Banco de Portugal aposta no imobiliário
Fundo de pensões do banco central comprou imóveis para reabilitação no Chiado. Um deles é o Palácio das Belas Artes, vendido por 18 milhões de euros.
Há mais de um ano e meio, o Palácio das Belas Artes, no Chiado, foi vendido por 18 milhões de euros, indicava então a consultora imobiliária JLL. Era uma das maiores transações de 2015. Quem comprou? O banco central português. Na altura, a identidade do investidor não era indicada, mas o Jornal Económico revela agora: Fundo de Pensões do Banco de Portugal – Benefício Definido (acesso pago).
E este não é o único negócio do género do banco central, que recentemente indicou que não há sinais de uma bolha imobiliária no país. O Palácio das Belas Artes, também conhecido como Palácio Iglésias, tem uma área total superior a 2.500 metros quadrados, três andares, sobrelojas, águas-furtadas, jardins interiores, terraços e um pátio, indica a certidão predial. É um dos espaços com maior potencial naquela zona de Lisboa mas houve outros negócios semelhantes na zona.
O fundo de pensões do Banco de Portugal também é proprietário de um prédio na rua Ivens (igualmente no Chiado), que obteve alvará da Câmara para obras de ampliação, já a decorrer. O projeto aponta para comércio e habitação.
De acordo com o jornal, não há nada de irregular nestas operações, já que este fundo de pensões atua como qualquer outro veículo semelhante. Aliás, a maior parte dos investimentos são financeiros de risco mais baixo, sobretudo obrigações. No final de 2016, os ativos imobiliários do fundo de pensões pesavam apenas 8,1% do total do património sob gestão, adianta ainda o jornal.
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