Estado aceitou 2,1 milhões de euros em cheques que estavam carecas
Os cheques carecas custaram ao Estado 2,1 milhões de euros no primeiro semestre do ano. O valor é uma gota de água comparando com o conjunto da economia.
Ainda se usam cheques? Pouco, mas o Estado aceitou o equivalente a 2,1 milhões de euros pagos em cheques… que estavam carecas. Este é o valor da má cobrança verificada nos primeiros seis meses de 2017, mostra a conta provisória do Estado, publicada esta quinta-feira em Diário da República.
A maior parte destes cheques sem cobertura destinava-se a pagar impostos: 1,3 milhões de euros para impostos diretos e cerca de 520 mil euros para indiretos. Somam-se quase 250 mil euros que deviam ter pagado taxas, multas e outras penalidades e cerca de 37 mil euros para fazer face a bens e serviços correntes que foram vendidos pelas entidades públicas. Estes valores dizem respeito apenas aos registados pelos serviços integrados do Estado.
Má cobrança no primeiro semestre
Fonte: DGO, Diário da República
Comparando com o ano passado, o custo dos cheques carecas nas cobranças dos Estado baixou ligeiramente: no primeiro semestre de 2016 foi de 2,4 milhões de euros.
Os cheques são cada vez menos utilizados, mas mesmo assim os bancos ainda registam milhares de cheques sem cobertura todos os meses. Segundo os dados do Banco de Portugal, nos primeiros seis meses deste ano foram entregues 48.600 cheques carecas, num total de 140,7 milhões de euros.
Face ao total de cheques utilizados estes números são muito pouco expressivos: os cheques sem provisão pesam cerca de 0,3% tanto no número total de cheques entregues, como nos valores globais envolvidos.
Cobrança coerciva do Estado nos 273,7 milhões
Nos primeiros seis meses do ano, os serviços integrados do Estado cobraram 273,7 milhões de euros em impostos diretos e indiretos de forma coerciva, mostram os dados da conta provisória. A este valor somam-se 99,4 milhões de euros de cobrança coerciva de taxas multas e outras penalidades e ainda 36 milhões em vendas de bens e serviços correntes.
Comparado com o primeiro semestre de 2016, a cobrança coerciva ficou um pouco abaixo. No que toca aos impostos, no ano passado a cobrança coerciva ia em 301 milhões de euros. Somavam-se 89,5 milhões de euros de taxas, multas e outras penalidades, e ainda 27 milhões em vendas de bens e serviços correntes. O total de 2016 no primeiro semestre era de 417,5 milhões de euros, enquanto este ano vai em 409,1 milhões.
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