“Em democracia não há desaparecimento de vítimas”, diz Marcelo
O Presidente da República frisa que não lhe "passa pela cabeça que, quem quer que seja, a pretexto de desdramatizar, possa minimizar o apuramento cabal dos factos e das responsabilidades".
Num momento em que o número de vítimas do incêndio de Pedrógão Grande ocupa o espaço mediático, o Presidente da República diz que não lhe “passa pela cabeça que, quem quer que seja, a pretexto de desdramatizar, possa minimizar o apuramento cabal dos factos e das responsabilidades”.
As declarações foram dadas ao Diário de Notícias, em entrevista a publicar no fim de semana (sábado e domingo). Marcelo Rebelo de Sousa frisa que o país vive numa democracia: “Em democracia não há desaparecimento de vítimas, não há, como se contava de algumas ditaduras estrangeiras, aviões a lançar corpos no mar. Isso não existe”. E pede “cabeça fria”. “É verdade que há debate político, em democracia há debate político, há período pré-eleitoral, estamos a dois meses das eleições autárquicas”, mas é preciso “serenidade” nesse debate, salienta o chefe de Estado.
Para Marcelo, é claro que “ou está vivo ou está morto, não pode haver uma terceira qualificação” e, por isso, insiste que não pode ficar a sensação de que, “por razões políticas, se minimiza o que não deve ser minimizado”. Porém, e pelas mesmas razões, não pode ficar a sensação de que se “maximiza e se lida com uma tragédia que pode correr o risco de ser considerada desrespeitosa para as próprias vítimas e para os familiares“.
Ou está vivo ou está morto, não pode haver uma terceira qualificação.
O Presidente reforça ainda que tem de haver “um apuramento total”, e não “parcial”, até “onde for possível esse apuramento, por um lado pelo Ministério Público e por outro lado pela comissão independente”.
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