5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Marta Santos Silva
  • 21 Março 2017

A inflação no Reino Unido, a política monetária do Japão, e resultados da Nike e da Sonae Indústria: prepare-se para o dia nos mercados.

Os ministros das Finanças da União Europeia reúnem-se durante a manhã para mais um Ecofin, enquanto se aguardam os resultados da inflação mensal no Reino Unido, que se esperam perigosos. A Nike apresenta resultados, podendo ser uma das poucas empresas a sobreviver incólume à pressão no setor do retalho, e a Sonae Indústria mostra como se saiu em 2016, após resultados promissores nos primeiros nove meses do ano passado. Também haverá mais pormenores sobre a decisão do Banco do Japão de manter a sua política monetária acomodatícia.

A inflação no Reino Unido já assusta?

Desde o referendo que determinou o Brexit que a inflação tem sido um dos grandes bichos papões no Reino Unido. Esta terça-feira, a divulgação da inflação mensal pode confirmar ou adiar esses medos, expressados pelo Banco de Inglaterra na semana passada quando decidiu manter as taxas de juro perante receios de um aumento mais rápido da inflação no país. Os membros do regulador da economia britânica têm-se mostrado divididos sobre a melhor forma de reagir ao crescimento da inflação, que não vai ser acompanhada por um aumento dos salários.

Nike continua a passo de corrida?

Como correu o primeiro trimestre de 2016 à Nike? Os analistas da DA Davidson esperam resultados ainda positivos para a empresa, que não deverá ser afetada pelos recentes golpes na indústria do retalho. O grande trunfo da empresa de bens desportivos? O seu modelo de negócio que permite aos clientes comprarem diretamente à empresa sem passar por intermediários retalhistas, o que a ajuda a sobreviver às dificuldades nesta área que têm penalizado outras grandes marcas nos EUA.

Sonae Indústria apresenta resultados

Nos primeiros nove meses de 2016, a Sonae Indústria reduziu os seus prejuízos, mas continuou a registar perdas de 21,3 milhões, um montante superior aos lucros, que por sua vez também cresceram. Será que o caminho positivo continuou durante o resto do ano? A empresa liderada por Paulo Azevedo revela esta terça-feira os seus resultados do final do ano.

Minutas do Banco do Japão revelam pormenores

Foram dois dias de reuniões e a decisão no final, anunciada na quinta-feira, foi contrária à política seguida pela Reserva Federal norte-americana: o Japão manterá a sua política monetária acomodatícia. As minutas, que serão divulgadas esta terça-feira, vão deixar perceber melhor o que levou a esta decisão, num momento em que a economia japonesa começa a recuperar.

Ministros das Finanças europeus reunidos em Bruxelas

Mário Centeno reúne-se com os seus homólogos da União Europeia, após um dia passado no Eurogrupo, para falar sobre taxas de IVA e para rever aquilo que se passou na reunião do G20 da semana passada, onde estiveram presentes os representantes das maiores economias mundiais. Também se esperam possíveis novidades sobre as perspetivas para a criação de um fundo de defesa europeu. A reunião começa às 9:00 em Bruxelas, com uma conferência de imprensa prevista para a hora do almoço.

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Os desencontros de Félix Morgado e Tomás Correia

  • Margarida Peixoto
  • 21 Março 2017

Um é conotado com a Opus Dei, outro com a maçonaria. Félix Morgado e Tomás Correia têm uma relação difícil. E nos últimos meses a desconfiança mútua tem-se agravado.

Raquel Sá Martins / ECO

A exigência foi colocada de forma clara pelo Banco de Portugal: o governador Carlos Costa já disse, preto no branco, que o banco Montepio e o seu acionista — a Associação Mutualista — tinham de estar devidamente separados. A bem dos clientes do Montepio e da estabilidade do sistema financeiro, o universo de um não se pode confundir com o do outro. A julgar pela relação tumultuosa entre os líderes das duas instituições, a vontade do supervisor poderia ser ouro sobre azul — não fosse um precisar, imperiosamente, do outro.

De um lado, José Félix Morgado, presidente da Caixa Económica Montepio Geral. Do outro, António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, a dona do banco. Como é que um banco se gere de costas voltadas para o seu acionista único? Não se gere. Ou, pelo menos, os resultados podem ser desastrosos, como as guerras do universo BCP já o demonstraram.

A relação entre Tomás Correia e Félix Morgado está cada vez mais difícil — a desconfiança é mútua, sabe o ECO. Os dois gestores têm passados muito diferentes mas isso não impediu Tomás Correia, no início, de sugerir o nome de Félix Morgado para o substituir à frente do banco Montepio. “Pensava que o ia controlar”, dizem várias fontes contactadas pelo ECO.

Em 2008, Tomás Correia acumulou a presidência da Associação Mutualista com a do banco. Antes de chegar à liderança do grupo Montepio tinha estado já quatro anos como administrador e na bagagem profissional levava vários anos de banca, na Caixa Geral de Depósitos.

António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista, recusou esta segunda-feira demitir-se do cargo.Paula Nunes / ECO

Tomás Correia era um líder ambicioso, conta uma fonte ao ECO. E dá exemplos: lembra que foi a sua administração que imprimiu uma dinâmica nova ao banco, com a compra do Finibanco para ganhar terreno junto de clientes industriais e comerciais. Até ali, a Caixa Económica Montepio Geral tinha sido um banco mais voltado para os particulares e a gestão das suas poupanças — um ADN impresso pelo facto de ser resultado de uma associação mutualista. Mas Tomás Correia queria crescer.

Até agosto de 2015, Tomás Correia conduziu os destinos do acionista e do banco. Mas o impacto da crise económica e negócios que se revelaram negativos tanto para as contas como para a imagem da Caixa Económica despertaram a atenção do supervisor. O Banco de Portugal retirou a idoneidade a membros da equipa de Tomás Correia para exercer atividade em sociedades financeiras do grupo e exigiu a separação da liderança da Associação Mutualista, face à do banco.

Com os resultados no vermelho e dúvidas sobre a qualidade da gestão da equipa de Tomás Correia, a escolha do seu sucessor na Caixa Económica foi consensualizada com o próprio Banco de Portugal. Conforme explicou António Varela — o homem que tinha, à data, o pelouro da supervisão — ao ECO, ao supervisor não cabia escolher ninguém, mas antes validar, ou não, a proposta que lhe chegasse. Varela e Morgado já se conheciam, tinham trabalhado juntos no BCP. Tomás Correia propôs Félix Morgado e o nome foi aceite.

Félix Morgado não tinha grande experiência na atividade bancária propriamente dita — a sua experiência financeira era sobretudo na área dos seguros, tinha sido administrador, entre outras empresas, da Ocidental, Médis, Império Bonança. Félix Morgado mereceu até esse reparo da parte de alguns dos conselheiros da Associação Mutualista. Às dúvidas sobre a experiência profissional alguns mutualistas somavam outras: Félix Morgado é conotado com a Opus Dei, enquanto a liderança de Tomás Correia seria próxima da maçonaria.

O degradar da relação

À medida que Félix Morgado foi sendo incentivado pelo Banco de Portugal a assumir uma gestão profissionalizada do banco e separada da interferência do acionista, a relação com Tomás Correia degradou-se. É que o ex-presidente do banco Montepio fez questão de se manter à frente da Associação Mutualista — numas eleições que estão, aliás, a ser contestadas em tribunal por uma das listas que perdeu (a lista D, encabeçada por António Godinho).

Nas contas de 2015 foram reconhecidas imparidades com vários negócios decididos pela administração Tomás Correia e, por isso, o ex-presidente do banco sente que quanto maior for o sucesso agora de Félix Morgado na gestão da instituição financeira, mais isso coloca em xeque a sua ação à frente do Montepio, garantem diferentes fontes ao ECO.

A relação entre os dois terá ficado particularmente degradada quando Félix Morgado pediu ao Ministério do Trabalho, conforme contou o Público (acesso pago), o estatuto de empresa em reestruturação para alargar as quotas das rescisões. Félix Morgado terá feito o pedido sem informar Tomás Correia, que levou a mal não ter sido consultado para a tomada daquela decisão. Este foi um dos pontos de fricção.

José Félix Morgado, CEO do banco Montepio, na apresentação da nova imagem dos balcões do banco.Paula Nunes / ECO

Mas haveria mais. A assembleia geral da Caixa Económica estava a realizar um conjunto de reuniões extraordinárias para a transformação do banco em sociedade anónima. Era habitual estas reuniões realizarem-se sem a presença de Félix Morgado — até porque até há pouco tempo a questão não se colocava, uma vez que o presidente da associação era simultaneamente o do banco. Numa dessas reuniões, que decorreu em novembro de 2016, foi abordada a questão de Tomás Correia não ter sido consultado sobre o tal pedido ao Ministério do Trabalho.

O presidente da Associação defendeu que Félix Morgado deveria estar presente e por isso o líder do banco foi chamado naquele mesmo instante. Acontece que o presidente do banco “mostrou a sua fibra”, conta um participante da reunião ao ECO. Disse que não poderia estar presente naquele momento porque estava reunido com o conselho de supervisão. Tomás Correia propôs então, numa demonstração de força, que não só o conselho de administração, como cada um dos administradores fossem notificados que a assembleia geral tinha determinado que dali em diante deveriam comparecer nas reuniões. Terão sido alguns conselheiros a sugerir que os termos da notificação fossem suavizados.

Há também quem garanta que Félix Morgado já disse “não” a Tomás Correia mais do que uma vez — o que não terá agradado ao presidente da mutualista. Ou quem antecipe tensão se, e quando, o processo de mudança de marca para separar a associação do banco avançar. A confirmar-se que é a instituição financeira que muda de marca, é natural que a administração da Caixa Económica apresente uma proposta, contudo tem sempre de ser validada pelo acionista.

Apesar disso, as fontes contactadas pelo ECO garantem que os dois gestores se reúnem regularmente, num esforço de manter as relações institucionais abertas. E há até sinais de cortesia. Por exemplo, quando foi feita a apresentação pública da nova imagem dos balcões do Montepio, Félix Morgado terá telefonado pessoalmente a Tomás Correia para o convidar.

(Artigo atualizado às 11h15 com esclarecimentos de António Varela)

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Félix Morgado: Montepio tem capital garantido até final de 2017

O presidente do Montepio Geral assegurou, em entrevista à TVI, que o banco reforçou a sua base de capital e reforçou a sua liquidez, razão pela qual não precisa de mais capital até final deste ano.

As necessidades de capital da Caixa Geral Montepio Geral estão asseguradas até final deste ano. A garantia foi dada por Félix Morgado, em entrevista ao Jornal das 8 da TVI desta segunda-feira, ocasião em que o presidente do Montepio também afirmou que, desde que tomou posse no conselho de administração, têm sido seguidos os requisitos e os compromissos assumidos. Já aos clientes do banco que lidera disse que podem estar descansados.

“O Montepio é um banco que vem seguindo o seu percurso”, afirmou Félix Morgado quando questionado se a instituição financeira que lidera é confiável. “Basta olhar para os números de setembro. Iniciámos um plano estratégico de recuperação do banco, em agosto de 2015, é esse o plano que temos vindo a traçar. Como o próprio Banco de Portugal referiu, o novo modelo de negócio da equipa, é um modelo de negócio que a concretizar-se reforça a sustentabilidade do Montepio”, frisou o CEO do Montepio Geral.

Relativamente às necessidades de capital do banco, este assegurou que estão garantidas até ao final de 2017. “Até setembro de 2016, que são os números públicos, o Montepio reforçou a sua base de capital e reforçou a sua liquidez. Não precisa de mais capital até ao final de 2017”, reforçou, não dando contudo indicação para além dessa data.

Até setembro de 2016, que são os números públicos, o Montepio reforçou a sua base de capital e reforçou a sua liquidez. Não precisa de mais capital até ao final de 2017.

Félix Morgado

CEO do Montepio Geral

As pessoas podem estar descansadas, olhos nos olhos”, acrescentou ainda referindo-se à segurança das quantias depositadas pelos clientes do banco.

Quando questionado relativamente à hipótese de saída de António Tomás Correia na liderança dos destinos da Associação Mutualista Montepio Geral, depois de nesta quarta-feira o Jornal de Negócios ter avançado que o Banco de Portugal o acusou, e a outros oito ex-gestores do Montepio, de ter financiado o GES numa altura em que o BES já apresentava dificuldades financeiras em 2014, Félix Morgado mostrou-se tranquilo. “Isto decorre das próprias palavras do Dr. Tomás Correia, como presidente da Associação Mutualista. Ele disse que se demitia [Tomás Correia]. Portanto, se for, com certeza, julgado culpado ele se demitirá“, rematou.

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Quem dá mais gás à economia francesa?

  • Marta Santos Silva
  • 20 Março 2017

Le Pen poria travão a fundo na economia, Macron traria o défice para dentro da meta europeia, e Hamon levaria a despesa pública para acima de 100%. Qual o perfil económico dos candidatos ao Eliseu?

As reviravoltas nas eleições francesas não param — primeiro o candidato de centro-direita François Fillon parecia certo, depois foi indiciado por corrupção, o independente Emmanuel Macron que começou como uma candidatura alternativa improvável afigura-se agora favorito, e o candidato de esquerda Benoît Hamon superou o preferido de Hollande para ser nomeado do PS e poderá agora juntar-se à esquerda radical para criar uma solução que venha a pô-lo em primeiro. Encostada à direita, a populista Marine Le Pen não descai nas sondagens. Mas quem traz as melhores soluções para a economia francesa?

Um novo estudo conjunto Grupo Allianz/Euler Hermes calculou isso mesmo: qual o impacto do plano económico de cada um dos quatro principais candidatos? Enquanto Le Pen é a pior para o crescimento e Macron o melhor para o défice, nem tudo é preto no branco.

Quem cumpre as prioridades económicas dos eleitores?

O estudo Excuse my French (elections): Why this time it’s different (link abre em PDF, conteúdo em inglês) estabeleceu aquelas que são as principais prioridades económicas dos eleitores franceses para depois averiguar quais os candidatos que melhor se prestam a cumpri-las. O resultado? Três pontos são essenciais para o francês médio:

  1. O reequilíbrio da economia, “para aumentar a competitividade, reduzir os défices orçamental e comercial, e melhorar a política fiscal”. Fazem falta reformas estruturais, lê-se no estudo.
  2. A reflação, que permita “maiores aumentos dos rendimentos, favoreça a mobilidade social através da redistribuição”, e aumente a procura. “Espera-se que os preços subam num futuro próximo, pelo que o rendimento terá de subir, seja por impostos inferiores ou um crescimento mais acentuado dos salários”.
  3. A contenção em relação à União Europeia, “de forma a proteger as vítimas da globalização e do progresso tecnológico”.

Cada uma das prioridades tem melhores e piores candidatos. No que toca a reequilibrar a economia, Fillon é o candidato ideal: quer começar por reduzir os impostos, mas posteriormente aumentar o IVA e reduzir o défice. No campo da reflação, o socialista Hamon é o mais dedicado: tenciona criar um rendimento universal garantido e aumentar os salários do setor público e o salário mínimo. Já no que toca à contenção, torna-se claro que a protagonista é Marine Le Pen, que quer sair da União Europeia, limitar a imigração e promover uma política económica protecionista.

E o independente Macron? É o único que pretende reduzir o défice para dentro das metas europeias de 3% do PIB, e tem também um projeto bastante focado na reflação, querendo reduzir os impostos sobre o rendimento para aumentar o equivalente da Taxa Social Única, paga pelas empresas por trabalhador, por exemplo.

Quem reduz o défice e a dívida?

Os quatro candidatos propõem abordagens diferentes. Quem mais reduz o défice? Emmanuel Macron, o único que tem hipótese de o reduzir, até 2018, para as metas da União Europeia. O programa de Macron tem como prioridade a estabilização do saldo orçamental, e “através de reformas estruturais na proteção social e mercados de trabalho, por exemplo, e de um impulso mais forte da tributação progressiva das famílias e das empresas”, lê-se no estudo, poderá impulsionar o crescimento económico também.

Neste campo, François Fillon não está longe de Macron, mas tenciona diminuir os impostos a curto prazo antes de aumentar o IVA, o que pesará na dívida e no défice nos primeiros tempos. “O impacto negativo das oscilações do IVA em 2018 deverá ser compensado pelo efeito de uma maior confiança no investimento empresarial”, acrescentam os investigadores.

Emmanuel Macron, do movimento En Marche (EM), vê-se favorito ao Eliseu.Gouvernement Français

Benoît Hamon, por sua vez, quer libertar-se totalmente das metas europeias do défice, e a sua intenção de aumentar salários e criar um rendimento universal para os jovens vai fazer disparar a despesa pública e o défice. No entanto, o crescimento do PIB pode beneficiar com estes salários mais elevados, ao impulsionar o consumo privado.

o programa de Marine Le Pen faria sofrer tanto o crescimento como a dívida e o défice. A incerteza face a uma possível saída da União Europeia e do euro castigaria o país nos mercados internacionais e no investimento, e o PIB desceria dos 1,4% em 2016 para 0,5% em 2018, afirmam os investigadores.

E os mercados?

Os investigadores do Grupo Allianz e da Euler Hermes, acionista da COSEC, também analisaram o impacto da vitória de cada candidato nos mercados financeiros. Se a instabilidade que tem reinado no período pré-eleitoral deverá continuar até às eleições de 23 de abril, o spread entre os juros da dívida pública francesa e os das bunds alemãs poderá continuar a crescer depois delas, e os mercados europeus a ressentir-se.

Há quatro cenários, que dependem também das legislativas em meados de junho: o ideal, e sem nenhum impacto nos mercados financeiros europeus, é o da eleição de um candidato que não seja Marine Le Pen com uma maioria parlamentar. Outra possibilidade, com um impacto reduzido, é a eleição de um desses candidatos, mas com um Governo minoritário, o que criaria maior instabilidade e dificuldade em fazer passar reformas.

O terceiro modelo, que prevê a eleição de Marine Le Pen com uma minoria no parlamento, teria um impacto de mais alto risco, mas não tão grande como o impacto que se verificaria se Le Pen vencesse com uma maioria. Estes dois cenários poderiam derrubar os mercados europeus entre 15% e 40%.

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Wall Street cede pela terceira sessão

Bolsas norte-americanas registaram um desempenho ligeiramente negativo no arranque da semana. Apenas o Nasdaq apresentou ganhos muito, muito ligeiros.

Não há duas sem três. As bolsas norte-americanas cederam esta segunda-feira pela terceira sessão consecutiva. Apenas o índice tecnológico Nasdaq, que chegou a atingir um máximo histórico intradiário, acabou por encerrar no verde, com os investidores à procura de novos motivos para explorar o mercado.

O S&P 500, índice de referência mundial, cedeu 0,18%, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que caiu 0,04%. Em sentido contrário, o tecnológico Nasdaq avançou ligeiros 0,01%, depois de ter atingido máximos históricos intradiários.

“Com a reforma fiscal e os gastos em infraestruturas adiados até final deste ano ou até mesmo início do próximo ano, eventualmente isso vai acabar por pesar na confiança do sentimento”, referiu Randy Frederick, vice-presidente da Charles Schwab, à Bloomberg. “Eventualmente, o mercado vai perder a paciência”, acrescentou.

"Com a reforma fiscal e os gastos em infraestruturas adiados até final deste ano ou até mesmo início do próximo ano, eventualmente isso vai acabar por pesar na confiança do sentimento. Eventualmente, o mercado vai perder a paciência.”

Randy Frederick

Vice-presidente da Charles Schwab

Os mercados norte-americanos têm estado a bater recordes consecutivamente desde que Donald Trump foi eleito a 8 de novembro de 2016, mas o rally de Wall Street tem perdido gás nas últimas semanas com os investidores à espera de mais pormenores acerca da proposta do republicano que vai baixar os impostos às empresas e aumentar a despesa pública.

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Paulo Macedo reavalia fecho de balcões da CGD

  • ECO
  • 20 Março 2017

Critério de escolha dos balcões a fechar não obedecerá a critérios apenas financeiros. Mas o número de agências a encerrar cai no mesmo intervalo do plano acordado com Bruxelas.

O plano que prevê o encerramento de quase duas centenas de balcões da Caixa Geral de Depósitos acordado com Bruxelas deverá sofrer alterações. De acordo com o Expresso (acesso pago), a nova administração do banco público decidiu reavaliar o plano, prevendo não alterar o número, mas a forma de seleção dos balcões a fechar portas que deverá deixar de obedecer apenas a critérios financeiros.

Em causa estão cerca de 180 balcões que deverão fechar portas até 2020, número em linha com aquilo que já tinha sido revelado por António Domingues ao Parlamento a 4 de janeiro deste ano. Na reavaliação deste corte de balcões, segundo apurou o Expresso, a administração da Caixa estabeleceu como “linha vermelha” manter-se em todos os concelhos onde o banco já se encontra, uma presença que pode no entanto não ser na sede do município.

Para além disso terá sido também tido em consideração as distâncias em relação às agências da CGD mais próximas, de forma a não criar grandes vazios, e ponderadas as condições de cada localidade, em termos de, por exemplo, facilidades de acesso ou redes viárias. Entre os cuidados considerados, incluir-se-á ainda a intenção de evitar o encerramento de agências em zonas onde não existem outros serviços bancários. Já aquelas zonas que ficam sem balcões, principalmente se se tratarem de áreas não urbanas, o objetivo da Caixa passa por manter sempre caixas automáticas.

O Expresso diz que confrontou a Caixa com estas informações, mas que não teve qualquer resposta. O mesmo feedback teve ainda a Lusa, que contudo teve uma resposta diferente por parte do Sindicado dos Trabalhadores do banco. O coordenador da entidade sindical confirmou que a reavaliação a lista de agências a fechar está a ser reavaliada pela CGD, acrescentando ainda que levará o tema a uma reunião com o PCP que acontece no Parlamento nesta terça-feira.

O coordenador da estrutura representativa dos trabalhadores, Jorge Canadelo, afirmou ainda à Lusa que tem sido difícil aceder à lista de balcões a fechar, apesar de estes já terem sido noticiados na imprensa, e a informação de que dispõe é de que está a haver uma “reavaliação da lista”, o que considera que estará ligado com a “movimentação da opinião pública e do poder político” nas últimas semanas a propósito deste tema.

O coordenador disse ainda que a CT tem estado em contacto com os trabalhadores dos balcões que têm sido indicados como podendo fechar e que em muitos casos têm alertado para a perda de negócio que o banco sofrerá caso opte por essa via, com vantagens “para os privados”.

Esta segunda-feira, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que a Caixa Geral de Depósitos deve estar “presente em todo o território português em termos de concelhos” para que “as pessoas, a começar nos pensionistas, possam manter um mínimo de ligação”. Declarações transmitidas pela Sic Notícias, que foram feitas à margem da Exposição Heranças e Vivências Judaicas em Portugal.

O plano de reestruturação acordado com Bruxelas prevê que a CGD chegue a 2020 com um número de balcões entre 470 e 490, em comparação com os atuais 651. E está também previsto dispensar 2.200 pessoas, o que, segundo Paulo Macedo, o presidente executivo da Caixa, se fará, através de “pré-reformas e eventualmente rescisões por mútuo acordo”.

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Carregar telemóvel com panela ao lume? Sim é possível

  • Lusa
  • 20 Março 2017

Combinando cálcio, cobalto e térbio, a equipa liderada pelo professor de engenharia Ashutosh Tiwari descobriu uma maneira eficiente, barata e amiga do ambiente de gerar eletricidade .

Um novo material descoberto por engenheiros da universidade norte-americana do Utah permite usar joias para gerar eletricidade a partir do calor corporal ou carregar um telemóvel utilizando o calor gerado por uma panela ao lume.

Combinando cálcio, cobalto e térbio, a equipa liderada pelo professor de engenharia Ashutosh Tiwari descobriu uma maneira eficiente, barata e amiga do ambiente de gerar eletricidade através de um processo termoelétrico que usa ar quente e ar frio.

O efeito termoelétrico acontece quando a diferença de temperaturas num material gera corrente elétrica. Basta haver um grau de diferença para as partículas com carga elétrica viajarem do lado quente para o lado frio.

“Não há químicos tóxicos no processo”, afirmou o primeiro autor do estudo publicado hoje na revista Scientific Reports, Shrikant Saini.

Esta tecnologia pode ser aplicada a joias que usam o calor do corpo para alimentar sensores como monitores de glucose ou cardíacos, a panelas capazes de carregar dispositivos móveis, ou a carros, utilizando o calor do motor.

Os autores da descoberta afirmam ainda que poderia ser usada para tornar as centrais elétricas mais eficazes, reaproveitando o calor que produzem em conjunto com o ar frio do ambiente.

Tiwari destacou ainda que seria especialmente útil em países onde a eletricidade escasseia e a única fonte de energia é o calor.

A Universidade já pediu a patente do material e vai começar a usá-la em carros e biossensores.

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Marcelo: Caixa deve estar presente em todos os concelhos

O Presidente da República sublinha que está a acompanhar a polémica do encerramento de balcões da Caixa "com interesse" e lembra que é necessário manter, sobretudo, a ligação com os pensionistas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que a Caixa Geral de Depósitos deve estar “presente em todo o território português em termos de concelhos” para que “as pessoas, a começar nos pensionistas, possam manter um mínimo de ligação”.

Marcelo sublinhou ainda que a Caixa vai ter de “reduzir o que é uma estrutura muito ampla, mas ao mesmo tempo manter uma posição nos vários concelhos para não quebrar uma ligação histórica”. As declarações do Presidente aos jornalistas, transmitidas pela Sic Notícias, foram feitas à margem da Exposição Heranças e Vivências Judaicas em Portugal.

Questionado sobre a polémica, o Presidente da República disse: “Estou a acompanhar com interesse e o Governo está muito empenhado nisso”, sem, no entanto, se comprometer com mais detalhes. Recorde-se que horas antes o primeiro-ministro tinha garantido que o “plano de reestruturação da Caixa garante a presença em todo o país e em todos os concelhos”.

Já o ministro das Finanças, Mário Centeno, no final da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, disse estar “seguro que todos os portugueses terão acesso aos serviços da Caixa”.

Para Marcelo, apesar da “redução de uma estrutura muito ampla, mas mantendo o essencial do território”, esta oferta de serviços por parte da Caixa vai além do serviço público. “É mais do que isso”, “é manter a ligação aos portugueses e a uma camada menos jovem”.

O plano de reestruturação acordado com Bruxelas prevê que a CGD chegue a 2020 com um número de balcões entre 470 e 490, em comparação com os atuais 651. E está também previsto dispensar 2.200 pessoas, o que, segundo Paulo Macedo, o presidente executivo da Caixa, se fará, através de “pré-reformas e eventualmente rescisões por mútuo acordo”.

Entretanto, o Expresso (acesso pago) avançou que o banco público já está a rever este plano de reestruturação no que diz respeito ao número de agências a fechar.

 

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Conhecido o regulamento para ter visto ‘gold’ na cultura

  • Lusa
  • 20 Março 2017

Já desde 2015 que é possível concorrer para este regime, e foi agora divulgado o regulamento. Apesar da complexidade, o Ministério está confiante de que os pedidos podem ter resposta dentro de um mês.

O regulamento para obter autorização de residência em Portugal de estrangeiros que estiverem interessados em investir no setor cultural, num valor mínimo de 250 mil euros, foi hoje publicado em Diário da República (DR). O despacho número 2360/2017 do Ministério da Cultura, sobre a obtenção da residência através do investimento na cultura, foi hoje publicado, mas desde 2015 já era possível ter acesso aos vistos gold nesta área, segundo fonte da tutela.

Contactada pela agência Lusa, a mesma fonte do gabinete do ministro Luís Filipe Castro Mendes indicou que “até ao momento só houve um pedido, logo em 2015, mas não foi aceite porque não se enquadrava nas condições, já que o beneficiário era um privado”. De acordo com o Ministério da Cultura, os únicos privados que podem candidatar-se a beneficiários nesta área são as fundações com estatuto de utilidade pública. Quanto ao valor mínimo, existe ainda a exceção dos territórios de baixa densidade populacional do país, onde o investimento pode ser de 200 mil euros.

“Apesar de este regulamento ser complexo, acreditamos que os pedidos de avaliação dos projetos vão ter resposta no prazo de um mês”, acrescentou a mesma fonte do gabinete do ministro da Cultura.

O investimento pode ser feito no apoio à produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional, através de serviços da administração direta central e periférica, institutos públicos, e entidades que integram o setor público empresarial. Também são contempladas fundações públicas e fundações privadas com estatuto de utilidade pública, entidades intermunicipais, entidades que integram o setor empresarial local, entidades associativas municipais e associações públicas culturais, que prossigam atribuições na área da produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional.

De acordo com o regulamento hoje publicado, o procedimento pode ser desencadeado por qualquer cidadão estrangeiro individualmente ou através de sociedade unipessoal por quotas com sede em Portugal ou num Estado da União Europeia, com estabelecimento estável em Portugal. O regulamento indica que caberá ao Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) a responsabilidade de, através da emissão de uma declaração, atestar a transferência internacional de capitais para o setor cultural.

Confirmada a atividade a financiar ou a apoiar por parte do GEPAC, o investidor pode efetuar o investimento ou apoio, através da transferência do valor para a entidade responsável pela atividade. O GEPAC irá proceder à divulgação da lista das iniciativas passíveis de serem apoiadas na sua página eletrónica, em conformidade com a informação atualizada e facultada pelas entidades beneficiárias.

Em 2015 foram feitas alterações à lei dos vistos gold — até então concentrados na compra de imobiliário e transferência de capitais – com o objetivo de abrir o leque da aplicação de investimento à ciência e cultura ou reabilitação urbana.

A autorização de residência para cidadãos estrangeiros que façam grandes investimentos no território português foi uma medida lançada pelo anterior Governo para atrair capitais para Portugal.

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Ibersol com apetite no regresso ao PSI-20

A Ibersol teve uma sessão em cheio no regresso ao menu do PSI-20. As ações da cadeia de restaurantes aceleraram mais de 4% no dia em que foram novamente promovidas à principal montra nacional.

Acompanhando a Ibersol nesta promoção ao índice de referência, a Novabase acabou por assumir um papel secundário. Os títulos da tecnológica fecharam em alta de 0,3%.

O dia terminou com o PSI-20 em alta. Ganhou pouco menos de meio por cento naquela que foi a terceira sessão seguida no verde. Lisboa conseguiu mesmo contrariar o pessimismo que se observou um pouco por toda a Europa.

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Morreu David Rockefeller. Tinha 101 anos

O magnata e filantropo norte-americano morreu em Nova Iorque, vítima de problemas cardíacos. Tinha uma fortuna avaliada em 3,3 mil milhões de dólares.

David Rockefeller nasceu a 12 de junho de 1915 em Nova Iorque. Morreu esta segunda-feira, com 101 anos.Wikimedia Commons

O magnata norte-americano David Rockefeller morreu esta segunda-feira na sua casa em Pocantico Hills, Nova Iorque. O óbito foi confirmado por um porta-voz da conceituada família, segundo avança o jornal The New York Times. Era conhecido pela filantropia, pela grande fortuna, pelas ligações ao banco Chase Manhattan e pela influência que conquistou em praticamente todo o mundo ao longo dos 101 anos de vida.

Terá morrido devido a problemas cardíacos e com uma fortuna avaliada em 3,3 mil milhões de dólares, sendo o multimilionário mais velho do mundo, como revelava a Forbes ainda esta manhã. Em vida, foi recebido com honras de Estado em países estrangeiros e a sua influência ia da administração local de Nova Iorque a muitas outras instituições norte-americanas e estrangeiras, públicas e privadas. No campo da filantropia, deixa um acervo que inclui obras originais de Picasso e de Monet.

Não só pelo força do apelido Rockefeller como pelos costumes que herdou das mais altas elites dos Estados Unidos, ajudou o Chase Manhattan a expandir operações além-fronteiras, tendo sido chairman e presidente executivo da instituição. A família sempre foi vista como detentora do banco, ainda que nunca tenha tido mais do que 5% do capital da instituição, aponta o jornal. Talvez por isso, David Rockefeller era considerado por muitos como “o banqueiro dos banqueiros”.

Ninguém contribuiu mais para a vida comercial e civil da cidade de Nova Iorque por um longo período de tempo do que David Rockefeller.

Michael Bloomberg

Ex-mayor de Nova Iorque

Era também o único neto ainda vivo de John Davison Rockefeller, o fundador da histórica petrolífera Standard Oil Company e o primeiro multimilionário da história dos Estados Unidos. Foi também o único dos cinco filhos de John Davison Rockefeller Jr. a passar toda a carreira profissional no mundo dos negócios e das empresas. Segundo a Bloomberg, foi amigo e confidente de nomes como o diplomata Henry Kissinger e até Nelson Mandela.

A agência recorda ainda o empenho e ajuda que o magnata sempre teve em relação à sua cidade-berço, Nova Iorque. O ex-mayor, Michael Bloomberg, disse mesmo num comunicado que “ninguém contribuiu mais para a vida comercial e civil da cidade de Nova Iorque por um longo período de tempo do que David Rockefeller”.

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Forbes: Sete curiosidades sobre a lista dos mais ricos do mundo

A Forbes revelou esta segunda-feira a lista dos maiores multimilionários do mundo. Dos mais jovens aos mais velhos, passando pela maior entrada de rompante por causa da tequila. Leia as curiosidades.

Este ano, a riqueza total aumentou 18% para 7,67 biliões de dólares.Pixabay

Multimilionários, há muitos. E o certo é que os há cada vez mais. É o que mostra a lista anual da revista Forbes. A edição de 2017 foi publicada esta segunda-feira, com o fundador da Microsoft, Bill Gates, à cabeça, e Américo Amorim, dono da Corticeira Amorim, a liderar o pódio dos portugueses mais ricos do mundo. Agora, o ECO dá-lhe a conhecer algumas curiosidades deste ranking.

  • O número de multimilionários disparou 13% este ano. São 2.043, contra os 1.810 no ano passado. É a maior subida desde que a revista começou a registar as maiores fortunas do mundo há mais de trinta anos. O montante de riqueza total aumentou 18% para 7,67 biliões de dólares.
  • O norte-americano David Rockefeller, com uma fortuna de 3,3 mil milhões de dólares, surge na posição número 581 da tabela dos mas ricos do mundo. Poucas horas após a publicação da lista, a imprensa internacional dava conta da morte do magnata. Tinha 101 anos.
  • Os irmãos irlandeses John e Patrick Collison, fundadores da empresa de pagamentos Stripe, foram os mais jovens a ingressar na lista, com fortunas de 1,1 mil milhões de dólares. Têm, respetivamente 26 e 28 anos e encontram-se ambos na posição 1.795 da lista. O crescimento das fortunas deve-se ao capital angariado para a firma em 2016, avaliado em 9,2 mil milhões de dólares. John é também o mais novo multimilionário a subir a pulso.
  • As irmãs Alexandra Andresen e Katharina Andresen, com 20 e 21 anos respetivamente, são as mais jovens multimilionárias do mundo, ambas com fortunas de 1,2 mil milhões de dólares. A explicação é simples: o pai, Johan Andresen, transferiu para cada uma das jovens uma fatia de 42% da empresa de investimento Ferd, detida pela família. A companhia detém a tabaqueira norueguesa Tiedemanns.
  • No ano em que a rede social Snapchat começou a negociar em bolsa, os seus fundadores, os jovens Evan Spiegel e Bobby Murphy, viram as suas fortunas quase quadruplicar nos últimos meses. Spiegel, com 26 anos, e Murphy, com 28, aparecem ambos na posição 441. Têm agora fortunas de quatro mil milhões dólares, enquanto, em dezembro de 2016, eram de, respetivamente, 2,1 mil milhões e 1,8 mil milhões de dólares.
  • Juan Vidal é a maior fortuna a entrar de rompante na lista Forbes. São 5,2 mil milhões de dólares de fortuna deste empresário de 77 anos, conseguida muito por causa da oferta pública inicial da sua empresa de tequila Jose Cuervo, que passou a negociar na bolsa mexicana em fevereiro.
  • A mulher mais rica da lista é a francesa Liliane Bettencourt, dona da L’Oreal. Tem 94 anos e 39,5 mil milhões de dólares. Alice Walton, da cadeia de supermercados Wal-Mart, surge em segundo lugar da lista das mulheres mais ricas, com 33,8 mil milhões de dólares e 67 anos de idade.

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