Fed vai deixar de comprar dívida no final do ano
Foram divulgados pormenores sobre o último encontro dos governadores norte-americanos. A Fed prepara-se para colocar um ponto final definitivo no programa de estímulos.
As minutas da última reunião da Fed — na qual aumentou a taxa de juro dos EUA — revelam que a maior parte dos governadores querem que a política de estímulos desvaneça este ano. A ideia é que à medida que vai aumentando a taxa de juro, a Fed deixe de injetar tanto dinheiro na economia norte-americana que tem dados sinais positivos nos últimos meses. Alguns governadores alertaram ainda para a excessiva valorização das cotadas.
A maioria do conselho de governadores da Reserva Federal norte-americana querem que exista uma mudança de política para diminuir o atual balanço do banco central de 4,5 biliões de dólares. “A maior parte dos participantes antecipa que se continue com o aumento gradual da taxa de juro“, lê-se nas minutas divulgadas esta quarta-feira, segundo a Bloomberg, referindo ainda que existe concordância numa mudança na política de reinvestimento no final de 2017.
“A maior parte dos participantes enfatizou que reduzir o tamanho da folha do balanço [do banco central] deveria ser conduzido de forma passiva e previsível”, descrevem as minutas da última reunião da Fed que ocorreu a 14 e 15 de março. Contudo, a forma como essa diminuição dos estímulos vai ser feita será novamente discutida nas próximas reuniões (a próxima é no início de maio). Uma das opções passará por deixar de reinvestir o dinheiro obtido com as amortizações de obrigações.
Efeito Trump nas bolsas é “muito elevado”
Desde que Donald Trump foi eleito que as bolsas norte-americanas têm valorizado, de tal forma que os índices atingiram vários recordes. A maior parte dos governadores da Fed viram esta valorização das ações como um sinal da flexibilização das condições financeiras dos mercados.
Contudo, também houve um alerta: “Alguns participantes vêm os preços dos títulos como muito elevados”, lê-se também nas minutas. Além disso, o conselho de governadores verificou que houve um aumento “significativo” nos últimos meses nos ativos de risco assim como nas ações dos mercados emergentes.
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