Marcelo: Manutenção do rating é o esperado até haver decisão sobre défice
O Presidente da República espera "boas notícias" depois do verão, quando Portugal, como se antecipa, já tiver saído do Procedimento por Défices Excessivos.
A manutenção do rating atribuído a Portugal pela DBRS é o esperado. Pelo menos, até haver uma decisão europeia sobre a saída do Procedimento por Défices Excessivos (PDE). É desta forma que Marcelo Rebelo de Sousa vê a manutenção do rating atribuído a Portugal pela agência de notação financeira canadiana, que, apesar de reconhecer os progressos do país, não eleva a nota por ver ainda “desafios significativos”.
“Era o que se esperava. Até haver uma decisão sobre a saída do processo de défice excessivo, não é de esperar que as agências subissem o rating. Depois de haver uma decisão, se for positiva, como é de esperar, aí, a seguir ao verão, é que poderá haver boas notícias“, declarou o Presidente da República, em resposta aos jornalistas, durante uma visita à Mesquita de Lisboa.
O chefe de Estado aproveitou ainda para referir que “hoje chegaram notícias boas, como uma previsão do ISEG de crescimento de 2,4% para o primeiro trimestre“. Esta é, no seu entender, uma estimativa até “um pouco excessiva”, mas “mostra uma tendência positiva”, acredita Marcelo. E recomenda: “Vamos esperar pelo fim do verão”.
A agência de notação financeira DBRS anunciou, esta sexta-feira, que decidiu manter o rating atribuído a Portugal em BBB (baixo), o primeiro nível de investimento acima do “lixo”, com perspetiva estável.
A DBRS justificou a manutenção do rating com fatores positivos, ligados ao cumprimento das regras europeias, mas também negativos, alertando que se colocam “desafios significativos” a Portugal, como os “níveis elevados de endividamento público e empresarial, um crescimento potencial baixo e pressões orçamentais”.
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