Centeno descarta renegociação da dívida apesar da saída do PDE

Ministro das Finanças aproveitou o palco da Bloomberg TV para reforçar confiança dos investidores em relação a Portugal. Governo continua comprometido com redução da dívida.

Mário Centeno falou à Bloomberg TV durante dez minutos.Bloomberg TV

A recomendação de Bruxelas para a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) significa que o Governo está em posição para pedir uma renegociação da dívida? Questionado pela Bloomberg TV, Mário Centeno descartou liminarmente esse cenário e aproveitou para reafirmar o compromisso do país com os seus credores.

“Estamos claramente comprometidos com os participantes do mercado no cumprimento de todos os requisitos e compromissos que fizemos em termos de redução da dívida, de consolidação orçamental, e de processo de reformas”, declarou o ministro das Finanças em entrevista à televisão daquela agência norte-americana.

“Isto está a compensar de várias formas. Não só na estabilidade do nosso setor financeiro, nos resultados que temos tido na consolidação orçamental. Temos números muito bons em 2016. Até agora, 2017 está totalmente alinhado com os nossos objetivos, que passa por atingir um défice de 1,5% do PIB. Mas também na atividade económica“, salientou Centeno a partir de Bruxelas, onde se encontra no âmbito das reuniões do Eurogrupo.

Durante a entrevista que durou cerca de dez minutos, o responsável português salientou por várias vezes o compromisso que o Executivo deseja manter em relação “à trajetória orçamental muito rigorosa” e ao foco no crescimento económico. Tudo para investidor ver e crer.

“Queremos alargar o número de agentes que compre a nossa dívida. Queremos reforçar a nossa confiança quanto à trajetória económica de Portugal”, frisou Centeno.

Sobre o crescimento económico, questionado se iria rever em alta as projeções para o crescimento em 2017 — previsões apontam para uma expansão do PIB de 1,8% –, o responsável pela pasta das Finanças adiantou que “oficialmente” não irá alterar as perspetivas. “Mas estamos a olhar certamente para números melhores do que o esperado”, frisou.

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