Já se sabe mais do plano Trump. Menos o estrago no défice
As linhas orientadoras do novo plano fiscal dos Estados Unidos foram apresentadas e o objetivo principal é que a economia cresça. Mas não é nada que já não se soubesse.
Como prometido pelo próprio presidente, as linhas orientadoras do novo plano fiscal para os Estados Unidos da América foram apresentadas esta quarta-feira. Gary Cohn, conselheiro, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, apresentaram aos jornalistas o “maior corte de impostos desde 1986”, do qual fazem parte medidas como a redução do IRC e a modificação das tabelas de tributação.
A preocupação da Casa Branca é, segundo os próprios funcionários, simplificar o sistema fiscal através de uma reformulação que beneficie as empresas, a classe média e os mais pobres em detrimento dos mais ricos. Entre as medidas apresentadas destacam-se:
- Redução do imposto sob o rendimento das empresas de 35% para 15%;
- Eliminação da taxa de repatriação dos lucros;
- Modificação das tabelas de tributação e redução dos escalões de sete para apenas três;
- Eliminação da maior parte dos impostos cobrados aos particulares, nomeadamente aqueles que são definidos localmente e a Taxa Alternativa Mínima, uma taxa que, em 2005, totalizou 82% da fatura fiscal de Trump;
- Redução do imposto máximo a ser cobrado dos 39,6% para os 35%.
O secretário do Tesouro reiterou que “o objetivos destas medidas é fazer a economia crescer”, tendo argumentado que, em conjunto com a redução da regulação e a negociação dos tratados comerciais, vai fazer com que o PIB cresça na ordem dos 3%. Ainda assim, o sentimento de segurança não se estende a todos. Vários economistas contactados pela Bloomberg afirmaram que estas medidas farão com que o défice do país aumente de uma forma insustentável.
Para trás ficam os detalhes de sempre: como é que este novo plano será financiado e quais os impactos concretos. Todas as medidas apresentadas tinham ficado definidas em campanha, pelo que nem Cohn nem Mnuchin apontaram uma data concreta para que este novo plano fiscal seja apresentado no Congresso para votação.
Ainda assim, apelaram à consideração dos democratas para que este plano passe sem muitos obstáculos, visto que é algo “muito desejado por todos.” Detalhes à parte, ambos confirmaram que o processo está a avançar “em reuniões muito produtivas” e que “estamos determinados a movermo-nos o mais depressa que conseguirmos para que isto fique feito este ano.”
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