Quase dois terços dos empresários recomendam criar negócio
Os empresários portugueses estão mais otimistas do que em 2015 e avaliam positivamente o clima empresarial. Também otimistas, mas menos, estão os empresários espanhóis.
Quase dois em cada três empresários portugueses aconselham a criação de novos negócios, quando em 2015 era menos de metade, de acordo com um estudo nacional de competitividade regional da Zaask hoje divulgado. O documento, denominado Estudo Nacional de Competitividade Regional referente a 2016, indica que 63% dos empresários portugueses inquiridos aconselha “o lançamento de um novo negócio, em contraste com os 49% no ano anterior [2015]”.
No que respeita à evolução da economia portuguesa, os empresários destacaram uma “melhoria significativa” nos diferentes distritos do país, no entanto, apontam a dificuldade de recrutamento de trabalhadores (32% em 2016, contra 37% em 2015).
“Apenas 15% dos empresários portugueses encara esta tarefa [de recrutamento] com facilidade”, conclui o inquérito da Zaask, feito pelo segundo ano consecutivo e em colaboração com o Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa.
Este estudo contou com 1.590 respostas, das quais mais de metade (83%), ou seja, 1.321 correspondem a empresas a operar em território português (micro, pequenas e médias empresas) e 269 (17%) em Espanha. “A distribuição das respostas por distrito/zona é muito assimétrica: em Portugal, Lisboa, Porto e Setúbal, e em Espanha, a Comunidade de Madrid são os distritos/zonas com maior número de respostas ao inquérito”, refere.
No caso dos empresários espanhóis, o inquérito conclui que estes são “mais cautelosos” que os portugueses no que respeita a aconselharem a criação de novos negócios, pois apenas 45% incitam a fazê-lo.
O estudo revela também que a maioria dos empresários portugueses (56%) classifica a situação financeira da sua empresa como razoável, situação que melhorou face aos 53% que deram a mesma resposta no ano precedente. Paralelamente, o estudo permitiu identificar uma redução do número de empresários portugueses que consideram a sua situação financeira de má ou muito má, tendo passado dos 37% de 2015 para os 29% em 2016.
Em termos de distritos, Portalegre e Viana do Castelo são aqueles em que os inquiridos indicam que há uma maior facilidade em contratar trabalhadores. Já Bragança surge como o distrito que apresenta a melhor avaliação em termos da situação financeira das empresas e, consequentemente, da economia do distrito, em oposição a Faro e a Castelo Branco, respetivamente.
A Madeira e os Açores surgem como sendo as regiões que melhor conhecem a existência de ações de formação e de programas de ‘networking’, sendo também a Madeira uma das regiões com maior acompanhamento, a este nível, por parte das entidades locais.
No caso de Lisboa, quando comparada com o Porto, apresenta melhores resultados em termos de acompanhamento, recrutamento, programas de formação e ‘networking’. No entanto, o estudo permite concluir que Lisboa, face ao Porto, denota piores resultados financeiros das empresas e um maior pessimismo face à evolução da situação económica das empresas e do distrito.
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