Férias da Páscoa? Saiba os destinos onde os seus euros rendem mais
Londres, Manila, Estocolmo e a Cidade do México podem ser as escolhas mais acertadas para viajar nesta Páscoa. Estas são as capitais dos países cujas moedas mais desvalorizaram no último ano.
Quer ir de férias para fora na Páscoa e ainda não sabe para onde? Se no seu leque de prioridades estiver ainda encontrar o destino mais em conta, Londres, Manila, Estocolmo e a Cidade do México podem ser as escolhas mais acertadas. Estas são as capitais dos países cujas moedas mais valor perderam no último ano, o que as torna em destinos de férias financeiramente mais atrativos.
As contas foram feitas pela Ebury, empresa especializada em pagamentos internacionais e gestão de câmbios, que fez um ranking de volatilidade ao longo dos últimos 12 meses, de abril de 2016 ao mesmo mês deste ano, refletindo as moedas que mais desvalorizaram, ou as que mais recuperaram nesse período, face ao euro. “A evolução seguida pelo mercado cambial nos últimos doze meses impactou o mapa turístico internacional, num período em que muitos cidadãos planeiam as suas férias de Páscoa, pois alguns países sofreram uma forte desvalorização da moeda em relação ao euro, tornando-os destinos muito mais atraentes “, explica a Ebury.
"A evolução seguida pelo mercado cambial nos últimos doze meses impactou o mapa turístico internacional, num período em que muitos cidadãos planeiam as suas férias de Páscoa, pois alguns países sofreram uma forte desvalorização da moeda em relação ao euro, tornando-os destinos muito mais atraentes.”
E não é só na hora de fazer compras nos países de destino que a desvalorização de uma moeda pesa na fatura das férias. A Ebury explica que a volatilidade das moedas é um fator essencial para as agências de viagens, que contratam e pagam serviços em diversos locais do mundo. Ou seja, o próprio pacote de férias pode sair mais barato quando o adquirir na agência de viagens se optar por um destino cuja moeda sofreu uma maior quebra de valor.
O mais e o menos da força do euro face às moedas concorrentes
Segundo as informações recolhidas pela Ebury, a moeda mais utilizada pelas agências para reservar pacotes turísticos são o euro e a libra, na Europa. Já no resto do mundo, a moeda de pagamento mais comum é o dólar, embora haja exceções, como o real brasileiro, o dólar australiano e o baht tailandês.
De acordo com a análise da empresa especializada na gestão de câmbios, a libra surge como a moeda que mais valor perdeu ao longo do último ano, quando comparada com a divisa comunitária. A divisa britânica desvalorizou 9,19% nos últimos 12 meses, uma quebra de valor que surge no seguimento da decisão de saída do Reino Unido da União Europeia após a vitória do “Sim” ao Brexit no referendo de junho do ano passado. Ou seja, viajar hoje para Londres sai muito mais em conta do que há um ano.
Para quem pretenda ficar pela Europa, mas prefira não rumar à capital britânica, sempre pode seguir de viagem para Estocolmo, a capital da Suécia que tradicionalmente é vista como um dos destinos turísticos mais caros na Europa. A desvalorização de 3,33% registada pela coroa sueca nos últimos 12 meses torna este destino numa opção mais em conta nesta Páscoa.
Já quem prefira seguir para destinos um pouco mais longínquo o México e as Filipinas pode ser uma boa alternativa. Nos últimos 12 meses, o peso filipino desvalorizou 3,34%, enquanto o peso mexicano perdeu 2,46% face ao euro.
Destinos a evitar
Se uma das hipóteses que está a ponderar seja visitar a Rússia, e conhecer de mais perto o país das Matrioskas mas também dos famosos ovos de Páscoa de Fabergé, o melhor será esperar por uma melhor oportunidade. No ranking elaborado pela Ebury, o rublo surge como a divisa que mais valor ganhou no último ano. A moeda russa valorizou nesse período acima de 20%.
O mesmo tipo de decisão deverá tomar quem gostasse de visitar o Brasil nesta quadra. Desde abril do ano passado, o real acumula uma valorização de 17,69% face ao euro, o que torna esse destino de férias financeiramente menos apelativo. Bem mais atrativo seria se tivesse viajado rumo ao país do samba em setembro de 2015, ocasião em que o real atingiu um mínimo que coincidiu com um período muito conturbado da economia brasileira.
Também fará sentido, adiar para uma melhor ocasião visitar, por exemplo, também a Tailândia ou a Índia. As moedas dos dois países — o bath e a rupia — desvalorizaram 7,31% e 7,5%, respetivamente no último ano.
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