Petróleo afunda para mínimos de quase um mês
Esta descida reflete os receios dos investidores de que a produção nos EUA possa continuar a aumentar. Uma subida que contraria os esforços da OPEP para reduzir o excesso do "ouro negro" no mercado.
Os preços do petróleo estão a afundar para mínimos de quase um mês. Uma queda que já levou o WTI, em Nova Iorque, a cair novamente abaixo dos 50 dólares. Esta tendência negativa está a ser influenciada pelos receios de que a produção de petróleo possa ter aumentado nos EUA, o que contraria os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir o excesso da matéria-prima no mercado.
O Brent, negociado em Londres, recua 1,06% para 51,55 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, derrapa 0,95% para 49,10 dólares — os valores mais baixos desde 28 de março. A possibilidade de o Departamento de Energia dos EUA divulgar esta tarde um aumento das reservas norte-americanas está a manter os investidores cautelosos. Isto depois de o American Petroleum Institute ter divulgado dados que mostram um aumento de 897 mil barris na semana passada. Já os analistas consultados pela Bloomberg estão mais otimistas, prevendo uma queda de 1,75 milhões de barris no relatório desta quarta-feira.
Petróleo em mínimos de quase um mês
O “mais recente relatório do API sobre as reservas de petróleo dos EUA estava cheio de surpresas negativas“, diz Stephen Brennock, analista da PVM Oil Associates, à Bloomberg. O mercado enfrenta “um revés no processo de reequilíbrio do mercado petrolífero”.
O preço das cotações do petróleo pode vir a cair ainda mais. Possivelmente abaixo os 40 dólares por barril, afirma Christof Ruehl, responsável pelo research da Abu Dhabi Investment Autority. Isto pode acontecer, diz, se a OPEP não prolongar o corte da produção. “Se a OPEP e os outros países não prolongarem o acordo para cortar [a produção], esse patamar será ultrapassado”, explica.
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