COTEC: “Empresas serão mais inovadoras se colaborarem entre si”
Roland Kupers, orador convidado do 14º encontro da COTEC, diz que a inovação é cada vez mais importante na medida em que o futuro é cada vez mais incerto.
As empresas precisam de aderir a redes colaborativas, sobretudo quando estamos a falar de pequenas e médias empresas, e quando o tema dominante é a inovação. Esta é uma das ideias que Roland Kupers, o principal orador do 14º Encontro Nacional de Inovação da COTEC, defendeu, esta terça-feira, em Matosinhos, na sede do CEIIA- Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.
Roland Kupers, académico e escritor diz que “as empresas podem ser mais inovadoras se colaborarem entre si, recorrendo a redes colaborativas“. O escritor adianta mesmo que, “coletivamente, podia ser a COTEC ou outra entidade a fazer esse exercício de cenários futuros com inúmeras PME’s a partilharem essa visão do futuro”. E onde as Universidades podem ter um papel fundamental.
Com a sala cheia de empresários, Roland Kupers diz mesmo que “essa disciplina de fazer cenários como forma de explorar o futuro, podia ser uma metodologia posta em prática pelos governos e por empresas”.
O tema é tão mais relevante, na opinião de Kupers, na medida em que o “futuro é cada vez mais incerto e mais turbulento”.
Para Kupers, as grandes empresas, por pensarem e correrem sobretudo atrás da eficiência, ficam limitadas na sua capacidade de inovar. “As grandes empresas não estão programadas para inovar”, afirma pelo que na maioria das vezes “compram inovação desenvolvida pelas empresas menores e mais novas”.
O autor deu mesmo o exemplo de empresas como a Shell e as componentes de inovação do iPhone. Kupers diz ainda que as empresas contribuem para o futuro mas que, “na maioria das vezes, são as mais novas e não as que já existem”.
Roland Kupers, em entrevista ao ECO, tinha já adiantado que a inovação “é a recombinação de coisas que já existem, de uma forma nova. Se queremos inovar, temos de ter acesso a muitas ideias que já existem e temos de ter a capacidade de as recombinar de forma diferente”.
O encontro intitulado “Inventar o Futuro – Liderar pela inovação colaborativa” contou ainda com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que para além de se ter regozijado com os números conhecidos na segunda-feira que dão conta de um crescimento do PIB, nos três primeiros meses do ano, de 2,8% aproveitou para referir que uma economia que aposte em inovação “vai ter melhores resultados”.
Já o presidente da COTEC, que abriu os trabalhos, adiantou que “a inovação cria empresas mais robustas, mais eficientes, criam mais empregos e melhores bem pagos”.
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