Moody’s mantém rating da CGD com perspetiva “estável”
A agência de notação financeira manteve o rating do banco público, deixando-o com perspetiva "estável". Entende que o processo de recapitalização é crítico para o banco liderado por Paulo Macedo
A agência de notação financeira Moody’s decidiu manter o ‘rating’ da Caixa Geral de Depósitos (CGD) inalterado em “B1”, com ‘outlook’ (perspetiva) “estável”, na sequência dos resultados de 2016 recentemente anunciados e das metas do plano de reestruturação.
O ‘rating’ de “B1” é relativo à dívida de longo prazo e aos depósitos do banco público, vincou em comunicado a Moody’s Investors Service.
Quanto ao processo de recapitalização em curso, a Moody’s entende que o mesmo é “crítico” para a estabilização da capacidade de absorção de perdas da CGD e para a execução da transformação estrutural até 2020, que visa o regresso à rentabilidade do banco estatal.
A CGD fechou esta quinta-feira a emissão de dívida subordinada no montante de 500 milhões de euros, uma parte importante da operação de recapitalização em curso no banco público. No prazo de 18 meses será realizada a restante emissão de dívida, de 430 milhões de euros.
A emissão de dívida faz parte do processo de recapitalização do banco, com o objetivo de aumentar o seu capital em cerca de 5.000 milhões de euros, o que servirá para assumir maiores níveis de imparidades (perdas potenciais, nomeadamente com créditos), cumprir rácios de capital (indicadores de solvabilidade da instituição) mais exigentes e ainda fazer face aos custos da reestruturação que será feita (sobretudo saída de pessoal, nomeadamente através de reformas).
Do valor total do aumento de capital, já foi executada a primeira fase, que equivale a cerca de 1.300 milhões que vieram de operações contabilísticas (a integração da ParCaixa e a conversão para capital das obrigações contingentes subscritas pelo Estado em 2012, os chamados ‘CoCos’).
Já o restante valor de 2.700 milhões vai ser uma injeção de dinheiro direta do Estado e cerca de 1.000 milhões de euros de emissão de dívida subordinada que conta para efeitos de capital.
A CGD apresentou prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros em 2016, mais de dez vezes o resultado negativo de 171 milhões de euros de 2015.
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