Boas notícias: PIB da Zona Euro cresce ao ritmo mais alto desde 2011
É preciso recuar ao primeiro trimestre de 2011 para encontrar uma subida maior do PIB da zona euro.
São boas notícias para Portugal: a Zona Euro, onde estão os principais parceiros comerciais da economia nacional, deverá ter crescido ao ritmo mais elevado desde o primeiro trimestre de 2011. No segundo trimestre deste ano, o PIB do conjunto da moeda única aumentou 2,1% face aos mesmos meses de 2016, duas décimas acima do que tinha sido registado de janeiro a março. Os dados correspondem a uma estimativa preliminar e foram revelados esta terça-feira pelo Eurostat.
Comparando com o período de janeiro a março, o PIB subiu 0,6%, um valor também mais elevado (em uma décima) do que o que tinha sido registado nos três meses anteriores.
O gráfico mostra como a Zona Euro já está a recuperar desde o primeiro trimestre de 2013.
PIB da zona euro a crescer
Fonte: Eurostat
Olhando para o conjunto da União Europeia (UE), os números são igualmente positivos, com o crescimento a acelerar tanto em termos trimestrais, como em termos homólogos. Os 28 países da UE cresceram 0,6% em cadeia e 2,2% face ao segundo trimestre de 2016, em ambos os casos uma aceleração de uma décima.
O reverso da medalha
Contudo, há sempre um lado B: o facto de a zona euro estar a consolidar a retoma económica poderá levar o Banco Central Europeu (BCE) a começar a retirar as medidas de estímulo não convencionais no final deste ano. E a retirada das ajudas do BCE deverá ter um efeito negativo para os juros que estão a ser pagos pela República portuguesa.
Tal como explicou Cristina Casalinho em entrevista ao ECO, é certo que Portugal beneficia de alguma “proteção natural” contra a retirada das ajudas do BCE — na medida em que o programa de compra de ativos pode encolher para metade sem que haja necessariamente um reflexo no volume de compras que podem ser feitas pelo banco central, de dívida portuguesa. Mas também é expectável que qualquer efeito de subida dos juros pagos por economias que funcionam como “indicadores avançados” do preço cobrado a Portugal (como sejam Espanha e Itália) contagie os preços pagos por Portugal.
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