Lone Star contrata Libano Monteiro para assessoria na compra do Novo Banco

O fundo Lone Star contratou a JLM&A, uma consultora de comunicação, para contrariar a imagem de 'fundo abutre' e para explicar o que quer fazer com o Novo Banco.

Ainda não há fumo branco nas negociações de venda do Novo Banco, mas há uma coisa que é certa: o fundo Lone Star – o único candidato até ao momento a apresentar uma proposta vinculativa – está apostado em ganhar a corrida e, por isso mesmo, acabou de contratar a JLM&A, uma das consultoras de comunicação líder de mercado, apurou o ECO.

O Lone Star está debaixo de fogo há semanas, particularmente depois de ter sido escolhido pelo Banco de Portugal e pela equipa de Sérgio Monteiro como o principal candidato à compra do Novo Banco. Foi no dia 4 de janeiro e, depois dessa data, aumentaram as críticas ao que muitos designaram de ‘fundo abutre’, particularmente responsáveis políticos à esquerda do PS, do PCP e BE, que defenderam abertamente a nacionalização.

O outro candidato na corrida ao Novo Banco, mas que está ainda a fazer a ‘due diligence’, é o consórcio Apollo/Centerbridge, e o Banco de Portugal aguarda por uma proposta vinculativa.

O Lone Star, recorde-se, terá oferecido 750 milhões de euros ao Fundo de Resolução e, além disso, mais 750 milhões de euros para reforçar o capital do Novo Banco. Só que quer também uma garantia de Estado para salvaguardar o risco associado ao chamado ‘side bank’, uma parte do negócio do Novo Banco avaliado nos livros em cerca de nove mil milhões de euros e considerada ‘não core’, sem rentabilidade. Neste ‘side bank’ está, entre outros ativos, cerca de quatro mil milhões de euros de imobiliário.

 

A contratação da JLM&A – uma consultora liderada por João Líbano Monteiro – tem um objetivo: O fundo Lone Star não é conhecido em Portugal e, até ao momento, apesar de meses de negociações e de ser apontado publicamente como o candidato com a melhor oferta, a sua reputação está associado à ideia de um investidor que quer comprar o Novo Banco para o retalhar e vender a seguir com lucros, para garantir as taxas de rentabilidade exigidas pelos investidores que põem o seu capital no fundo.

Num momento decisivo das negociações, o Lone Star quer explicar a estratégia seguida nos outros bancos europeus que comprou nos últimos anos, particularmente um de crédito imobiliário na Alemanha, e o que pretende fazer em Portugal com o Novo Banco.

A JLM&A é uma boutique de comunicação especializada na comunicação financeira e, não por acaso, bancos como o Santander, o Lloyds Bank e o Goldman Sachs estão entre os seus clientes. Mas não só. No portefólio da JLM&A estão também a Impresa (dona da SIC e Expresso) e a Euronext, entre outros.

Contactada oficialmente, a JLM&A escusou-se a fazer quaisquer comentários.

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FMI diz que a dívida grega é “explosiva”

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2017

O Fundo Monetário Internacional diz que "a dívida grega é altamente insustentável" e "vai tornar-se explosiva a longo prazo". O fundo apela à Zona Euro para propor medidas de alívio "mais credíveis".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera a situação da dívida grega “insustentável” e “explosiva” a longo prazo e apela à zona euro para propor medidas de alívio “mais credíveis”, indica um relatório citado hoje pela AFP. Este diagnóstico compromete seriamente a participação financeira do FMI no terceiro programa de assistência financeira à Grécia concedido pela zona euro em 2015.

“Mesmo com a plena aplicação das reformas económicas com as quais o país se comprometeu no quadro do programa” de assistência, “a dívida grega é altamente insustentável” e “vai tornar-se explosiva a longo prazo“, quando o Governo tiver de recorrer ao mercado para se financiar a juros mais elevados, refere o FMI. Se não forem adotadas medidas de alívio, a dívida grega deve atingir 275% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, indica o relatório.

De acordo com as suas regras internas, o FMI, que participou nos dois programas de resgate concedidos anteriormente à Grécia, em 2010 e 2012, não pode conceder empréstimos a um país se considerar a dívida deste insustentável. O relatório a que a AFP teve acesso apela à zona euro para fazer mais no sentido de aliviar a dívida grega e permitir a participação do FMI no programa.

A instituição pede medidas precisas, como a extensão das maturidades dos empréstimos até 2070 e o alívio dos reembolsos até 2040. O FMI adverte, no entanto, que, se Atenas não aplicar as reformas exigidas pelos credores, a viabilidade da dívida não estará garantida, mesmo com medidas de alívio drásticas.

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Negócio está pior, mas CTT mantêm dividendos

A empresa antecipa uma queda de 4,2% no tráfego de correio e um recuo de 4 a 7% do EBITDA em 2016, mas vai manter a proposta de dividendo em 48 cêntimos por ação.

Os resultados dos CTT no último trimestre de 2016 foram piores do que o esperado, mas a empresa vai manter a proposta de dividendo mínimo a pagar aos acionistas neste ano, no valor de 48 cêntimos por ação.

“Os CTT informam sobre atualização do guidance sobre os resultados operacionais e o EBITDA recorrente do ano de 2016 em comparação com o último divulgado pela empresa, particularmente devido ao decréscimo superior ao esperado do tráfego de correio no quarto trimestre de 2016″, começa por referir a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A primeira revisão às previsões iniciais diz respeito ao tráfego. Nas estimativas iniciais, os CTT apontavam para que o tráfego de correio endereçado caísse 3% no ano passado. Agora, a empresa antecipa uma queda de 4,2% em 2016, justificada pelo “impacto relevante dos feriados naquele período (menos três dias úteis do que no quatro trimestre de 2015)”, que originou um “decréscimo de 4% a 5% nos rendimentos operacionais de 2016”.

Recorde-se que, no final do ano passado, os CTT foram penalizados em Bolsa pela decisão do Governo de passar a notificar os impostos em atraso através de correio eletrónico, agravando as perspetivas de receita da empresa de serviços postais.

Também as perspetivas para o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) pioraram. A empresa já reconhecia que o objetivo para este indicador era “difícil de atingir” em 2016, mas referia que o “forte desempenho do terceiro trimestre de 2016 constitui base sólida para o segundo semestre de 2016”. Agora, os CTT preveem um “decréscimo de 4% a 7% no EBITDA do ano 2016 (excluindo Banco CTT)”.

Apesar desta atualização das previsões, a empresa vai manter os dividendos. “A administração reafirma que poderá propor um dividendo mínimo de 0,48€ por ação para 2016, pagável em 2017”.

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Trump: Relação entre Reino Unido e EUA será “fantástica”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 27 Janeiro 2017

A união entre Reino Unido e Estados Unidos foi reforçada pelos seus líderes que fizeram questão de analisar a importância da NATO e da luta contra o Estado Islâmico. Trump irá a Londres ainda este ano

Unidos por uma aliança histórica, Theresa May e Donald Trump estiveram hoje reunidos na Casa Branca para discutir o futuro desta. Foi o primeiro encontro entre os dois líderes, mas foi suficiente para que o presidente dos Estados Unidos percebesse o que irá acontecer daqui para a frente: “Consigo perceber em pouco tempo com quem me vou dar bem.”

“Ainda estão para vir grandes dias para os dois países”, afirmou Trump, que não poupou os elogios ao país que conseguiu decidir o seu futuro através da saída da União Europeia. May, por sua vez, foi mais institucional, tendo apresentado alguns pontos de concordância, como o terrorismo: haverá maior coordenação entre os países para derrotar o Estado Islâmico, “unindo esforços neste desafio.”

Os acordos estratégicos também foram tratados, tendo May afirmado que ambos os países “reafirmaram o compromisso inabalável” para com a NATO. Um acordo entre os dois países também foi referido. Para Trump, o estabelecimento de boas alianças será muito importante, pelo que isto “não vai acontecer com muitos países” — referindo-se, provavelmente, ao México.

Em relação aos pontos de discordância, May não quis avançar demasiado, dizendo apenas que “estivemos a discutir vários tópicos e haverá tempos em que vamos discordar”.

A conferência realizou-se momentos depois de se saber que o presidente americano esteve esta manhã ao telefone com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Em resposta a uma pergunta dos jornalistas, Trump não revelou quaisquer detalhes da conversa, tendo afirmado porém que “foi uma chamada amigável”. Ainda assim, a renegociação dos tratados continua em cima da mesa. “Vou representar fortemente os americanos”, reiterou algumas vezes o presidente norte-americano.

Uma visita de Donald Trump ao Reino Unido estará para breve, com Theresa May a afirmar que o convite enviado pela Rainha foi aceite por Trump.

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Volatilidade continua. Juros acima dos 4%

Centeno diz que a volatilidade nos juros da dívida vai passar. Por enquanto, ainda não desapareceu: os juros estão acima dos 4%. Na bolsa, o BCP não se deixou contagiar e voltou aos ganhos.

Mário Centeno admite a preocupação com os juros da dívida, mas diz que a volatilidade vai passar. Por enquanto, ainda não desapareceu. E os juros da dívida portuguesa continuam a agravar-se, tocando novos máximos acima da fasquia dos 4%. Apesar de o aumento da percepção de risco ser negativo para o setor financeiro, o certo é que o BCP não se deixou contagiar. Voltou aos ganhos.

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Direito de resposta da Selenis

  • ECO
  • 27 Janeiro 2017

Direito de resposta da Selenis.

A propósito da notícia “Santos Ferreira: Questionei Governo sobre La Seda“, publicada a 19 de janeiro, o ECO recebeu o direito de resposta que é reproduzido em baixo:

Exmos. Senhores,

A notícia publicada no passado dia 19 de Janeiro de 2017, na edição online do vosso jornal, com o título “Santos Ferreira: ‘Questionei Governo sobre La Seda'”, respeitante ao envolvimento do banco Caixa Geral de Depósitos (“CGD”) com o Grupo La Seda de Barcelona padece de inexactidões atingindo a reputação da Selenis Portugal, S.A. (“Selenis Portugal”).

As referidas inexactidões poderiam ter sido evitadas caso a Selenis Portugal tivesse sido contactada por V. Exas. para apresentar a sua versão dos factos, como seria de esperar e de exigir a qualquer jornalista e a qualquer publicação, na medida em que o respeito pelo contraditório é regra deontológica primeira e essencial do jornalismo (art.1.º do Cód. Deontológico).

A referida notícia refere que a Selenis é um dos grandes devedores da CGD e que recebeu um financiamento da CGD no montante de EUR 165.000.000,00 (cento e sessenta e cinco milhões de euros).

Cumpre referir que, a Selenis Portugal cumpre com as suas responsabilidades tempestivamente, assim como não está nem nunca esteve em incumprimento de qualquer responsabilidade perante a CGD.

Como se iniciou a presente, todos estes lamentáveis equívocos poderiam (e deveriam) ter sido evitados caso fosse dada a oportunidade à Selenis Portugal de se defender dos factos que lhe foram imputados, o que certamente também teria permitido que a notícia em apreço fosse mais esclarecedora e informativa, evitando assim que tivessem sido causados danos à imagem, reputação e crédito da Selenis Portugal.

Esta notícia, com a invocação indevida da nossa denominação social, implicou um conjunto de custos reputacionais para a empresa, quer junto dos fornecedores, quer junto de financiadores, que ainda estamos a avaliar.

Solicitamos assim que ao abrigo da lei e do direito de resposta esta nossa carta seja publicada com idêntico destaque que teve a notícia do passado dia 19 de Janeiro de 2017.

A Administração da Selenis Portugal, S.A.

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Há uma nova agência de comunicação em Portugal

A Hill+Knowlton e a FXT fundiram-se, dando origem a uma nova agência de comunicação que contará com 25 consultores em Lisboa. Francisco Teixeira será o diretor-geral.

As agências de comunicação FXT e Hill+Knowlton fundiram-se, anunciaram as empresas em comunicado. As firmas decidiram juntar operações em Portugal e vão funcionar sob o nome Hill+Knowlton Strategies Portugal SA. A nova empresa funcionará sob a batuta do anterior fundador da FXT, Francisco Teixeira, que será o diretor-geral e sócio minoritário. O Grupo WPP ficará com a posição maioritária.

Na base do negócio, o facto de a administração europeia da Hill+Knowlton querer expandir operações no país. A empresa estaria também à procura de um novo diretor-geral, pelo que Francisco Teixeira se tornou “uma escolha natural”, lê-se na nota enviada às redações.

Francisco Teixeira será o diretor-geral desta nova agência.D.R.

Esta nova agência de comunicação juntará os profissionais de ambas as empresas. Entre eles, os sete membros que integravam a FXT e que prestava serviços na área da comunicação a empresas como a Fundação EDP, a Cofidis e a Uber. A “sólida base de clientes” deverá transitar para a Hill+Knowlton Strategies.

Assim, a empresa ficará a contar com “cerca de 25 consultores no escritório em Lisboa”. Cristina Lopes e Piedade Guimarães vão integrar a equipa de gestão e, à frente das restantes, estarão nomes como Carlota Burnay, Margarida Caparica, Sofia Velasco, Adelina Cabral e Helena Gois.

“Fundir a FXT com uma empresa com a experiência e o portefólio da Hill+Knowlton é motivo de enorme orgulho, mas também de grande responsabilidade. A mais valia desta fusão é óbvia: oferecemos mais e melhores serviços aos nossos clientes”, explicou Francisco Teixeira.

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Concertação social: UGT não quer CGTP na discussão da adenda ao acordo

A UGT só quer negociar com os patrões, o Governo e "com mais ninguém". Carlos Silva não quer que a CGTP esteja nas negociações do novo acordo de concertação social.

O líder da UGT avisou esta sexta-feira que a CGTP não pode entrar na discussão da adenda ao acordo de concertação social, já anunciado pelo primeiro-ministro com a entrada do PEC. Ao contrário do que tinha sido noticiado esta tarde, a União Geral de Trabalhadores esclarece, em comunicado enviado às redações, que não assina o acordo se a central sindical liderada por Arménio Carlos estiver nas negociações.

“A UGT participará numa discussão de um aditamento com as quatro confederações patronais e com o Governo e com mais ninguém”, avisa Carlos Silva. Esta sexta-feira de tarde tinha sido noticiado que a UGT só assinaria o novo acordo caso a CGTP participasse, mas a decisão da central sindical é exatamente o contrário: o líder da União Geral de Trabalhadores diz que só assina se a CGTP não participar na nova negociação e, por isso, sem a assinatura de Arménio Carlos.

Não nos passa pela cabeça e não aceitaremos qualquer aditamento de entidades externas ao acordo, que possam agora vir participar e dizer de sua justiça e avaliá-lo. Quem outorga é quem tem de se pronunciar. Porque é um aditamento que só influencia os cinco outorgantes e o Governo que fizeram parte no acordo de 22 de dezembro, assinado no mês de janeiro”, afirmou Carlos Silva.

Se dúvidas houvesse, o comunicado de imprensa esclarece que “o secretário-geral da UGT avisa que não participará na discussão de um aditamento com ‘entidades externas’, numa clara referência à CGTP“.

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Quando os extras de um Tesla dão para comprar… um BMW

A Tesla chegou ao país. Já se pode encomendar um dos modelos da marca de Elon Musk. Os preços começam nos 76 mil euros, mas há muitos extras que se podem adicionar. Muitos e caros.

Já há alguns Tesla em Portugal. Mesmo antes da entrada oficial da marca no país, muitos portugueses importaram. Agora, já não é preciso: a Tesla já está a aceitar encomendas online para os seus dois modelos, o Model S e o X, automóveis de luxo totalmente elétricos que têm um preço que não é para todas as carteiras. E com extras ainda pior. Se quiser todos, vai-lhe custar tanto como um BMW.

As encomendas de automóveis já estão disponíveis, em Portugal. Além disso, a Tesla prepara-se para inaugurar a primeira loja em Lisboa na segunda metade deste ano. Em comunicado, a marca assegura que as primeiras encomendas para os Model S e Model X “sejam entregues já no segundo trimestre”, em Lisboa. Quanto custam? Os preços começam nos 76.300 euros para o Model S, na versão P60 (vai até ao P100D), e os 107.000 euros para o Model X, um SUV.

tesla

Mas como em todos os automóveis, estes são os preços base. No caso da Tesla, ambos os modelos já vêm bastante bem equipados, cheios de tecnologia. Mas há muito mais para adicionar. No site da Tesla, o configurador apresenta uma multiplicidade de opções para os dois modelos. Uma das principais para quem vai comprar é a cor. Quanto custa? 1.150 euros no caso do Model S. É um pouco acima do habitual, mas não está completamente afastado da realidade. E é o extra mais barato.

Se gosta de ter maior luminosidade no interior, há a possibilidade de ter o tejadilho totalmente em vidro, mas são precisos 2.300 euros, sendo que uma combinação interior (cor da pele, material dos vários friso, entre outros), a fatura pode aumentar mais 3.900 euros. Para ter um som que a Tesla classifica de “ultra alta-fidelidade”, a marca exige mais 2.900 euros, tanto quanto custa a suspensão pneumática inteligente. E as jantes? Já traz de origem, mas a opção pelas 21 polegadas custa 5.300 euros.

O “pack conforto”, que inclui o sistema de navegação, uma câmara traseira e os sensores de estacionamento, entre outros, destaca-se na fatura: 8.555 euros. E o mesmo acontece no caso de querer desfrutar de uma das habilidades do Model S: o sistema autopilot melhorado aumenta o custo total em 5.900 euros, sendo que se quiser que o carro tenha capacidade de condução autónoma, ou seja, que conduza por si, são precisos ainda mais 3.500 euros.

Conheça a lista de extras (ordenada por preços):

  • Pintura metalizada – 1.150€
  • Pacote para climas abaixo de zero – 1.150€
  • Upgrade carregador alta potência – 1.800€
  • Tejadilho totalmente em vidro – 2.300€
  • Suspensão pneumática inteligente – 2.900€
  • Som ultra alta-fidelidade – 2.900€
  • Capacidade de condução autónoma – 3500€
  • Combinação interior – 3.900€
  • Upgrades premium4.100€
  • Bancos voltados para trás – 4.700€
  • Jantes de 21 polegadas – 5.300€
  • Autopilot melhorado – 5.900€
  • Pack Conforto – 8.555€

Há ainda mais alguns extras, como os dois bancos extra voltados para trás (na bagageira), ou o que a Tesla chama de “upgrades premium”, que se forem todos selecionados permitem chegar a um total de 47.005 euros. Este é o valor que é preciso acrescentar aos 76.300 euros do modelo base — versões superiores já trazem de origem alguns destes extras, sendo que o custo é também superior: o P100D tem um preço de venda de 163.000 euros que pode aumentar em 1.150 euros com o spoiler em fibra de carbono.

Este cheque de 47.005 euros em extras é caro? Dependerá do que o cliente realmente quer. Mas para colocar este valor em perspetiva pode sempre comparar-se com os custos de outros modelos de luxo à venda em Portugal. Por este valor é possível, por exemplo, comprar um BMW 320 ED Touring que tem um valor de venda de 47.974 euros. Não chega bem para esta compra? Se adicionasse, por hipótese, o pack para climas abaixo de zero — que não se justifica em Portugal –, o valor total dos extras da Tesla ascende aos 48.155 euros.

O valor dos extras dá para comprar a carrinha que muitas famílias têm como carro de… família. Dá quase para comprar a gama acima, o BMW 520D, que custa em torno dos 53 mil euros, isto num país em que é a Renault que liderada as vendas com os Clio e o Mégane. São luxos, e tecnologias adicionais num carro que deslumbra muitos consumidores tanto pela elegância como pelo sistema de propulsão elétrico que no caso dos Tesla permite performances inigualáveis. O Model S pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 segundos.

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Erros de contabilidade penalizam contas da BT

  • Leonor Rodrigues
  • 27 Janeiro 2017

Depois do escândalo de erros contabilísticos na sua unidade em Itália, os lucros da operadora britânica registam uma queda acentuada de 53%.

A empresa de telecomunicações britânica BT anunciou uma queda de mais de 50% nos seus lucros do último trimestre do ano passado. Esta quebra surge depois de terem sido detetados erros contabilísticos na sua unidade italiana.

Os lucros da BT caíram 53% para os 274 milhões de libras (322,3 milhões de euros), de acordo com o comunicado da empresa citado pela Bloomberg. Esta queda inclui os 245 milhões de libras (288 milhões de euros) de provisões já anunciados pela operadora do Reino Unido.

No início desta semana, a empresa britânica revelou erros contabilísticos mais graves do que os inicialmente detetados em outubro de 2016 na sua unidade em Itália e reduziu as suas previsões de lucros para os próximos anos. Na altura, as ações da BT caíram 19%.

“A situação em Itália é muito séria mas não devemos esquecer que a BT permanece, no geral, de boa saúde”, disse o CEO da BT, Gavin Patterson, que está à frente da operadora desde 2013. “Somos uma empresa rentável, com um negócio forte e a gerar um elevado cash flow“, acrescentou.

Patterson disse ainda que os problemas em Itália estão controlados e a serem investigados em conjunto com as autoridades. De acordo com o Financial Times, o procurador-geral de Milão, Fabio de Pasquale, decidiu abrir uma investigação criminal àquela unidade, afirmando que o foco são as suspeitas de contabilidade falsa e manipulada, mas não acrescentou mais detalhes.

“Foi uma manipulação dos lucros muito sofisticada”, diz o CEO da BT que acusa os gestores italianos de terem mentido aos auditores.

Depois da forte desvalorização de mais de 20% na terça-feira para os 303 pences, a maior queda desde 1986, esta sexta-feira a BT está a avançar 1,06% para os 305,3 pences.

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Ao quarto dia, direitos do BCP sobem. Ações também

Depois de três sessões em queda, os direitos do aumento de capital do BCP voltaram hoje aos ganhos no penúltimo dia de negociação em bolsa. As ações acompanharam, disparando mais de 2%.

Depois de três sessões em queda, os direitos do aumento de capital do BCP voltaram aos ganhos, naquele que é o penúltimo dia de negociação em bolsa. As ações do banco liderado por Nuno Amado acompanharam, disparando mais de 4%.

As ações do BCP encerraram a subir 4,36% para 15,33 cêntimos. Já os direitos, que garantem a subscrição das novas ações, avançaram 8,74% para 73,4 cêntimos. A subida acontece no penúltimo dia de negociação em bolsa. Haverá ainda um período em que poderão ser feitas transações fora do mercado.

Direitos disparam mais de 8%

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Cada direito permite a subscrição de 15 novas ações ao preço de 9,4 cêntimos. O valor atual coloca o preço implícito de cada nova ação (emitida no âmbito do aumento de capital no valor de 1.300 milhões) nos 14,25 cêntimos. Ou seja, neste momento, comprar as novas ações fica 7,02% mais barato do que comprar as atuais que estão no mercado. Consulte aqui a calculadora do ECO para otimizar a sua estratégia de investimento no aumento de capital.

O banco liderado por Nuno Amado vai emitir 14 mil milhões de novas ações no aumento de capital que visa reembolsar a ajuda do Estado de forma antecipada e ainda reforçar os rácios de capital do banco. A operação de reforço financeiro termina no início do próximo mês e contará com a participação da Fosun, o grupo chinês que detém cerca de 16,7% do capital do BCP, mas que pretende atingir uma posição de 30%. Também a Sonangol deverá ir ao aumento de capital.

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PSI-20 fecha acima da linha de água

  • Leonor Rodrigues
  • 27 Janeiro 2017

A praça lisboeta encerrou a sessão acima da linha de água, com os ganhos da EDP e do BCP a puxarem o índice português para o verde. Galp, REN e da EDP Renováveis caíram.

A bolsa nacional fechou a última sessão da semana a valorizar, contrariando a tendência de perdas nas principais praças europeias. A puxar pelo índice português esteve a EDP, a Jerónimo Martins e o BCP que, depois de quatro sessões consecutivas a desvalorizar, registou esta sexta-feira uma subida expressiva.

O PSI-20 encerrou a sessão em terreno positivo, a valorizar 0,58% para os 4.609,78 pontos. A subir esteve a EDP, 0,99% para os 2,74 euros por ação e a Jerónimo Martins, que ganhou 0,93% para os 15,81 euros. Já o BCP valorizou mais de 4%, com as ações a custarem agora 15,33 cêntimos e os direitos a ganharem mais de 8% para os 73,4 cêntimos.

Destaque positivo também para a NOS e para a Pharol, que subiram 1,73% e 6,33%, respetivamente. Já a recuar estiveram as energéticas EDP Renováveis que perdeu 0,36% para os 6,07 euros, a Galp que caiu 0,43% e a REN que resvalou 0,19%.

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