Fundo Jessica reabilita quase 200 casas com 690 milhões
Jessica é um fundo europeu que, em Portugal, já chegou a mais de 70 cidades e vilas desde o primeiro contrato, em 2012. Criou ainda 3 mil postos de trabalho permanentes.
Quase 200 projetos na área da reabilitação urbana, que envolveram um investimento total de 690 milhões de euros, foram apoiados e financiados pelo Fundo Jessica nos últimos cinco anos, em Portugal, foi anunciado esta segunda-feira.
O presidente do Comité de Investimento do Fundo Jessica, Roberto Grilo, revelou esta segunda-feira à agência Lusa que a iniciativa “financiou, a nível nacional, 190 projetos”, os quais “alavancaram um total de cerca de 690 milhões de euros”. O Jessica, desenvolvido pela Comissão Europeia em conjunto com o Banco Europeu de Investimento (BEI), visa apoiar os Estados membros no financiamento de projetos de reabilitação urbana.
Os projetos de investimento foram desenvolvidos em “mais de 70 cidades e vilas”, permitindo a criação de “três mil postos de trabalho permanentes”, realçou o também presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.
[O Fundo Jessica] consegue dar resposta a situações que outros não respondem
O responsável, que falava à Lusa à margem do Evento Anual do Fundo Jessica, realizado em Évora, assinalou que “o primeiro contrato” da iniciativa foi assinado, em abril de 2012, na cidade alentejana, com a Fundação Eugénio de Almeida.
Roberto Grilo fez um “balanço positivo” da aplicação do Fundo Jessica no país, notando que, “para além da reabilitação, a criação de três mil postos de trabalho permanentes é indutor da atividade económica”. “Não só as políticas de regeneração e revitalização urbanas estão obviamente caracterizadas como fator positivo, mas também a associação que é feita do investimento direto na criação de emprego”, sublinhou.
Segundo o presidente do Comité de Investimento, o Fundo Jessica apoiou projetos desenvolvidos por entidades públicas e privadas e contemplou investimentos desde instituições particulares de solidariedade social até unidades de turismo. No Alentejo, disse o responsável, foram apoiados 27 projetos e estão dois “em vias de contratação”, os quais envolvem um investimento total de “103,2 milhões de euros, com 29,8 milhões de euros de financiamento contratado”.
Não só as políticas de regeneração e revitalização urbanas estão obviamente caracterizadas como fator positivo, mas também a associação que é feita do investimento direto na criação de emprego
“Estamos a falar de investimento que ocorreu em 11 concelhos do Alentejo”, em que Évora “assume alguma preponderância”, adiantou, indicando que os projetos na região geraram 180 postos de trabalho.
Roberto Grilo frisou que o Fundo Jessica vai continuar disponível até 2030, considerando que, apesar de existirem outros instrumentos para a reabilitação urbana, “este é complementar e consegue dar resposta a situações que outros não respondem”.
O fundo gere 132,5 milhões de euros de recursos comunitários e nacionais, alavancados pelos Fundos de Desenvolvimento Urbano para um montante total de financiamento disponível de mais de 300 milhões de euros.
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