PCP contra privatizar ou municipalizar Pinhal de Leiria
“O problema do Pinhal de Leiria não é o princípio da gestão pública pelo Estado, mas sim a carência de meios, para que essa gestão seja eficiente e de qualidade”, refere a estrutura local do PCP.
O PCP de Leiria manifestou-se hoje contra qualquer tentativa de privatização ou municipalização do Pinhal de Leiria e sugeriu a criação de uma comissão de acompanhamento da gestão daquela mata nacional. Num comunicado hoje divulgado, a direção da organização regional de Leiria do PCP manifesta a sua “total oposição a qualquer tentativa de privatização, direta ou indireta, da maior mata nacional”.
“O problema do Pinhal de Leiria não é o princípio da gestão pública pelo Estado, mas sim a carência de meios, para que essa gestão seja eficiente e de qualidade, e o progressivo desinvestimento”, refere a estrutura local do PCP, uma semana depois do incêndio que fustigou o Pinhal de Leiria. O partido mostra-se também contra qualquer solução de municipalização do Pinhal de Leiria, entendendo que isso pode abrir portas à desresponsabilização dos governos nacionais.
Contudo, o PCP considera que a gestão pública daquela mata nacional deve envolver “de forma mais direta as autarquias da região, bem como as populações”. Assim, os comunistas propõem a realização de um fórum para a proteção e recuperação do Pinhal de Leiria, que envolva o Governo, autarquias, partidos, associações de bombeiros e a população. É ainda sugerida a criação de uma comissão de acompanhamento da gestão e valorização da mata nacional de Leiria que envolva a câmara e juntas de freguesia da Marinha Grande.
Numa leitura mais nacional dos incêndios, o PCP de Leiria considera que são “consequência anunciada das políticas de sucessivos governos do PS, PSD e CDS de destruição de estruturas e meios de proteção da floresta”. A estrutura regional do PCP entende também que “o Governo não retirou todas as lições devidas da tragédia de Pedrogão Grande”.
Os comunistas exigem, assim, que o Orçamento do Estado para 2018 garanta o reforço efetivo de meios humanos e financeiros para a defesa da floresta, com a criação de 100 equipas de sapadores florestais e com a composição de um corpo de guardas florestais.
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