Metro prolonga rede até Santos e Estrela. Veja o mapa
Ao todo, o Metropolitano de Lisboa prevê investir 484,5 milhões de euros, com o apoio de fundos comunitários, na construção de novas estações, remodelação das existentes e aquisição de carruagens.
O Metropolitano de Lisboa vai prolongar a rede até Santos e Estrela e criar uma ligação pedonal do Rato às Amoreiras. Estas são duas das principais novidades do Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metro, que prevê, ainda, a construção de estações em Campo de Ourique e nas Amoreiras, ainda que não haja previsão de data para esta construção.
O novo plano, apresentado esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente, implica um investimento de 484,5 milhões de euros (um valor bastante aquém dos 700 milhões inicialmente anunciados), entre construção de novas estações, remodelação das já existentes e aquisição de novas carruagens. No fim, a nova rede transforma a linha verde numa linha circular e grande parte da linha amarela passa a fazer parte da linha verde, como pode ver no mapa:
1. Ligação do Cais do Sodré ao Rato, via Santos e Estrela
A linha verde vai transformar-se numa linha circular, ligando o Cais do Sodré ao Rato, e acrescentando as estações de Santos e Estrela. Nesta linha, onde os comboios circulam atualmente com três carruagens, as circulações passarão a ser com seis carruagens, com intervalos nas horas de ponta de três minutos e 40 segundos.
No âmbito deste prolongamento, será construído um túnel, com cerca de dois quilómetros, entre as estações da Estrela e de Santos. Na última fase da ligação entre Santos e o Cais do Sodré, recorrer-se-á a construção a céu aberto.
A estação da Estrela ficará localizada na Calçada da Estrela, junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica da Estrela. Já a estação de Santos deverá localizar-se junto ao edifício do Batalhão dos Sapadores de Lisboa.
Os concursos das empreitadas deverão avançar no segundo semestre de 2018 e os trabalhos arrancam em 2019. O Metropolitano de Lisboa estima, assim, que a nova linha verde esteja concluída em 2021.
O custo previsto desta obra é de 216 milhões de euros (incluindo o nó do Campo Grande), um investimento que será feito com recurso a fundos do Banco Europeu de Investimento. Serão ainda adquiridas 33 novas composições, o que custará 50 milhões de euros.
2. Ligação pedonal do Rato às Amoreiras
A segunda mudança será na zona do Rato e Amoreiras. O Metro desenvolveu um “estudo de viabilidade” para avançar com uma ligação pedonal subterrânea, com uma extensão de cerca de 300 metros, que ligará a estação do Rato à Praça Santa Isabel, permitindo o acesso às Amoreiras, através de escadas e passadeiras mecânicas. Esta construção implica um investimento previsto de cerca de 15,6 milhões de euros.
3. Linha vermelha até Campo de Ourique. Sem data
Uma terceira construção será o prolongamento da linha vermelha de São Sebastião até Campo de Ourique, mas ainda não há data prevista para que isto aconteça. Para já, há um estudo de viabilidade que prevê a construção de mais de dois quilómetros de linha, em túnel, e a construção de mais de duas estações: Amoreiras, na avenida Conselheiro Fernando de Sousa, junto ao cruzamento com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, e Campo de Ourique, junto à Escola de Saúde Pública Militar, no cruzamento com a Rua Ferreira Borges.
Contudo, no comunicado enviado às redações, o Metro refere-se a este apenas como um “possível prolongamento”. A acontecer, as estimativas apontam para um custo de 186,7 milhões. Não está prevista uma data para a respetiva execução “por ausência de garantias do seu financiamento”, justifica a empresa, acrescentando que esta obra “deverá vir a ser financiada durante o próximo ciclo de fundos comunitários”.
4. Remodelação de estações
Por fim, a empresa vai avançar com a remodelação de estações. “A remodelação, ampliação e modernização de equipamentos das estações de Arroios, Areeiro, Colégio Militar, Olivais e Baixa-Chiado irá permitir a circulação de seis carruagens em toda a linha verde e a garantia de melhores acessibilidades, através do bom funcionamento de equipamentos mecânicos de mobilidade, como do refrescamento de instalações, correspondendo a um investimento total a curto prazo de 16,2 milhões de euros”.
Empresa vai contratar
Ainda no âmbito desta renovação, a Metropolitano de Lisboa planeia reforçar os quadros de trabalhadores. A empresa prevê reforçar as equipas de manutenção com 22 trabalhadores. Planeia ainda contratar dez maquinistas, “através do desenvolvimento interno de carreiras e acesso à função de maquinistas”. Por fim, serão admitidos 30 novos agentes de tráfego.
No primeiro trimestre deste ano, refere ainda a empresa, o Metropolitano de Lisboa registou um aumento de 10,8% da procura, bem como um aumento de 9% nas receitas, face ao período homólogo.
Notícia atualizada pela última vez às 11h50 com mais informação.
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