Azul já tem luz verde para entrar em bolsa
A companhia aérea detida por David Neeleman, acionista da TAP, espera retomar as negociações de entrada em bolsa até à próxima terça-feira. A operação deverá render 450 milhões de euros.
É a quarta tentativa de entrada em bolsa por parte da Azul e, para já, há luz verde para avançar. A companhia aérea brasileira detida por David Neeleman, um dos acionistas da TAP, fez o primeiro pedido de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), em 2013, mas tem enfrentado vários contratempos.
O último foi esta semana. A entrada no mercado de capitais de São Paulo deveria ficar concretizada esta sexta-feira, dia 7 de abril, mas, um dia antes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira decidiu suspender por 30 dias esta entrada em bolsa, justificando que a companhia aérea tinha cometido irregularidades na disponibilização de informação nos roadshows de apresentação do IPO, além de ter divulgado informação sigilosa à imprensa.
Uma das irregularidades estava relacionada com a divulgação de informações sobre os ganhos que a Azul encaixou com a TAP, num site norte-americano destinado a investidores. Essas informações, que se tratavam de projeções, não constavam do prospeto da oferta de ações apresentado à CVM e foram vistas como “material publicitário não aprovado”.
Entretanto, ao final do dia de sexta-feira, o regulador brasileiro revogou a decisão tomada previamente e levantou a suspensão. A CVM diz que a Azul tomou “providências” que “atenderam à necessidade de saneamento das irregularidades que motivaram a suspensão”. Leia-se, a Azul retirou do site as projeções relativas aos ganhos com a TAP.
Levantada a suspensão, a Azul diz que será possível retomar as negociações de entrada em bolsa até à próxima terça-feira, dia 11 de abril.
A oferta deverá render um total de 450 milhões de euros à Azul, devendo o preço das ações fixar-se entre 19 e 23 reais. Com o montante levantado, a Azul pretende amortizar dívida e reforçar capital. A companhia aérea, a terceira maior do Brasil, terminou 2016 com uma dívida de perto de 1,2 mil milhões de euros e prejuízos de 37,8 milhões de euros.
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