Novo hospital de Lisboa vai custar 16 milhões por ano
O investimento total para o novo hospital de Lisboa Oriental será de 300 milhões de euros para construção e manutenção, avançou o secretário de Estado da Saúde.
O novo Hospital de Lisboa Oriental vai custar ao Estado 16 milhões de euros por ano, estimou hoje o secretário de Estado da Saúde, apontando que o investimento total será de 300 milhões de euros para construção e manutenção.
“A renda que iremos pagar ao operador privado em termos de construção e manutenção [do novo hospital] andará à volta dos 16 milhões por ano” e “durante 27 anos”, disse Manuel Delgado na apresentação pública da nova unidade.
Como o Estado irá executar esta empreitada através de uma Parceira Público-Privada (PPP), “o Ministério da Saúde não vai por um tostão à cabeça do financiamento”, acrescentou o secretário de Estado.
O Governo terá, porém, de desembolsar “100 milhões de euros” para equipar a nova infraestrutura com material pesado e não pesado.
Manuel Delgado observou também que a “ineficiência” que resulta do facto de as instalações dos hospitais da zona central da capital serem “inadequadas e dispersas”, tem um custo de “cerca de 68 milhões por ano”.
“Portanto, a nova unidade vai ter capacidade de nos evitar gastar a mais 68 milhões de euros por ano”, salientou, considerando que “são ganhos importantes”.
Com uma capacidade estimada de 875 camas, o Hospital de Lisboa Oriental, que irá ocupar “cerca de 130 mil metros quadrados” na zona de Chelas, deverá entrar em funcionamento em 2023.
O Governo estima que a nova infraestrutura vai absorver as valências existentes nas seis unidades que fazem parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (Hospital de São José, Santa Marta, D. Estefânia, Curry Cabral, Capuchos e Maternidade Alfredo da Costa).
Na apresentação de hoje, que decorreu nos claustros do Hospital de Santa Marta, o coordenador da equipa que está a preparar a PPP referiu que o calendário desta operação prevê que o lançamento do concurso possa decorrer ainda este ano.
Depois, os concorrentes têm “seis meses para apresentarem as suas propostas” e o júri terá “até maio de 2019” para as avaliar, continuou Vítor Almeida, elencando que, após uma fase de negociação, “a assinatura do contrato poderá ocorrer em novembro” desse ano.
Está previsto que “no final do ano de 2019 tenhamos condições para assinar o contrato para que os anos de 2020, 2021 e 2022 sejam a fase de construção”, disse o responsável.
Quanto às especificidades, Vítor Almeida estimou que o edifício “não deverá passar dos quatro andares à superfície”, sendo acompanhado de “2.945 lugares de estacionamento, 1.450 subterrâneos”.
Em termos de transportes públicos, o local é servido pelo Metropolitano e “a Câmara de Lisboa comprometeu-se a fazer esforços para serem reforçados os sistemas de transporte de superfície, nomeadamente os autocarros” da Carris, informou.
A parte clínica, que não entrará na PPP, irá envolver “26 salas de operações, cerca de 113 gabinetes de consulta externa, mais 19 de reserva, terá 26 postos para quimioterapia, e terá uma inovação em matéria da radioterapia, com três aceleradores lineares num ‘bunker’ que poderá alojar um quarto acelerador linear”, explicou o secretário de Estado.
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