Frente Comum “acampa” nas Finanças para integrar precários
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública realiza na sexta-feira uma ação de luta em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública realiza na sexta-feira uma ação de luta em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, para exigir a integração de todos os trabalhadores com vínculos precários no Estado. “É uma forma de luta, um acampamento, vamos entregar uma resolução ao Ministério das Finanças, à nova secretária de Estado no sentido de dar uma força a este processo e exigir que ninguém fique de fora”, disse à agência Lusa a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.
É uma forma de luta, um acampamento.
O protesto, em que participarão dirigentes, delegados sindicais, trabalhadores precários e bolseiros, que darão os seus testemunhos, decorre entre as 16h30 e as 21h30, estando prevista uma conferência de imprensa às 18h00. Para a estrutura sindical, é fundamental a participação de todos, “na reivindicação de que necessidades permanentes têm que corresponder a um vínculo efetivo e todos os trabalhadores devem ser integrados”.
“Neste momento, o que está em cima da mesa não é isso. É uma seleção entre aquilo que eles consideram vínculos irregulares, mas o conceito de precariedade do Governo não é o nosso conceito de precariedade”, disse Ana Avoila. Por este motivo, a iniciativa da Frente Comum, pretende ser “uma ação de chamada de atenção e sensibilização do Governo e da opinião pública”.
O conceito de precariedade do Governo não é o nosso conceito de precariedade.
“Se tivermos que ir para lutas maiores, se as coisas se complicarem, estamos com esta ação já feita e podemos mobilizar todos os trabalhadores com vínculos precários”, referiu. O documento será dirigido ao gabinete da nova secretária de Estado da Administração e Emprego Público, Fátima Fonseca, sucessora de Carolina Ferra. Sobre esta mudança, Ana Avoila considerou que “o Governo tem um rumo e dificilmente a mudança de secretário de Estado virá alterar esse rumo”.
“Vamos tentar, no entanto, que algumas coisas que estão na proposta de lei e com que nós não concordamos ainda possam ser alteradas”, afirmou à Lusa. O processo de integração de precários no Estado encontra-se a decorrer, tendo o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciado no parlamento que houve “mais de 26 mil” trabalhadores a requererem a regularização do seu vínculo laboral ao Estado.
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