Qual é o indicador de que Costa mais se orgulha? Do Eurobarómetro

  • ECO
  • 6 Maio 2017

António Costa encerrou a convenção autárquica do PS - e da candidatura de Manuel Pizarro no Porto - a revelar o "orgulho" no Eurobarómetro e a pedir um acordo de regime na reforma do poder local.

António Costa não esperava ter uma Convenção Autárquica tão agitada, tudo corria sobre rodas, mas Rui Moreira trocou-lhe as voltas no dia anterior e obrigou-o a ‘inventar’ uma candidatura de emergência à Câmara do Porto com o ‘óbvio’ Manuel Pizarro. Perante centenas de autarcas, Costa falou, muito, do último ano de governação e sinalizou qual é aquele de que mais se orgulha. “Dos vários indicadores que eu tenho visto sobre este ano e meio de governação, aquele que me tem dado mais orgulho é o indicador do Eurobarómetro de como entre 2015 e 2016 os portugueses duplicaram a confiança no governo e na assembleia da república”.

O secretário-geral do PS elencou, claro, os dados económicos, desde logo o emprego. Há um ano, estávamos a lutar contra as sanções, mas menos de um ano depois, cumprimos as nossas obrigações e aguardamos que a CE retire Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos. Nesta mudança, funda-se um dos maiores ganhos deste ciclo de governação. Os cidadãos recuperaram confiança, os investidores recuperaram confiança, os investidores estrangeiros voltaram a confiar no nosso país, e por isso nós não temos só melhores resultados orçamentais, nós temos também melhores resultados económicos. O país tem mais 153 mil postos de trabalho do que tinha anteriormente”.

E sublinhou, logo a seguir, o orgulho no Eurobarómetro. “E hoje quando se fala tanto em populismo, aquilo que mata mesmo o populismo é sermos capazes de reconstruir uma relação de confiança com os cidadãos, em que os cidadãos digam “sim, podemos acreditar neles, porque quando eles dizem, eles fazem e quando dizem que não fazem, não vão efetivamente fazer”.

Na convenção que dá início formal à campanha pré-eleitoral autárquica para as eleições de 1 de outubro, António Costa fixou o que é o principal objetivo do partido: “Qual é ambição? A nossa é ganhar estas eleições autárquicas e ganhar é, desde logo, continuarmos a ter a presidência da Anafre e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)”. E, numa referência óbvia ao Porto e à candidatura de rajada de Manuel Pizarro, Costa atirou: “Não há vitórias antecipadas, nem derrotas antecipadas, e quando o PS entra em jogo, entra em jogo para ganhar”.

A reforma do poder local, claro, esteve presente neste discurso. E pressionou Pedro Passos Coelho. A reforma do poder local e a transferência de competências para as câmaras “não pode ser a reforma do PS, mas a reforma de todos”, insistiu. E lançou um desafio: Costa quer saber se na Assembleia da República todos os partidos acompanharão ou não o governo para fazer uma reforma do poder autárquico. “Se têm ou não vontade política para concretizar esta reforma, antes das eleições autárquicas, para entrar em vigor em 1 de janeiro de 2018, para todas as câmaras e freguesias”.

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