Assunção Cristas diz estar pronta para ser primeira-ministra
A líder do CDS-PP diz que o partido tem "as melhores ideias" e que os eleitores podem olhar para ele como "a primeira escolha". Estão prontos para governar, garante.
Assunção Cristas diz estar pronta para ser primeira-ministra de Portugal. Em entrevista ao Observador, a líder do CDS-PP afirma que o resultado nas últimas eleições autárquicas, que lhe valeu um lugar de vereadora em Lisboa, é “muito encorajador” e que o partido está preparado para “governar numa posição cimeira”.
É esta ambição, aliás, que tem sido promovida dentro do próprio CDS-PP. Os democratas-cristãos nunca conseguiram mais do 16% dos votos numas eleições legislativas, mas a mensagem que tem sido passada aos militantes é de confiança. “Neste momento, não encontro ninguém na política nacional que esteja mais bem preparada do que Assunção Cristas para poder ser primeira-ministra do nosso país”, disse Diogo Feio, no encerramento da Escola de Quadros do partido. “Se Deus quiser, em 2019, faremos de Assunção Cristas primeira-ministra de Portugal“, disse, por seu lado, Francisco Rodrigues dos Santos, o presidente da Juventude Popular.
E é também esse o discurso de Assunção Cristas. “O CDS está preparado para governar e governar numa posição cimeira. Estou preparada, hei de preparar-me para dizer aos portugueses que sou capaz de ser primeira-ministra“, declarou ao Observador.
"Temos as melhores ideias, os melhores protagonistas e as pessoas podem olhar para nós como a primeira escolha.”
A líder do CDS-PP não olha ainda para o PSD como um partido com o qual tenha “de fazer uma enorme competição” e reconhece até que “é um partido amigo, parceiro”, mas assegura que o objetivo “é fazer crescer o CDS”, independentemente de manter a parceria “de centro-direita” com o PSD. “Há um enorme espaço de crescimento, por exemplo, entre as pessoas que não votam (…). Temos as melhores ideias, os melhores protagonistas e as pessoas podem olhar para nós como a primeira escolha”.
Cristas defende ainda que o CDS-PP “não é o tal partido que ainda está na cabeça de algumas pessoas: o partido elitista, dos ricos ou da direita” e sublinha que quer ser “um grande partido de centro-direita”.
Sobre o Governo, a democrata-cristã critica a forma “ligeira, inconsequente, de vistas curtas” de António Costa, que se limita a manter “o poder pelo poder”. Ainda assim, admite que o primeiro-ministro “conseguiu governar com uma solução que muitos consideravam frágil”. Mas este, considera, é um “Governo do show-off“, que “não se preocupa a sério com as coisas mais profundas”.
Mesmo a evolução positiva da economia não melhora a fotografia: “Os motores da animação da economia são as exportações e o investimento privado. Não é o consumo privado. O Governo não fez nada, pelo contrário. O pouco que fez até foi para estragar”. Para além disso, argumenta, “o Governo continua a ter uma austeridade encapotada, com impostos indiretos e com a questão das cativações, que significam muitas vezes um corte gritante nos serviços que são prestados”.
Quanto ao que o CDS-PP faria de diferente se estivesse no Governo, Cristas foge à questão e não apresenta alternativas concretas. “Devíamos estar a baixar o IRC e apoiar as empresas, mas o Governo insiste na falácia de que é preferível baixar o IRS ao IRC”, diz apenas, lembrando que o partido apresentou “várias medidas, em matéria como Segurança Social e Educação”, e que o Governo “disse que não a tudo”.
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