Draghi pede paciência. “Juros devem manter-se baixos”
O Presidente do Banco Central Europeu foi o primeiro anfitrião de uma nova iniciativa intitulada Youth Dialogue, do BCE. Hoje, em Lisboa, Draghi respondeu às perguntas dos jovens.
Mario Draghi, presidente do BCE, respondeu às perguntas dos jovens portugueses e europeus na iniciativa Youth Dialogue, do Banco Central Europeu, que teve lugar esta segunda-feira pela primeira vez no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa. Questionado sobre o impacto das baixas taxas de juro no retorno das poupanças, Draghi afirmou que estas têm de permanecer baixas para que o crescimento económico recupere, acrescentando que o retorno das poupanças será visto no “tempo devido”. O presidente do BCE pediu ainda paciência àqueles que têm poupanças, que verão o retorno das suas poupanças “no tempo devido”.
As perguntas a que Mario Draghi respondeu foram escolhidas pelo Banco de Portugal a partir de sugestões enviadas por estudantes universitários portugueses, europeus e de outras partes do mundo, sob o tema de inovação e produtividade. “Recebemos perguntas de toda a Europa, e de todo o mundo, incluindo da China e dos Estados Unidos”, assumiu o presidente do BCE, no início da sua intervenção, reconhecendo que os jovens se preocupam com a influência da inovação nos seus futuros.
Os estudantes presentes na sala, de várias universidades portuguesas, fizeram questões que foram desde o princípio do programa de quantitative easing do Banco Central Europeu até à importância de divulgar as ações do Banco Central Europeu aos cidadãos em geral.
Questionado, o presidente do BCE defendeu ainda que a utilização do dinheiro dos contribuintes na resolução de bancos deve ser minimizada, mas considerou que as instituições bancárias aumentaram os seus próprios meios. “Temos de garantir que o uso do dinheiro dos contribuintes é minimizado [na resolução de bancos]”, disse, mas ressalvou: “Uma coisa é certa: os bancos aumentaram os seus próprios meios, puseram de parte recursos capazes de absorver perdas em caso de crise”.
No final, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, sublinhou o significado da iniciativa ECB Youth Dialogue para mostrar “a vontade do BCE de ser uma instituição aberta e próxima da sociedade”. Sobre o tema do dia, inovação e produtividade, o governador assinalou que a inovação é “um bem público”, que deve ser fomentado pelas instituições. “Se não houver inovação radical não haverá futuro, e não haverá inovação radical sem a estrutura financeira apropriada”, terminou.
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