Banco de Portugal recebeu 7.603 reclamações em seis meses
Banco de Portugal recebeu 7.603 reclamações de clientes bancários no primeiro semestre do ano, traduzindo-se num aumento de 7,5% face ao mesmo período de 2016.
O Banco de Portugal recebeu 7.603 reclamações de clientes bancários no primeiro semestre do ano, correspondendo a um aumento de 7,5% face ao mesmo período de 2016, devido sobretudo a queixas relativas ao “crédito hipotecário e ao crédito ao consumo”.
São mais de 1.200 reclamações em média por mês, cerca de 40 reclamações por dia, de acordo com a Sinopse de Atividades de Supervisão Comportamental, onde a instituição liderada por Carlos Costa descreve os resultados da sua atividade de supervisão dos mercados bancários de retalho entre janeiro e junho deste ano.
Entre os destaques da sua ação, o Banco de Portugal informa que aumentaram as reclamações dos clientes bancários durante os seis primeiros meses do ano (+7,5%), devendo-se esta evolução sobretudo ao números de queixas registadas relativas ao crédito hipotecário e ao crédito aos consumidores, “cuja média mensal aumentou, respetivamente, 32,4% e 10,4%”. Já as reclamações sobre contas de depósito diminuíram 2,8%.
A autoridade de supervisão detalha ainda que em 62% das reclamações encerradas não foram detetados indícios de infração por parte do banco reclamado. “Nos restantes 38%, a situação reclamada foi resolvida por iniciativa da instituição ou por atuação do Banco de Portugal”, informa ainda o banco central.
Dados que surgem num contexto de forte crescimento dos empréstimos dos bancos às famílias com vista ao consumo. Os últimos dados do Banco Central Europeu (BCE) mostravam que o bolo total do crédito ao consumo cresceu em 370 milhões de euros, em agosto, face ao mês anterior. O saldo total deste tipo de crédito aumentou assim em 2,87%, para 13.275 milhões de euros, no final de agosto.
BdP exigiu 119 alterações aos preçários
Na mesma sinopse, o Banco de Portugal indica que realizou análises a 581 preçários de bancos, um trabalho de supervisão do qual resultou alterações em 119 preçários por exigência da autoridade central.
Paralelamente, a instituição adianta ainda que emitiu 230 determinações dirigidas a 46 instituições “exigindo a correção das irregularidades detetadas na sequência das atividades de supervisão comportamental.
Neste âmbito, acrescenta, “o Banco de Portugal instaurou 37 processos de contraordenação contra 17 instituições, que incidiram sobretudo sobre a comercialização de crédito aos consumidores (11 processos) e as regras de comunicação de informação à central de responsabilidades de crédito (nove processos)”.
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