD conta com um total de cinco bancos para a ajudar na colocação da dívida subordinada junto de investidores institucionais — não é vendida aos balcões. CaixaBI, o banco de investimento do banco público, Barclays, Citi, Deutsche Bank e JPMorgan foram as instituições contratadas para promoverem os títulos num road show que arranca em duas das principais praças financeiras europeias: Paris e Londres.
500 milhões
A CGD vai fazer duas emissões de dívida altamente subordinada — só assim conta para os rácios de capital da instituição. Nesta primeira operação, o banco público pretende obter um total de 500 milhões de euros através destes títulos destinados exclusivamente a investidores institucionais.
10%
A taxa final vai depender do interesse, ou não, dos investidores, bem como das condições do mercado. No entanto, o custo desta dívida para o banco público deverá ficar próximo dos 10%. “Só emite dívida subordinada quem tem de emitir. Porque é uma dívida que tem características de remuneração elevadas e que pesa no balanço dos bancos”, explica Paulo Macedo.
5 anos
Estes títulos que a CGD vai emitir são perpétuos, ou seja, em teoria vão durar para sempre. No entanto, o banco liderado por Paulo Macedo poderá amortizá-los dentro de cinco anos, desde que seja autorizado a fazê-lo pelas autoridades. Após os cinco anos pode decidir amortizá-los em cada data de pagamento dos cupões.
2.500 milhões
Esta emissão de dívida destinada a investidores institucionais privados decorre em simultâneo com a injeção de 2.500 milhões de euros feita pelo Estado. Estas operações têm de acontecer ao mesmo tempo, sendo que se uma delas falhar, a outra também não acontece. A injeção estatal não é considerada ajuda pública porque há também entrada de capitais privados.
31 de março
A operação já arrancou, devendo estar finalizada no final deste mês. “A CGD tem o seu quadro de capitalização aprovado pela União Europeia e, ao longo deste mês, será concluída a segunda fase de capitalização”, disse António Costa. Ou seja, de acordo com o primeiro-ministro, a CGD deverá chegar “ao mês de abril com o processo de capitalização devidamente concluído”.
18 meses
A CGD voltará, mais tarde, a emitir dívida subordinada para completar o processo. Estes 500 milhões de euros são apenas a primeira tranche prevista no processo de recapitalização, ficando a faltar depois uma outra “fatia” de 430 milhões de euros que deverá ser colocada no mercado no prazo de 18 meses. Inicialmente esta tranche era de 500 milhões.
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