Endividamento bate novo recorde: 724,4 mil milhões de euros
O endividamento das administrações públicas, empresas e famílias atingiu um novo máximo. Ainda assim, o crescimento do PIB poderá acomodar estas subidas.
O endividamento da economia — setor público, empresas e famílias, excluindo-se os bancos — está num novo recorde: 724,4 mil milhões de euros. Dos três setores, só as famílias contribuíram para a desalavancagem. Os dados foram reportados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.
Desde janeiro deste ano que o valor do endividamento, em termos nominais, tem crescido todos os meses. Em maio, o endividamento do setor público aumentou 700 milhões de euros, enquanto o do setor privado registou uma subida de mil milhões.
Endividamento a crescer
Fonte: Banco de Portugal
Tendo em conta que o reporte do PIB é trimestral, ainda não há dados que permitam avaliar com rigor se o ritmo de crescimento da atividade económica foi o suficiente para acomodar este aumento nominal. Até março, o peso do endividamento no PIB era de 385,1%, um número abaixo tanto do verificado no último trimestre de 2016, como no período homólogo, quando chegou a atingir os 392,6%.
Assumindo o valor estimado pelo Ministério das Finanças para o PIB de 2017, o valor registado em maio representa uma redução do peso do endividamento para 379,5%.
O Banco de Portugal adianta que o aumento do financiamento foi feito através do recurso a operações dentro das próprias administrações públicas, tendo diminuído o financiamento no exterior.
Já no que toca o setor privado, os números refletem o aumento do endividamento das empresas no exterior, compensado por uma redução do recurso ao financiamento tanto das próprias empresas, como das famílias, junto da banca em Portugal. No caso das famílias, o seu nível de endividamento baixou para 141,8 mil milhões de euros, menos 207 milhões de euros do que o verificado em abril.
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