Exclusivo Pedro Siza Vieira, o novo ministro Adjunto: “Temos um Governo fragilizado”
Amigo de Costa há décadas, já tinha estado ao "serviço" do primeiro-ministro. Pedro Siza Vieira está "motivado", mas admite que o país "está devastado" e "o Governo fragilizado".
“Estive 30 anos a servir os meus clientes, agora vou servir o meu país”. As palavras são de Pedro Siza Vieira, 52 anos, o novo ministro-adjunto de António Costa, em declarações ao ECO. O sócio da Linklaters, advogado há quase 30 anos, diz que está “motivado” e que só assim poderia aceitar o convite que recebeu do chefe de Governo e seu amigo de longa data, dos tempos da Faculdade de direito de Lisboa.
“Tive apenas umas horas para dar uma resposta”. Por isso, admite ao ECO, ainda nem teve tempo para pensar ou escolher os seus secretários de Estado. “Claro que estou motivado. Temos um país devastado, o Estado falhou e temos um Governo fragilizado. Só aceitaria este cargo estando motivado. Por isso claro que estou motivado”.
Pedro Siza Vieira foi o advogado a quem a ainda Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, recorreu quando precisou de um parecer jurídico para analisar o contrato com a SIRESP, logo após a tragédia de Pedrógão Grande.
Pedro Siza Vieira trabalhou para o consórcio Atlantic Gateway precisamente no processo de privatização da TAP e esteve envolvido no dossiê Oitante, sociedade que ficou com os ativos tóxicos do Banif. Tem uma larga experiência em direito público, arbitragem comercial, PPP e concessões.
Claro que estou motivado. Temos um país devastado, o Estado falhou e temos um Governo fragilizado. Só aceitaria este cargo estando motivado. Por isso claro que estou motivado.
Está na Linklaters desde 2002. Antes disso, esteve na Morais Leitão, Galvão Teles e Associados. Foi conselheiro legal na Câmara Municipal de Lisboa, tendo ainda sido conselheiro do governador de Macau. É ainda professor na Faculdade de Direito da Universidade Católica em Lisboa e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem.
Já tinha sido ouvido o seu nome para ministro da Economia, para substituição de Caldeira Cabral, mas essa hipótese nunca se chegou a concretizar.
Integrou a Estrutura de Missão para a capitalização das empresas e integrava ainda dois grupos de trabalho (reforma da supervisão financeira e soluções para o crédito malparado).
É casado com Cristina Siza Vieira, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal e tem três filhos. Foi nos anos 80 que conheceu António Costa, um ano mais velho que Siza Vieira.
Atualmente é ainda membro da Comissão de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional. Entre 2000 e 2006, foi membro do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e também da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal.
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