Governo quer recuperar as construtoras que perdeu com a crise
A Mota-Engil, com as obras de desassoreamento do rio Mondego marca um início nas intenções do Governo, que quer voltar posicionar Portugal como um mercado atrativo para as construtoras.
O primeiro-ministro, António Costa, manifestou esta sexta-fera o desejo que as empresas de construção que saíram do país com a crise em busca de melhores condições no estrangeiro, regressem às obras públicas em Portugal. O desassoreamento do rio Mondego é a obra que marca o regresso da Mota-Engil ao mercado nacional, após vencer o respetivo concurso. António Costa espera que outras empresas se sigam e apresentem igual “capacidade de ganhar”.
Intervindo na sessão de consignação da obra de desassoreamento do rio Mondego, em Coimbra, António Costa frisou que a intervenção, orçada em cerca de quatro milhões de euros, “representa o regresso da Mota-Engil ao mercado nacional“, felicitou a construtora que venceu o concurso e disse esperar que outras empresas regressem ao mercado nacional.
“Aquilo que nós desejamos é que as empresas portuguesas que desenvolveram em 30 anos enormes competências na engenharia, enormes competências na capacidade de execução de obra, voltem a encontrar em Portugal um mercado tão atrativo como felizmente têm conseguido encontrar em muitos pontos do mundo”, disse o primeiro-ministro. “Digo a Mota-Engil como digo todas as outras empresas, a quem desejo que em próximos concursos se apresentem e tenham a capacidade de ganhar esses concursos”, adiantou.
António Costa considerou “essencial” que as empresas internacionalizadas “não deixem de ter a oportunidade de também em Portugal poderem realizar trabalho” porque ao fazê-lo contribuem para o crescimento da economia portuguesa e “é o emprego em Portugal que está também a aumentar”. Na intervenção, António Costa disse ainda que o se o Governo quer dar continuidade à trajetória “muito boa” que tem vindo a conseguir na redução do desemprego, tem de aumentar o investimento.
Considerou uma “agradável notícia” os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontam para a criação de 180 mil empregos, “em termos líquidos”, desde o início da entrada em funções do atual executivo e, simultaneamente, a queda na taxa de desemprego, que está abaixo da “barreira” dos 9%. “O investimento privado, felizmente, tem aumentado muito bem mas o investimento público tem também de continuar a aumentar, como se vê faz falta e é necessário. Seguramente, não precisaremos de grandes intervenções em vias rodoviárias”, disse o primeiro-ministro. “Há investimentos públicos para aumentar a nossa inserção nas redes globais, nos portos, nos aeroportos, na ferrovia, que continua a ser necessário”, argumentou.
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