Pedro Marques responsabiliza PSD pelo atraso no investimento público
O ministro do Planeamento responsabilizou o PSD pelo baixo investimento público concretizado em 2016, acusando a direita de ter deixado o ciclo do acesso a fundos europeus para autarquias parado.
Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, responsabilizou o anterior Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, pela fraca execução do investimento público em 2016. O governante falava no debate desta quarta-feira sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, na Assembleia da República.
“Aumentámos para 35% o crescimento do investimento público em 2017”, começou por prometer Pedro Marques. E explicou: “Os valores a que chegamos resultam de podermos fazer com o investimento público o que fizemos em 2016 com o Portugal 2020 no investimento privado.” Em causa estão projetos públicos para reabilitação urbana e ferrovia, exemplificou.
"Quando chegamos ao Governo, não havia concursos para fazer investimento público. Era preciso aprovar concursos, (…) há um ciclo de investimento que estes senhores durante dois anos deixaram parado.”
“Quando chegámos ao Governo, não havia concursos para fazer investimento público”, acusou, defendendo que “era preciso aprovar concursos” e argumentando que há “um ciclo de investimento” que o Governo PSD/CDS-PP “durante dois anos deixaram parado.”
Em contrapartida, acenou com “números de hoje de Bruxelas” que dizem que Portugal é “o segundo país com maior absorção de fundos comunitários e pagamentos de fundos comunitários.”
Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP, nem queria acreditar que Pedro Marques estivesse a argumentar com os números do investimento e lembrou o corte aplicado em 2016. “Vem falar de investimento? Que previa 7,8% e afinal caiu 0,1%? O investimento cresceu para baixo?” ironizou. Mais tarde, Pedro Mota Soares, também deputado do CDS-PP, subiria à tribuna para voltar a perguntar pelos números prometidos do investimento. E tal como já tinha feito Nuno Magalhães, desafiou o Governo a levar o seu Programa de Estabilidade a votos e a testar a coesão das “esquerdas unidas”, disse, referindo-se ao PS, BE e PCP.
Pelos Verdes, Heloísa Apolónia reconheceu as boas intenções do Governo de aumentar o investimento e a atividade produtiva, mas não hesitou em deixar uma crítica: “Há uma questão que faz parte de todos os discursos mas muito pouco da prática: o combate às assimetrias geográficas.”
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