Ser CEO na banca americana rende três vezes mais
Nem só os menus do McDonalds são maiores na América. Os ordenados dos CEOs dos bancos americanos são em média três vezes maiores do que os dos pares que lideram os bancos no resto do mundo.
O CEO mais bem pago na banca americana é Jamie Dimon do JPMorgan, mas na verdade todos os líderes de bancos americanos estão a ganhar em relação às restantes caras da banca mundial. Ganham três vezes mais: amealham cerca de 20 milhões ao ano.
O estudo feito pela Bernstein conclui que entre 25 bancos dos EUA, Europa e Ásia, nos últimos treze anos, o Uncle Sam foi mais generoso com os gestores da sua banca em comparação com os restantes continentes, avança o Financial Times. Em 2016, ganhavam 3,26 vezes mais que os colegas no resto do mundo, mas esta nem é a maior diferença encontrada no estudo: em 2006, os ordenados dos gestores americanos chegaram a ser 6,8 vezes superiores.
Os ordenados dos banqueiros americanos mantiveram-se na fasquia dos 20 milhões ao ano desde o período anterior à crise de 2008 até hoje. Jamie Dimon, do norte-americano JPMorgan, está a frente na lista dos chefes de bancos mais bem pagos em 2015 com direito a 27,6 milhões anuais. Em último ficou Frédéric Oudéa, do francês Société Générale, com apenas quatro milhões por ano. Isto apesar dos retornos aos acionistas terem baixado e independentemente da nova regulação. Comparando o ordenado em relação ao dos CEOs das restantes empresas da lista Fortune 500, os salários dos líderes da banca americana superam-nos em cerca de 66%.
“Com todo o respeito, gerir um banco nos EUA não pode ser assim tão mais complicado do que fazer a restruturação de um RBS ou do UniCredit“, refere o estudo. A diferença pode estar em pressões políticas depois de resgates na banca europeia. Contudo, o analista Chirantan Barua prevê que no futuro os acionistas não deverão oferecer resistência a salários mais elevados dos CEOs caso se verifiquem “retornos semelhantes aos dos bancos americanos”.
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