Marcelo: “Tem de se encontrar forma de debater seriamente” discrepâncias salariais
O Presidente da República quer ver este problema "corrigido", mas distingue duas realidades: a das empresas do PSI-20 e a das PME.
A disparidade salarial entre gestores e trabalhadores é um assunto que tem de ser debatido “seriamente” e “corrigido”, para que se possa alcançar “justiça social”. O apelo é feito por Marcelo Rebelo de Sousa, que, ainda assim, distingue duas realidades: a das empresas do PSI-20 e a das pequenas e médias empresas (PME).
“Esse é um debate em curso mas é preciso distinguir duas realidades. Uma coisa são empresas do PSI-20, outra são as PME, que representam 90% a 95% das empresas portuguesas”, referiu Marcelo, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. O Presidente da República comentava, assim, a notícia, avançada esta terça-feira pelo Dinheiro Vivo, de que os gestores das cotadas ganham até 100 vezes mais do que os seus trabalhadores.
Marcelo reconhece que é legítimo perguntar “como é possível haver gestores, alguns também acionistas, que ganham tanto“, mas salienta que “estamos a falar de 20 empresas”.
Seja como for, diz o Presidente, “tem de se encontrar uma forma de debater seriamente o problema, não afetando as PME, vendo o que é que precisa de ser corrigido e como precisa de ser corrigido, de uma forma que apresente justiça social“.
Crescimento vai ser melhor do que todas as previsões
O Presidente da República comentou ainda os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, que dão conta de que Portugal teve a segunda maior descida homóloga da taxa de desemprego, em março, na União Europeia.
Portugal reduziu a taxa de desemprego de 12% para 9,8%, uma evolução que, para Marcelo, “parece confirmar o crescimento económico e o aumento do emprego”.
“Estando a aproximar-se a metade do ano, isto faz esperar resultados melhores em matéria de crescimento da economia e de emprego daquilo que tinha sido previsto por todos: Governo, Comissão Europeia, OCDE”, diz o Presidente. “Se assim for, é razão para alegria de todos os portugueses“, acrescentou.
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