AIE prevê aumento da procura mundial de petróleo. Operadores esperam subida do preço do barril
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta ligeira a estimativa da procura mundial de petróleo para 2017 e 2018, sublinhando que os operadores esperam uma subida do preço do barril.
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu hoje em alta ligeira a estimativa da procura mundial de petróleo tanto para este ano como próximo e sublinhou que os operadores esperam uma subida do preço do barril, ainda que modesto.
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero, divulgado esta quarta-feira em Paris, a AIE indica que as estimativas do consumo apontam para um aumento de 1,6 milhões de barris por dia em 2016 para um total de 97,7 milhões de barris por dia e de 1,4 milhões de barris por dia em 2018 para 99,1 milhões de barris por dia. Estas previsões apontam para aumentos de 100.000 barris em ambos os anos face às estimativas de agosto.
Paralelamente, a AIE sublinha que a produção diminuiu em agosto, pela primeira vez nos últimos quatro anos, para 97,7 milhões de barris por dia, menos 720.000 barris por dia do que em julho.
E ainda que uma parte desta descida tenha resultado de cortes imprevistos (em particular pelas revoltas na Líbia) e de operações de manutenção dos poços, a AIE refere que também pesou o facto da OPEP e os países associados ao acordo de redução da produção terem cumprido mais os compromissos assumidos.
Os 12 Estados da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) envolvidos no acordo subiram de 75% em julho para 82% em agosto o nível de cumprimento (que foi de 86% nos primeiros oito meses deste ano), enquanto os outros dez associados respeitaram o acordo a 100%, como nos oito meses anteriores.
As extrações do cartel petrolífero no mês passado desceram 210.000 barris por dia para 32,67 milhões e para este decréscimo pesou em particular a Líbia, que produziu 0,87 milhões de barris por dia em agosto, contra 1,01 milhões em julho.
As operações de manutenção fizeram diminuir em 500.000 barris por dia a produção dos países que não pertencem à OPEP para um total de 58 milhões de barris por dia, ainda que este nível continue a estar 1,2 milhões acima da produção em agosto de 2016, graças em particular aos Estados Unidos, Cazaquistão, Rússia, Canadá e Brasil.
Em relação ao furacão Harvey, que atingiu uma zona estratégica para o mercado petrolífero como é o Golfo do México, a AIE prevê que a descida da produção tenha sido em média de cerca de 200.000 barris por dia em agosto e que será de cerca de 300.000 em setembro. Os poços no interior do Texas foram particularmente atingidos.
A agência justificou as novas estimativas de um maior aumento da procura global com base na dinâmica do segundo trimestre deste ano, quando se reforçou a recuperação económica nos países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico).
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