PS escolhe questões económicas e sociais para abrir debate quinzenal na sexta-feira

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2017

Depois de PSD, PCP, BE e PEV revogarem, na quarta-feira, no parlamento, a descida da Taxa Social Única (TSU), o Governo aprovou hoje uma redução no Pagamento Especial por Conta (PEC).

O PS escolheu as questões económicas e sociais para abrir o debate quinzenal com o primeiro-ministro, na sexta-feira, que ainda deverá ser marcado pelo ‘chumbo’ da Taxa Social Única e a aprovação da redução no Pagamento Especial por Conta.

No final do Conselho de Ministros, foi o próprio primeiro-ministro, António Costa, a anunciar uma redução de 100 euros no PEC para todas as empresas sujeitas ao seu pagamento já a partir de março e até 01 de janeiro de 2019, e uma redução adicional de 12,5% do remanescente da coleta paga por cada empresa.

Esta medida teve o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda, ao contrário do que aconteceu com a descida da TSU para as empresas.

Para o PSD, a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC) é um “fraco remendo” como alternativa à TSU, segundo uma fonte da direção da bancada do PSD, que preferia que fosse dada prioridade à descida do IRC.

Já o CDS-PP, remeteu a responsabilidade da aprovação das medidas para os partidos que apoiam o Governo, recusando confirmar, imediatamente, a esperança do primeiro-ministro num apoio dos centristas à redução do PEC.

Para o debate de sexta-feira, todos os partidos escolheram questões sociais e económicas para discutir com António Costa, segundo disseram à Lusa fontes parlamentares.

O Bloco de Esquerda pretende também abordar temas de relações internacionais, o CDS-PP questões de soberania e o PEV assuntos ambientais.

No último debate quinzenal, a 17 de janeiro, António Costa anunciou que o défice em 2016 não será superior a 2,3%, mas o tema foi “abafado” pela discussão em torno da baixa da TSU. Os partidos à esquerda que apoiam o Governo – BE, PCP e PEV – assumiram o seu desacordo com esta medida saída de um acordo de concertação social, para compensar a subida do salário mínimo.

O PSD assumiu o seu voto, ao lado da esquerda, no parlamento, contra a descida da taxa, o que aconteceu na quarta-feira, por recusar a ser “muleta” do Governo quando este não se entende com os seus parceiros. O PS e o Governo acusaram os sociais-democratas de darem “uma cambalhota” relativamente uma medida idêntica que apoiaram em anos anteriores.

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Venda do Novo Banco avança com “intensidade”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Janeiro 2017

Défice abaixo de 2,3% e confiança reforçada do Eurogrupo, foi esta a mensagem que Centeno deixou à saída da reunião. Sobre a venda do Novo Banco referiu que está a avançar com "bastante intensidade".

Após a reunião do Eurogrupo, Mário Centeno falou aos jornalistas com confiança acrescida no trabalho que tem sido desenvolvido em Portugal: “Mantemos sempre os compromissos e a nossa atitude perante o Eurogrupo e os nossos parceiros. Mostrámos determinação em cumprir esses compromissos.”

Na base desta confiança estará “uma maior coesão económica interna” e “um plano diário de governação” que levará a que as metas estabelecidas sejam atingidas. Centeno também deu garantias em relação à execução orçamental: o défice vai ficar “sustentadamente abaixo dos 3%”, ainda que ainda não sejam conhecidos os resultados de alguns setores.

O setor financeiro continua a ser uma das maiores preocupações dos ministros das Finanças europeus, que sublinharam que o plano delineado deve ser cumprido. A necessidade de aumentar a competitividade do país também foi uma assunto que esteve em cima da mesa.

Em relação à venda do Novo Banco, Centeno afirmou que está a avançar com “bastante intensidade”, mas que “não é saudável colocar um prazo” num processo desta dimensão. Recorde-se que o banco de transição resultou da falência do Banco Espírito Santo em 2014. Desde então o banco tem estado à venda. A primeira tentativa não correu bem e a segunda não está a correr melhor, com governo a definir uma série de condições com os quais o Presidente da República concorda. A possibilidade de uma nacionalização tem sido levantada pelas várias alas partidárias.

Centeno aproveitou também para se dirigir aos críticos, principalmente àqueles que disseram que estes resultados não seriam atingidos sem medidas adicionais: “É importante que a análise seja feita de uma forma menos apaixonada e mais formal.” O ministro português finalizou com a certeza de que “2016 foi um ano não só de consolidação financeira como de consolidação dos níveis de confiança.”

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Maria Luís: “A CGD nunca incumpriu nenhuma das exigências regulatórias”

A antiga ministra das Finanças sublinha que todas as avaliações feitas por entidades regulatórias dão conta dos "muitos progressos que foram feitos" na situação do banco público.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) cumpriu sempre, ao longo dos últimos anos, todas as exigências das entidades reguladoras, incluindo os rácios de capital. Quem o garante é Maria Luís de Albuquerque, que está esta tarde a ser ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão do banco público.

À data, a CGD cumpria todos os requisitos. Mesmo no cenário de stress cumpria o rácio exigido. A Caixa nunca incumpriu o rácio exigido, ainda que estes tenham vindo a aumentar”, referiu a antiga ministra das Finanças, em resposta a deputado bloquista Moisés Ferreira.

Pouco depois, João Almeida, deputado do CDS, voltou a perguntar se a equipa de gestão da CGD sinalizou, em algum momento, que a discrepância previsões/realidade punha em causa a execução do plano de recapitalização de 2012 ou o cumprimento das exigências a que a Caixa estava sujeita.

Maria Luís Albuquerque voltou a frisar: “A Caixa Geral de Depósitos nunca incumpriu nenhuma das exigências regulatórias. O acompanhamento era feito em permanência, até porque relação entre Direção Geral da Concorrência e a CGD é intermediada pelo Ministério das Finanças. Para além disso, havia reuniões regulares com a a administração da CGD”.

A antiga ministra das Finanças nota ainda que “todas as avaliações são unânimes em reconhecer os muito progressos que foram feitos” na situação da CGD. “Se pergunta se deixámos todos os problemas do país resolvidos, a resposta é não. Mas nunca colocámos a situação da CGD em perigo, correndo o risco de incumprir algumas das suas obrigações”, salientou.

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Juros da dívida sobem, PSI-20 também

  • Ana Luísa Alves
  • 26 Janeiro 2017

A dívida nacional voltou a passar a fasquia dos 4%, mas não pesou no desempenho do PSI-20 nesta quinta-feira. A bolsa nacional subiu, apoiada na valorização da EDP e das papeleiras.

Mau dia para a dívida nacional. Os juros da dívida a 10 anos voltaram a passar da fasquia dos 4%, apesar de o défice ter encolhido quase 500 milhões de euros no ano passado. Ainda assim, o PSI-20 fechou a valorizar, com a subida do setor energético e das papeleiras. O destaque negativo da sessão vai para o BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado e os direitos do aumento de capital caíram pela quarta vez consecutiva.

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Dijsselbloem: “Mercados estão a dizer que é preciso reformas”

Jeroen Dijsselbloem voltou a deixar alertas sobre a situação financeira de Portugal. Diz que há "riscos relevantes no médio prazo". Os "mercados estão a dizer que é preciso reformas".

Jeroen Dijsselbloem deixou um novo alerta a Portugal. À saída do Eurogrupo, afirmou que “não há espaço para complacência com Portugal”, sublinhando que o país enfrenta riscos no médio prazo. São precisas reformas, salientando que é isso que os mercados estão a pedir ao Governo de António Costa.

Citado pela Bloomberg, o presidente do Eurogrupo voltou a mostrar a sua preocupação com a situação financeira do país, notando que há “riscos relevantes no médio prazo”. “A volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, notou Dijsselbloem, citado pela Bloomberg. É isso “está a ser feito neste momento. Penso que estão a tomar as medidas adequadas”, diz, citado pela Lusa.

Juros da dívida acima dos 4%

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

O presidente do Eurogrupo referia-se à subida dos juros da dívida nacional a dez acima da fasquia dos 4%. Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), também salientou que os mercados estão “nervosos com o nível de dívida, o setor financeiro e a competitividade” do país, mas “estou confiante de que se derem resposta a estas questões, os mercados irão reagir positivamente”.

Terá sido esta mensagem de preocupação que Dijsselbloem deixou a Mário Centeno, ministro das Finanças, que à saída do encontro de ministros das Finanças da Zona Euro destacou a queda do défice em 2016. Os dados da execução orçamental apontam para que tenha encolhido em 497 milhões de euros. Deverá ficar, assim, nos 2,3% do PIB, ou menos.

“Estamos determinados a continuar neste caminho. As politicas [adotadas pelo Executivo de António Costa] levam a estes resultados”, afirmou Centeno em declarações aos jornalistas à saída do Eurogrupo.

“Mantemos sempre os compromissos e a nossa atitude perante o Eurogrupo e os nossos parceiros”, disse. “Mostrámos determinação em cumprir esses compromissos. Portugal cumpre de forma tranquila e determinada. Teremos um défice sustentadamente abaixo dos 3%”, rematou.

(Notícia atualizada às 19h32 com mais declarações de Dijsselbloem e Klaus Regling)

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Baralhado com as contas do PEC? Nós explicamos

António Costa falou, mas a dúvida ficou no ar. O limite mínimo do PEC diminuiu? Que redução é esta de 12,5%? Qual a conta final? Saiba aqui como calcular o PEC segundo as novas regras.

O Governo aprovou esta quinta-feira alterações ao cálculo do Pagamento Especial Por Conta (PEC) que as empresas têm de pagar. Esta proposta de lei já era esperada, mas ainda não se conheciam os detalhes. Afinal, o que muda para as empresas? Ao contrário do esperado, o limite mínimo do Pagamento Especial Por Conta não foi alterado. Foram introduzidas dois tipos de reduções após o apuramento do valor do PEC à luz das regras antigas.

“Relativamente ao montante da redução, dependerá de empresa para empresa visto que há um montante que é idêntico para todas, menos 100 euros, e depois é 12,5% de redução sobre o montante da sua coleta”, afirmou o primeiro-ministro esta quinta-feira. E como a “coleta varia em função dos lucros”, será “maior ou menor consoante os lucros”, adiantou na conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

Tal como lhe explicámos neste artigo, este pagamento é, na prática, um adiantamento ao Estado, servindo como garantia do Fisco de que todas as empresas pagam algum IRC. Ao ECO, o Ministério das Finanças explicou o que realmente muda: é conjugada “uma parte de redução fixa de 100 euros e subsequente redução percentual em 12,5%”.

Com o cálculo como era feito até agora e dada a alteração no OE2017 (limite mínimo passou de mil euros para 850 euros em 2017), eis um exemplo do que ocorria. A fórmula é complexa. Vamos por passos: imaginemos que uma empresa com um volume de negócios de 150 mil euros. Calcule 1% desse valor. O resultado são 1.500 euros. Deste valor, tem sempre de pagar 850 euros, porque é o limite mínimo do PEC.

Sobram 650. A este excedente é aplicada uma taxa de 20%. O resultado são 130 euros. Assim, o valor a pagar pela empresa são 850 euros mais 130, ou seja, 980 euros. A este valor subtrai-se o valor do pagamento por conta feito no ano anterior. Até aqui continua tudo igual.

Caso a proposta de lei que o Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros passe no Parlamento — algo que António Costa garantiu por já ter concertado com o BE e o PCP –, as contas no fim alteram-se. Ou seja, segundo o Ministério das Finanças, é o valor final do Pagamento Especial por Conta que vai ser afetado.

Recuperando o exemplo anterior, aos 980 euros (presumindo que não existe nenhum pagamento por conta a abater) vão ser retirados 100 euros. Restam, portanto, 880 euros. A este valor tem depois de se aplicar uma redução de 12,5%. Assim, com estas novas regras passa a pagar 770 euros. Isto traduz-se uma redução face ao valor inicial (980 euros) de 21,4%.

Exemplos do impacto das novas regras do PEC

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Maria Luís: “Portugal não tinha a liberdade que hoje se pode fazer crer que tinha”

A ex-ministra das Finanças admite que, se o antigo Governo tivesse tido "mais tempo e mais dinheiro", teria feito mais para recuperar a saúde financeira do banco público.

O modelo encontrado para recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD) em 2012, em 1.650 milhões de euros, foi o possível. Maria Luís de Albuquerque, antiga ministra das Finanças que está a ser ouvida esta tarde na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da CGD, garante que “Portugal não tinha a liberdade que hoje se pode fazer crer que tinha” para decidir o modelo de recapitalização do banco público e, por isso, teve de sujeitar-se às imposições da troika.

A questão partiu Moisés Ferreira. “Porquê 900 milhões em instrumentos híbridos?”. O deputado do Bloco de Esquerda refere-se à injeção de capital feita pelo Estado na CGD em 2012, que se dividiu em duas partes: uma injeção de 750 milhões de euros em capital e a subscrição de 900 milhões de euros em obrigações convertíveis (os chamados CoCo, que têm custos anuais de 80 milhões de euros para o banco público).

Portugal não tinha a liberdade que hoje se pode fazer crer que tinha.

Maria Luís Albuquerque

Em resposta, Maria Luís de Albuquerque admite que não sabe o porquê da “divisão em 900 milhões e 750 milhões”, mas assegura que “o modelo adotado na Caixa foi semelhante ao que foi implementado noutros bancos”.

Além disso, a questão da falta de liberdade. “Portugal estava sujeito à aprovação das entidades que pertenciam à troika, para além da aprovação das entidades reguladoras. O capital da recapitalização da CGD teve de sair do Orçamento do Estado, não pôde sair da linha de 12 mil milhões destinada à banca, porque a troika não consentiu isso. Foi feita a recapitalização nos montantes considerados necessários”, explicou.

A antiga ministra das Finanças reconhece ainda que, se o antigo Governo tivesse tido “mais tempo e mais dinheiro”, teria feito mais para recuperar a saúda financeira do banco público. “Mas os recursos eram muito escassos. Quando estão em causa dinheiros públicos, as decisões têm de ser muito ponderadas”, afirmou.

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Já pode fazer crédito à habitação pelo smartphone

A nova oferta de crédito à habitação do Banco CTT está a partir de hoje disponível através do smartphone, onde será possível tratar de todos os procedimentos até à data da escritura.

Quer fazer um crédito à habitação? Com o Banco CTT não precisa de ir a um balcão, já pode fazê-lo através do smartphone. Desde esta quinta-feira, o banco passou também a disponibilizar crédito à habitação, tendo para tal criado uma app que possibilita ao cliente levar a cabo todos os passos associados à adesão a um crédito à habitação, até ao momento da escritura, apenas através do smartphone.

Através da Casa Banco CTT, será possível a criação de uma proposta de crédito, colocá-la em pré-aprovação, tratar dos trâmites associados à avaliação do imóvel e dos seguros, ter a aprovação técnica e por fim formalizar a proposta. Ao longo de todo o processo é possível enviar documentos, receber notificações e trocar mensagens com o banco. “A partir de agora uma família portuguesa pode fazer tudo a partir de casa”, explicou João Mello Franco, membro da comissão executiva do banco, durante a apresentação das condições da nova oferta de crédito à habitação do Banco CTT.

A aposta da entidade liderada por Luís Pereira Coutinho, na disponibilização desta aplicação é explicada pela constatação da forte adesão dos seus clientes aos meios digitais. “Temos uma posição relevante no segmento digital: 40% dos nossos clientes são ativos no digital”, disse o CEO durante a apresentação para justificar essa aposta.

A nova app e 50 lojas físicas da rede do Banco CTT são para já a única forma de os clientes aderirem à oferta de crédito à habitação do banco que tem um spread único de 1,75%. Até ao final do mês de fevereiro está previsto que toda a rede composta por 202 lojas já disponibilize este produto, garante João Mello Franco.

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Estados Unidos já não são uma democracia completa – e a culpa não é de Trump

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Janeiro 2017

Em 2016, os Estados Unidos da América passaram a ser uma democracia com falhas. Do crescimento do populismo ao afastamento político, Trump não foi a causa, mas a consequência.

América, terra dos livres e lar dos bravos? Se calhar já não é assim. Os Estados Unidos deixaram, em 2016, a categoria de países completamente democráticos para ser agora uma democracia com falhas. E a culpa não é de Trump, mas sim da erosão da confiança na classe política.

Quem é o diz é um estudo levado a cabo pelo departamento de inteligência do The Economist, que todos os anos elabora um ranking de países relativamente à sua adesão aos valores democráticos — como, por exemplo, o processo eleitoral e o reconhecimento de liberdades civis.

Em dez anos, os Estados Unidos desceram 0,24 pontos percentuais no ranking, o suficiente para deixarem de ser uma democracia completa. E quais são as diferenças entre esta e a democracia com falhas? Fraquezas em aspetos mais específicos como a governação, a cultura política e os níveis de participação política.

Donald Trump só beneficiou com estes fatores — tal como os que defendiam o Brexit ou a dos movimentos de extrema-direita pela Europa fora. Os Estados Unidos já davam sinais de que isto poderia acontecer, com o seu sistema político tradicional a falhar, um aumento da distância entre as elites e o eleitorado e o crescimento dos partidos populistas.

Portugal, a democracia quase completa

O nosso país aparece no 28º lugar desta lista, com os três lugares acima a serem ocupados pelo Botswana, pela Costa Rica e pela Coreia do Sul. Embora seja quase irrepreensível no que toca ao processo eleitoral e ao pluralismo, tendo somado 9,58 de 10 pontos, Portugal fica muito mais atrás em fatores como o funcionamento do Governo e a participação política. No total, contabiliza uma pontuação de 7,86 pontos — suficiente para a categoria de democracia com falhas.

Nos lugares cimeiros da lista encontram-se a Noruega, com 9,53 pontos — a atingir o máximo em quatro das cinco categorias –, a Islândia com 9,50 pontos e a Suécia com 9,39 pontos.

A democracia está em crise. Porquê?

O relatório afirma que 2016 foi um ano de “recessão democrática global”, com as democracias envoltas em ceticismo, falta de confiança e crescente distância entre eleitores e eleitos. É difícil para o departamento de inteligência do The Economist apontar apenas uma justificação para esta crise democrática, mas a organização afirma que um dos principais culpados foi o crash de 2008 e a crise financeira que se seguiu — e que teve efeitos nefastos, não só na economia como, e principalmente, no dia-a-dia das pessoas.

Neste momento, apenas 30% dos americanos nascidos depois da Primeira Guerra Mundial acham que é importante viver-se em democracia, 19% confiam sempre ou quase sempre no Governo para tomarem a decisão correta.

É também dado bastante destaque à Venezuela, que se apresenta no 107º lugar e é considerado um regime híbrido. Em 2015 encontrava-se no 99º lugar, mas a resposta do governo à perda de maioria no parlamento e a crescente degradação das condições da população foi o principal motivo desta descida.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Nuno Amado vai gastar quase 100 mil euros no aumento de capital do BCP

O presidente executivo do BCP tem direitos que lhe permitem comprar 949.005 novas ações do banco que lidera. Exercendo estes direitos na totalidade irá gastar 98,8 mil euros no aumento de capital.

Nuno Amado, presidente executivo do BCP, comprou mais de 12 mil direitos no aumento de capital que decorre no próprio banco. A juntar aos direitos que já detinha, Amado ficou agora com mais de 63 mil direitos de subscrição do BCP, que permitem comprar 949.005 novas ações. Para comprar estas ações, terá de pagar perto de 100 mil euros.

A informação foi comunicada pelo banco à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “O BCP informa que recebeu do administrador executivo Nuno Manuel da Silva Amado a informação relativa à seguinte transação de direitos do BCP efetuada pelo mesmo”: 12.271 direitos, por 0.785 euros cada. “Após esta transação, Nuno Manuel da Silva Amado passou a deter 63.267 direitos de subscrição do BCP“, acrescenta o comunicado.

Tendo em conta que cada direito custou 78,5 cêntimos, Nuno Amado pagou 9.632,74 euros pelos direitos que adquiriu. Cada direito permite a subscrição de 15 novas ações do BCP. Assim, os 12.271 direitos comprados por Amado permitem subscrever um total de 184.065 ações, por 9,4 cêntimos cada. Se quiser exercer os direitos sobre estas ações, o presidente do BCP terá de desembolsar mais 17.302 euros. A juntar aos 9,6 mil que pagou pelos direitos, a conta sobe para 26.934 euros.

Antes de ter comprado estes direitos, Nuno Amado já detinha outros 50.996 direitos, um por cada ação que já detinha do banco. Assumindo o atual preço de subscrição das novas ações, de 9,4 cêntimos, Amado terá de pagar mais 71.904 euros para exercer os direitos sobre estas ações. Junte-se os 26,9 mil euros que pagou no aumento de capital e Nuno Amado irá gastar 98.838 euros para ficar com 949.005 novas ações do banco que lidera, a juntar às 50.996 que já tinha.

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Presidente do México cancela reunião com Trump

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Janeiro 2017

A decisão vem no seguimento da ordem executiva de Trump que aprova a construção do muro fronteiriço. E continua a ser o México a pagar.

Enrique Peña Nieto escolheu o meio de comunicação favorito do presidente dos Estados Unidos para divulgar a sua decisão em relação à sua visita à Casa Branca: “Esta manhã informámos a Casa Branca de que não estarei presente na reunião de trabalho marcada para a próxima segunda-feira com o @POTUS”.

A decisão oficial já teria sido comunicada esta manhã ao escritório de Donald Trump. Ainda assim, Trump já tinha feito um ultimato a Nieto: se não cooperasse na construção do muro, a reunião de segunda não aconteceria. Nieto antecipou-se.

A tensão entre os dois países tem-se acumulado desde a campanha eleitoral, em que Donald Trump reiterou que iria construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México e que seria o segundo país a pagar a conta. Na passada quarta-feira o agora presidente Trump assinou uma ordem executiva para a construção efetiva do muro. Horas após esta assinatura o presidente mexicano publicou a sua reação no Twitter — também para acalmar o seu povo.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Há uma casa verde no meio de Londres. Sabe o que é?

  • Ana Luísa Alves
  • 26 Janeiro 2017

A Pantone e a plataforma Airbnb juntaram-se para dar cor à casa "Outside In", em Londres. Foi completamente remodelada para que as pessoas vivam o Greenery (verde) escolhido pela marca.

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Há uma casa verde no meio de Londres. É a “Outside In” da Pantone, que escolheu o verde como a cor deste ano, e que ganhou vida através da plataforma de alojamento local Airbnb.

A Airbnb e a Pantone juntaram-se para revelar uma experiência que vai chegar aos hóspedes de todo o mundo: a casa “Outside In”, em Clerkenwell, Londres, está disponível para reservas de 27 a 30 de janeiro e vai permitir que os hóspedes desfrutem de experiências de degustação da Airbnb Trips, atividades artesanais planeadas e conduzidas por especialistas locais. O anúncio da marca Pantone está disponível aqui, dentro da plataforma Airbnb.

A casa foi submetida a grandes mudanças para ser transformada num oásis para que as pessoas possam viver o Greenery (verde) escolhido pela Pantone. A casa ficou com um bosque como receção, uma estufa interior que se desdobra numa sala de jantar, um quarto com um jardim de relva aparada e arbustos, uma cozinha de jardim e ainda um esconderijo em forma de tenda para os mais novos.

As experiências disponíveis passam por ouvir sons calmos da natureza em toda a casa, colher ervas e vegetais das paredes, beber chá de folhas colhidas numa instalação hidropónica, escolher plantas para fazer “terrários” e folhas para desenhar impressões. Vão estar disponíveis para reserva via Eventbrite ou, em alternativa, podem ser reservadas através da aplicação da Airbnb.

Londres foi uma das primeiras cidades a receber o serviço Trips desde que foi lançado, no ano passado. Atualmente, existem mais de 500 experiências disponíveis para reserva na plataforma Airbnb Trips, em 12 cidades do mundo, mas este ano deverão ser mais de 50.

“É difícil pensar numa cor mais adequada para 2017 do que o Greenery, uma cor que representa novos começos, crescimento e vitalidade. Com o Trips, as viagens tornam-se mágicas, envolvem os viajantes em comunidades por todo o mundo e encorajam-nos a experimentarem algo de novo” referiu em comunicado James McClure, diretor geral da Airbnb para o norte da Europa. Todos os anos o Pantone Colour Institute elege a cor do ano. Este ano foi o verde.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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