CMVM proíbe short-selling depois de tombo de 11% do BCP

A decisão da CMVM foi comunicada depois de o BCP ter encerrado a sessão de hoje a cair mais de 11%.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vai proibir vendas a descoberto (short-selling) das ações do BCP, durante a sessão de sexta-feira. A decisão surge depois de as ações do banco terem derrapado 11,37% esta quinta-feira e o objetivo do regulador do mercado é impedir que os investidores apostem em desvalorizações.

“A CMVM decide a proibição das vendas a descoberto das ações representativas do capital social do Banco Comercial Português (…), com efeitos a partir das 00h00m de 20 de janeiro de 2017, até às 23h59m do mesmo dia”, comunicou o regulador do mercado.

A decisão da CMVM surge no dia em que arrancou o aumento de capital do BCP, que ficou marcado pela forte desvalorização dos direitos que dão acesso a 15 títulos do banco. Os direitos chegaram ao mercado com um valor teórico de 1,005 euros, mas acabaram por afundar mais de 40%, acabou por fechar nos 64 cêntimos.

A CMVM justifica a decisão com as regras europeias, que preveem o “poder de restringir temporariamente a venda a descoberto de instrumentos financeiros em caso de diminuição significativa do respetivo preço”.

O limiar para o exercício desse poder, acrescenta a CMVM, “corresponde a uma diminuição de 10% ou mais no preço das ações em causa, em relação ao preço de fecho do dia de negociação imediatamente anterior”. As ações do BCP caíram 11,37%, para 14,27 cêntimos, ultrapassando assim o limiar definido.

Notícia atualizada pela última vez às 20h16.

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Santos Ferreira: “Nunca me encontrei com Sócrates antes de entrar para a CGD”

Carlos Santos Ferreira junta-se a Teixeira dos Santos e a Vítor Martins. O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos nega ter sentido pressão por parte de José Sócrates.

Carlos Santos Ferreira diz nunca se ter encontrado com José Sócrates antes de ser convidado para presidir a Caixa Geral de Depósitos (CGD). O antigo presidente do banco do Estado junta-se assim a Teixeira dos Santos e a Vítor Martins, que também negaram qualquer pressão exercida pelo então primeiro-ministro. Uma pressão mencionada por Luís Campos e Cunha quando foi à comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa.

"Nunca falei com o primeiro-ministro antes de ser convidado por Teixeira dos Santos”

Carlos Santos Ferreira

ex-presidente da CGD

Questionado pelo PSD se alguma vez tinha sentido pressão por parte de José Sócrates, Carlos Santos Ferreira respondeu sem hesitar: “não”. O presidente da Caixa entre 2005 e 2007, nega ter-se encontrado com o então primeiro-ministro antes de ser convidado para presidir o conselho de administração do banco. “Nunca falei com o primeiro-ministro antes de ser convidado por Teixeira dos Santos”, diz o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos na comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco do Estado.

Carlos Santos Ferreira

Mas porquê o convite? “Na minha escola não se pergunta aos acionistas as razões para as suas ações.” Santos Ferreira diz que apenas questionou Teixeira dos Santos sobre o que é que era esperado do novo presidente da Caixa. “O que o ministro das Finanças disse é que queria que a Caixa incentivasse o crédito às empresas, apoiasse a internacionalização das empresas portuguesas e que isto fosse feito com eficiência“, explica aos deputados. Mas, acrescenta, “nunca senti pressão, nunca o senhor ministro das Finanças me transmitiu qualquer caso de crédito que devesse ser concedido”.

O nome de Carlos Santos Ferreira é um dos que Luís Campos e Cunha diz terem sido sugeridos por José Sócrates. Em conjunto com o de Armando Vara para o cargo de vice-presidente. Uma pressão negada por Teixeira dos Santos, Vítor Martins e pelo próprio antigo primeiro-ministro.

“Também não falei com Campos e Cunha” sobre o banco público, sublinha Santos Ferreira, dizendo ter recebido apenas um telefonema do antecessor de Teixeira dos Santos quando se encontrava no estrangeiro, durante o qual não houve “uma única referência à CGD”.

(Atualizado às 21h com mais declarações de Carlos Santos Ferreira)

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Governo rejeita facilitar despedimentos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Janeiro 2017

Se houvesse tanta dificuldade em despedir, "provavelmente não teria havido tantos despedimentos" nos últimos anos, frisa Vieira da Silva.

O ministro do Trabalho afirmou esta quinta-feira que vai retirar “ensinamentos” do relatório da OCDE mas garantiu que não está na mesa qualquer medida para facilitar despedimentos.

À margem da apresentação do estudo da OCDE sobre as reformas do mercado de trabalho entre 2011 e 2015, Vieira da Silva indicou que há aspetos do relatório com os quais o Governo tem “sintonia” — “outros nem tanto” — mas acrescentou que vai retirar daqui “ensinamentos para que, no plano da discussão em concertação social” e da “discussão política”, seja possível encontrar “melhorias” no mercado de trabalho.

Os jornalistas quiseram saber se isso implicaria alterações no regime de despedimentos, um dos pontos de destaque para a OCDE. E Vieira da Silva respondeu: “Não está em cima da mesa nenhuma alteração que facilite despedimentos, não acho que esse seja um problema da economia portuguesa e das empresas portuguesas, nem a maioria das empresas o acha“.

Aliás, sublinhou o governante, “seria de estranhar, num país que viveu nos últimos anos uma contração de centenas de milhar de postos de trabalho, que o problema central fosse a dificuldade de despedir“. “Se ela existisse assim tão grande, provavelmente não teria havido tantos despedimentos”, rematou.

No seu relatório, a OCDE recomenda, por exemplo, que sejam clarificadas as condições que podem conduzir ao despedimento individual por razões económicas. Também defende que as indemnizações sejam reduzidas em caso de despedimento ilícito (o corte feito anteriormente abrangeu apenas despedimentos lícitos) e que a obrigação de reintegrar os trabalhadores despedidos seja limitada.

Vieira da Silva frisou ainda que não estão previstos cortes nas compensações por despedimento. “Foi bem explicado que estamos numa fase transitória, que durante muitos anos ainda vai vigorar uma composição da anterior lei e da atual, portanto não me parece que essas sejam as questões mais importante”, referiu apenas.

Para o ministro, as questões centrais passam, por exemplo, pelo combate à segmentação. Neste âmbito, a OCDE recomenda que o Governo aumente os descontos das empresas que contratam a termo — uma ideia já defendida pelo Executivo –, embora indicando que a medida pode acarretar riscos.

Valorizar a rigidez contribui para que o mercado não reaja

Durante a sua intervenção na conferência, o ministro do Trabalho chamou a atenção para a diferença entre a realidade e “aquilo que se projeta”. Para a “maior parte — não digo a totalidade — dos observadores e analistas do mercado de trabalho em Portugal, dificilmente é compaginável a realidade da flexibilidade real que existe no nosso mercado com a perceção obtida através dos indicadores construídos também pela OCDE” no que toca à rigidez do mercado de trabalho, afirmou.

"A realidade é bem diferente da imagem que por vezes se projeta.”

Vieira da Silva

Ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social

Para o ministro, isto comporta um risco: “quando se continua a apontar a excessiva rigidez do mercado de trabalho no que toca aos contratos permanentes, está-se a dizer implicitamente que o melhor é fazer outro tipo de contratos, e a sociedade reproduz”, por vezes, de uma forma “dramática”. No fundo, “é aquilo que se chama uma profecia que se concretiza”, concluiu Vieira da Silva. Como se explica que, em 2016, 62% dos novos contratos sejam a termo?, questionou.

Para o ministro, “se há objetivo que de todo não foi atingido” foi o da redução da segmentação. De acordo com os Quadros de Pessoal de 2015 — que dão um retrato do setor privado — os contratos não permanentes aumentaram 4,6%, contra um recuo de 2,8% nos permanentes, indicou o secretário de Estado do Emprego.

Miguel Cabrita também saudou os “caminhos plurais de solução” apresentados pela OCDE, indo além “da tradicional e já conhecida posição da OCDE favorável à flexibilização”.

Já no âmbito do subsídio de desemprego, o Governo admite alterações para proteger as prestações de valor mais baixo, atualmente sujeitas a corte. Hoje, Vieira da Silva voltou a apontar para a necessidade de contrariar a possibilidade de “existirem beneficiários de subsídio de desemprego” com uma prestação inferior ao valor do Indexante dos Apoios Sociais. “Isso julgo que contraria a natureza da própria legislação, a natureza da proteção social e é um efeito perverso negativo de outras alterações que foram produzidas”, disse.

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Bagão Félix sobre TSU: “O Governo falhou”

  • Margarida Peixoto
  • 19 Janeiro 2017

O ex-ministro do Trabalho afirma, em declarações ao ECO, que quem falhou na polémica da TSU foi o Governo, por não ter acautelado as condições políticas para aplicar o acordo.

António Bagão Félix defende que na polémica da TSU, quem falhou foi o Governo. O ex-ministro do Trabalho frisa, em declarações ao ECO, que cabia ao Executivo ter procurado o apoio do PSD, a partir do momento em que sabia que os seus parceiros no Parlamento estavam contra a medida que serviu de contrapartida dada aos patrões, para aumentar o salário mínimo. Seja como for, este acordo de concertação social — que está prestes a ficar coxo — já “vale pouco” à partida, argumenta.

“A concertação social é importante para a paz social, a estabilização económica e dos parceiros sociais”, sublinha Bagão Félix. “Mas só subsiste com apoio político”, nota. Daí que, para o ex-ministro, o pecado original foi do Governo de António Costa e não dos partidos da oposição.

“O que falhou foi não haver concertação política. O Governo sabia que não tinha apoio dos seus parceiros da esquerda e por isso devia ter encetado uma concertação política. O Governo falhou quando sabia que era necessário ter o apoio do PSD — porque só o do CDS não chegava — e não o procurou”, argumenta.

Bagão Félix lembra que “a concertação social não é um fim em si mesma” e que por isso “tem de ser suportada pelo apoio” do Parlamento.

Em causa está o facto de os partidos da oposição se prepararem para revogar um decreto-lei do Governo, já validado pelo Presidente da República e publicado em Diário da República, que introduz um desconto temporário na taxa social única, a cargo do empregador, de 1,25 pontos percentuais, para os baixos salários. Esta medida faz parte do acordo de concertação social, fechado a 22 de dezembro e formalmente assinado esta terça-feira, e foi dada como contrapartida da subida do salário mínimo para 557 euros mensais.

Foram o PCP e o BE que chamaram a medida à Assembleia da República, através de um pedido de apreciação parlamentar. Foram também estes dois partidos que apresentaram resoluções para revogar o decreto-lei do Governo. Mas é com os votos favoráveis do PSD, prometidos por Passos Coelho, que conseguirão aprová-las e pôr termo ao desconto na TSU.

Governo foi o primeiro a desrespeitar os parceiros

“O desrespeito pelos parceiros começou desde o início, quando o Governo fixou um valor de aumento do salário mínimo”, critica o ex-ministro, referindo-se ao facto de António Costa ter inscrito inscrito no seu Programa de Governo, na sequência das negociações com o BE e o PCP, aumentos anuais de 5% da remuneração mínima.

"Quando uma economia é incapaz de absorver um aumento do salário mínimo de 5%, para um valor ainda abaixo do praticado pelos parceiros europeus, alguma coisa está mal.”

António Bagão Félix

Ex-ministro do Trabalho e das Finanças

Para Bagão Félix, foi este ponto de partida que conduziu à necessidade de identificar medidas compensatórias do patronato. A solução encontrada “tem um paradoxo brutal”, uma vez que demonstra que “a economia não é capaz de pagar” o aumento decidido para o salário mínimo. “Quando uma economia é incapaz de absorver um aumento do salário mínimo de 5%, para um valor ainda abaixo do praticado pelos parceiros europeus, alguma coisa está mal. O que está mal não é no salário mínimo, é na economia”, defende.

“Este acordo vale pouco”

“É fácil fazer acordos [de concertação social] quando quem paga não está lá”, diz, argumentando que a medida encontrada pelo Executivo para compensar a subida do salário mínimo implica que este aumento é subsidiado pelos contribuintes. “O pagador não está lá”, reforça.

"Os deputados não se podem limitar a pôr um selo aprobatório no que sai da concertação social.”

António Bagão Félix

Ex-ministro do Trabalho e das Finanças

É por isso que “os deputados não se podem limitar a pôr um selo aprobatório no que sai da concertação social”, defende. “A concertação é importante, mas não é exaustiva”, nota. Bagão Félix lembra que “a concertação tem presentes representantes legítimos, mas que não representam todos — nem do lado dos sindicatos, nem dos patrões.”

E dá dois exemplos: não estão representados nem o setor social — IPSS e misericórdias — nem as famílias. Uma consequência é, por exemplo, os trabalhadores do serviço doméstico, que têm os seus descontos para a Segurança Social indexados ao salário mínimo nacional, não terem prevista qualquer contrapartida no acordo tripartido de 22 de dezembro. “A concertação social não é exaustiva na representatividade dos diversos interesses”, sublinha.

Este acordo vale pouco porque o Governo cedeu no ponto da TSU, sabendo de antemão que podia ser chumbado. O Governo foi imprudente.

António Bagão Félix

Ex-ministro do Trabalho e das Finanças

É por isso que é importante garantir que as decisões tomadas nesta sede são depois validadas pela Assembleia da República, que representa todos, argumenta.

Pela falta de representatividade da concertação social, pela falta de suporte do Parlamento, e pela forma como o acordo foi comprometido à partida pela decisão prévia do novo valor do salário mínimo, “este acordo vale pouco”, defende. “Vale pouco porque o Governo cedeu no ponto da TSU, sabendo de antemão que podia ser chumbado. O Governo foi imprudente.”

Quais são as consequências de esvaziar o acordo?

Para Bagão Félix, não é o esvaziamento do acordo tripartido que fará mossa na imagem de Portugal. “O que faz mossa é haver uma falsa maioria. Demonstra que a maioria não é completamente sólida, é circunstancial”, defende o ex-ministro, que também esteve à frente da pasta das Finanças no governo de Santana Lopes. O chumbo do corte da TSU “diminui o valor da estabilidade política”, acrescenta.

Além disso, revela que “ao fim de um ano, o Governo esgotou as medidas bondosas que os unia [ao PS, BE e PCP]. A partir de agora, o que vamos verificar é cada vez mais divergência”, antecipa.

Já os parceiros sociais “têm alguma razão”, diz. “Enquanto houver este Governo, os parceiros estão de sobreaviso, vão ser mais exigentes” quando se tratar de assinar um próximo acordo.

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Relator da Lava Jato morre em queda de avião

Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, embarcou no avião e morreu, aos 68 anos. A imprensa brasileira deixa em aberto a possibilidade de a queda do avião não ter sido um acidente.

Um avião de pequeno porte despenhou-se esta quinta-feira no mar, em Paraty, zona litoral sul do Rio de Janeiro. A bordo ia Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Operação Lava Jato. O ministro, de 68 anos, morreu, confirma a imprensa brasileira e o seu filho.

O avião partiu de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro e estariam quatro pessoas a bordo do avião.

O filho do ministro, Francisco Prehn Zavascki, confirma a morte do pai na sua conta de Facebook. “Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!”, escreveu Francisco Prehn Zavascki.

Segundo o Estado de São Paulo, que cita informações ainda não confirmadas oficialmente, apenas uma das quatro pessoas que iam a bordo sobreviveu. Já a Folha de São Paulo refere que o Corpo de Bombeiros confirma a morte de três pessoas. O avião está submerso e os corpos dos passageiros estão presos.

Morte de Zavascki deixa incógnita no Lava Jato

Teori Zavascki era o relator do processo Lava Jato, nome que foi dado a uma investigação a um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, que envolve políticos e gigantes como a petrolífera Petrobras ou as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Zavascki ocupava o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal desde novembro de 2012. Na próxima semana, refere a revista Veja, iria homologar as delações dos executivos da construtora Odebrecht.

Estas delações, de 77 executivos da construtora, eram centrais para o desfecho da Lava Jato, já que mencionavam políticos como Michel Temer, atual presidente do Brasil, e Lula da Silva, antigo presidente.

A vaga deixada Zavascki, indica a Folha de São Paulo, poderá agora ser ocupada por um ministro indicado por Temer. Há ainda a possibilidade de a presidente do STF, Carmen Lúcia, redistribuir o caso Lava Jato para outro ministro. O presidente do Brasil é suspeito de, em 2014, ter pedido 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht, o presidente da construtora. A imprensa brasileira deixa, por isso, em aberto a possibilidade de a queda do avião não ter sido um acidente.

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a Associação dos Juízes Federais do Brasil pediram, entretanto, que as causas do acidente sejam esclarecidas “com a maior rapidez e transparência possível”.

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António Costa diz que FMI felicitou Governo pelos resultados

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2017

Christine Lagarde terá elogiado não só a consolidação orçamental mas também "a criação de emprego, o crescimento económico e a estabilização do sistema financeiro".

O primeiro-ministro disse hoje que a diretora-geral do FMI o congratulou pelo trabalho e resultados obtidos pelo Governo português, destacando que o tom da instituição é agora “muito diferente” do passado e um “sinal de confiança relativamente ao futuro”.

Em entrevista à agência Lusa, durante a participação no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, António Costa falou da reunião bilateral que manteve com a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.

António Costa revelou que a “primeira mensagem foi de congratulações” por Portugal ter tido “um resultado surpreendente para aquilo que eram as previsões iniciais do FMI” e pelo trabalho desenvolvido pelo executivo “não só para a consolidação orçamental, mas também para a criação de emprego, para o crescimento económico e para a estabilização do sistema financeiro”.

“Acho que manifestamente o tom hoje era muito diferente daquele que o FMI tinha no princípio do ano passado e, pelo contrário, é um sinal de confiança relativamente ao futuro e a compreensão clara de que é possível termos outras políticas com melhores resultados. E acho que isso era o grande desafio que tínhamos o ano passado e acho que este ano as pessoas olham com confiança para o que estamos a fazer”, enfatizou.

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Carnaval obrigatório chumbado por PS e direita

  • ECO
  • 19 Janeiro 2017

O Carnaval não vai ser feriado obrigatório, a proposta do PSD de colar certos feriados ao fim de semana foi chumbada, e na Função Pública foi aprovado o regime de valorização profissional.

Como previsto, o Carnaval não vai passar a ser feriado obrigatório, com o PS, o PSD e o CDS a juntarem-se para chumbar as duas propostas do PEV e do PAN que tinham o apoio do PCP e do BE. Outra rejeição do PS, desta feita aliado à esquerda, calhou à proposta do PSD de decidir em sede de concertação social que certos feriados passassem a ser gozados na segunda-feira seguinte, para evitar as pontes. O CDS absteve-se.

O chumbo a ambas as medidas ficara garantido no debate parlamentar de ontem, quarta-feira, quando o PS rejeitou viabilizar qualquer uma das propostas. Enquanto o regime atual do Carnaval é “suficiente” para os socialistas, a mudança da comemoração dos feriados foi considerada “ideológica” para o deputado Luís Soares, do PS.

Por outro lado, com a união dos partidos da esquerda, foi aprovado o regime de valorização profissional da Função Pública, considerado “opaco” pelo PSD. O regime vem substituir a polémica “requalificação profissional” que foi muito contestada por sindicatos e pela esquerda durante o Executivo de Pedro Passos Coelho, e tem como grande diferença em relação ao regime anterior o facto de não abrir a porta a reduções salariais nem a despedimentos no processo de mobilidade de um funcionário público.

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Ricciardi quer relançar a marca Espírito Santo “brevemente”

  • ECO
  • 19 Janeiro 2017

O antigo presidente do BESI diz sentir "orgulho" no nome Espírito Santo e ter intenção de recuperar a marca e ultrapassar o "período negro" que passou, lamentando ter "confiado em certas pessoas".

José Maria Ricciardi quer começar a relançar o nome e a marca Espírito Santo, tencionando dar o primeiro passo “brevemente”, afirmou o banqueiro ao Jornal Económico. Afirmando estar arrependido de “ter confiado em certas pessoas”, o antigo líder do braço de investimento do BES diz querer começar a reconstrução do Grupo Espírito Santo, que acredita poder ultrapassar o “período negro” dos últimos dez ou 15 anos com o peso da sua história centenária.

“Reconstruir [o grupo] não vou conseguir, sejamos realistas, mas lançar a reconstrução, foi tentar fazê-lo”, afirmou o banqueiro, que em dezembro saiu da sua posição de presidente executivo no Haitong Bank por divergências com o chairman, Hiroki Miyazato. “Foi uma marca respeitada, valorizada pela reputação, credibilidade e seriedade durante mais de 100 anos. Por isso, os últimos dez, 15 anos, que foram de facto muito maus, são um período negro que se passou mas podem ser ultrapassados”.

Questionado sobre quando pretenderia dar os primeiros passos para a reconstrução da marca, José Maria Ricciardi disse estar dependente de fatores que não controlava totalmente mas, “se tiver essa possibilidade, será brevemente”.

Na entrevista com o Jornal Económico, José Maria Ricciardi afirmou que o seu maior arrependimento é “ter confiado em certas pessoas na organização” a que pertenceu, referindo-se ao Grupo Espírito Santo, acrescentando que isso o impediu de se aperceber “mais cedo daquilo que se estava a passar de errado”.

“As pessoas de facto perdem a cabeça pelo dinheiro”, disse. “Quando me apercebi fiz tudo o que podia, mas foi tarde. Não quer dizer que não seja possível reconstruir”.

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EDP e BCP ditam perdas em Lisboa

  • Ana Luísa Alves
  • 19 Janeiro 2017

O desempenho do principal índice de referência nacional ficou condicionado pela queda das ações do banco liderado por Nuno Amado, mas também com a queda do setor energético.

O BCP deu um trambolhão na bolsa. As ações do banco caíram mais de 10%, isto no dia em que arrancou a negociação dos direitos do aumento de capital. Estes direitos valiam mais de um euro antes da entrada em bolsa, mas acabaram por afundar também. O desempenho do BCP condicionou a prestação do PSI-20, mas foi o setor energético que determinou a queda de, 0,55% da bolsa nacional. EDP e EDP Renováveis perderam à volta de 1% cada.

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Governo quer mexer na TSU de contratos a termo e aponta para recomendaçao da OCDE

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Janeiro 2017

O Governo insiste em mexer nas contribuições, agora de acordo com o tipo de contrato. E diz que tem o apoio da OCDE.

A redução da TSU já deu polémica mas o Governo insiste em discutir outra alteração no domínio das contribuições das empresas. E diz que a OCDE está de acordo. Desta vez, está em causa a diferenciação das contribuições em função do tipo de contrato.

Na apresentação do estudo da OCDE sobre as reformas do mercado de trabalho entre 2011 e 2015, o secretário de Estado do Emprego afirmou que é no tema da segmentação do mercado de trabalho que podem ser encontrados alguns dos “pontos mais inovadores” face ao trabalho que a Organização tem desenvolvido. Miguel Cabrita aponta aqui para a “recomendação sobre o aumento dos custos relativos aos contratos não permanentes”. Como? “Aumentando os encargos contributivos da contratação a termo”, por exemplo, notou Miguel Cabrita, recordando que “é uma solução que o Governo já colocou em cima da mesa” e “deverá fazer parte de uma discussão mais alargada com os parceiros sociais”.

não é a primeira vez que o Governo toca neste assunto. E, aliás, o próprio Código Contributivo já admite há vários anos uma medida neste sentido: prevê um aumento, em três pontos percentuais, da taxa contributiva a cargo do empregador quando estão em causa contratos a prazo (excluindo situações específicas) e, em contrapartida, define uma descida dos descontos, em um ponto, no caso de contratos permanentes. A medida — desenhada pelo próprio ministro Vieira da Silva — nunca foi aplicada porque ainda está por regulamentar.

O secretário de Estado do Emprego não referiu esta quinta-feira esta possibilidade específica de descer os encargos contributivos com contratos sem termo mas reforçou outra ideia: “a própria OCDE refere que importa equilibrar também esse eventual agravamento da taxa contributiva dos contratos a termo com medidas do lado das taxas contributivas para públicos com menor empregabilidade, como jovens à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração que são precisamente regimes que o Governo está a mudar”.

No relatório agora apresentado, a OCDE diz que o aumento das contribuições para empresas que contratem a prazo deve ser uma opção a considerar para reduzir a dualidade do mercado laboral. Mas há riscos, salienta, em declarações aos jornalistas, o Diretor para o Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OCDE. “É uma coisa que pode ser considerada”, afirma Stefano Scarpetta, mas “há riscos potenciais porque a recuperação em Portugal ainda é frágil, há muito incerteza, algumas empresas podem não estar preparadas para contratar numa base permanente e talvez comecem a contratar numa base temporária, e se aumentam as contribuições para a Segurança Social podem ter um desincentivo”.

TSU deve baixar nos salários mínimos, recomenda a OCDE

No que toca às contribuições, a OCDE também defende uma redução, mas desta vez no caso de empresas com salários mínimos. E incluindo até os novos trabalhadores, indica o relatório. Isto para atenuar o impacto do aumento da remuneração mínima garantida, que este ano já cresceu de 530 para 557 euros.

O Governo já legislou nesse sentido — embora excluindo os novos contratados — através de um decreto-lei que reduz os descontos das empresas com salário mínimo em 1,25 pontos percentuais. A baixa seria temporária mas acaba por prolongar, de forma mais abrangente, uma medida semelhante que já hoje está no terreno. Porém, a iniciativa deverá ficar pelo caminho depois de os partidos mais à esquerda e o PSD terem revelado a intenção de revogar a medida quando o decreto-lei for chamado ao Parlamento.

Questionado sobre se considera contraditório o facto de o relatório da OCDE elogiar reformas do anterior Governo ao mesmo tempo que pede uma baixa da TSU ligada ao salário mínimo — medida que o PSD promete chumbar — o ministro Vieira da Silva preferiu remeter a questão para os social-democratas. A visão da OCDE “reforça a ideia de que é socialmente adequado e economicamente viável acompanhar uma subida do salário mínimo com uma redução do esforço contributivo das empresas que têm trabalhadores com salário mínimo”, afirmaou o governante. Mas acrescentou que a OCDE “não é nenhuma instituição sagrada” e admite assim que o presidente do PSD “não siga essa opinião”.

Mais uma vez, Vieira da Silva frisou que o debate de medidas alternativas “não está em cima da mesa”, recordando que durante muito tempo foram discutidas outras formas de compensação mas as mais viáveis do ponto de vista técnico, operacional e político era esta.

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Christine Lagarde andava com uma lista de 20 mulheres no bolso. Sabe porquê?

A diretora do FMI esteve no encontro anual do Fórum Económico Mundial a falar sobre igualdade de géneros.

Quando era ministra das Finanças de França, Christine Lagarde questionava frequentemente os grandes empresários sobre a composição dos seus conselhos de administração. A resposta era sempre a mesma: “Adorava ter uma mulher no conselho de administração, mas não consigo encontrá-las e as que conheço já estão ocupadas”. Lagarde levava a mão ao bolso e tirava um papel com uma lista de 20 mulheres que sabia serem “totalmente competentes” e estarem “prontas para servir nos conselhos de administração”. Quando a recomendação vinha da ministra das Finanças, era difícil recusar.

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Christine Lagarde, diretora do FMI.Valeriano DiDomenico / World Economic Forum

A história foi contada pela atual diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante o encontro anual do Fórum Económico Mundial, que decorre até dia 20 em Davos, na Suíça. Lagarde participava num painel que desconstruía os papéis atribuídos a cada género e lamentou a demora em todo o processo de luta pela igualdade de géneros.

Lagarde, à frente do FMI desde 2011, é uma das mulheres mais poderosas do mundo, mas nem por isso deixa de passar pelas mesmas experiências que todas as outras. “Quando estamos numa reunião da administração, e um membro da administração que é mulher toma a palavra, adivinhem? Os homens começam a distanciar-se fisicamente. Observem a linguagem corporal. É óbvio. Começam a olhar para um papel, para o lado”, contou Lagarde. A solução, defende, passa por quem está no poder tomar as rédeas. “Se vocês forem o presidente, devem chamar a atenção. Diga que alguém está a falar e deviam ouvir. Temos de desconstruir a forma como agimos”.

"As dificuldades económicas não são favoráveis à tolerância, a criar espaço, a encorajar à inclusão necessária para que as mulheres participem nas decisões económicas num nível igual ao dos homens.”

Christine Lagarde

Diretora do FMI

No fundo, este é um problema que se conhece há demasiado tempo e que está por resolver há tempo de mais. “Estamos a falar sobre partir o teto de vidro desde que me lembro. E não está a acontecer à velocidade a que deveria”. Lagarde reconhece que tem havido melhorias nas últimas duas décadas mas salienta que, nos últimos anos, “esse processo abrandou”. A razão? A crise financeira.

As dificuldades económicas não são favoráveis à tolerância, a criar espaço, a encorajar à inclusão necessária para que as mulheres participem nas decisões económicas num nível igual ao dos homens”, avaliou. Por isto mesmo, “desde 2008, vimos um abrandamento do processo através do qual as lacunas são fechadas”.

"É preciso comprometer algumas coisas para responder às necessidades legítimas daquelas que foram excluídas por muitos anos. Isto sem criar novas exclusões mais à frente.”

Christine Lagarde

Diretora do FMI

Sobre as quotas de género — assunto sempre polémico e medida que será agora implementado nas empresas portuguesasChristine Lagarde reconheceu que o modelo não é perfeito, mas defendeu-o. “É muito difícil admitir que as quotas são necessárias. Mas há departamentos em que a disparidade é tão grande que, a determinada altura, para atingirmos os objetivos, devíamos contratar apenas mulheres, e está tudo bem com isso”, afirmou.

Nessa altura, há o outro lado: “Haverá homens talentosos a perguntar: e eu? Estou a fazer o meu melhor e a cumprir com tudo o que esperam de mim e, no entanto, não me dão a oportunidade”. A diretora do FMI reconhece que esta “nem sempre é uma tarefa fácil”. É, aliás, uma tarefa é preciso “comprometer algumas coisas para responder às necessidades legítimas daquelas que foram excluídas por muitos anos”. E fazer isso “sem criar novas exclusões mais à frente, porque, no fim, queremos homens e mulheres a contribuírem para o desenvolvimento económico”.

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Direitos afundam. BCP cai mais de 10%

Os direitos dispararam antes de entrarem em bolsa, mas na sessão de estreia afundaram. Perderam mais de um terço do valor, colocando uma forte pressão nas ações do BCP.

O BCP afundou no primeiro dia de negociação dos direitos do aumento de capital. Com as forte pressão vendedora sobre os títulos que permitem subscrever as novas ações do banco, os títulos recuaram mais de 10%. A queda não foi, ainda assim, tão expressiva quanto poderia ter sido, permitindo aos investidores um desconto na aquisição das novas ações a serem emitidas se optarem por apostar nos direitos.

Os direitos foram destacados da ação do BCP no arranque da semana. À data, apresentavam um valor teórico de 66,5 cêntimos, sendo que com a forte valorização das ações nas últimas duas sessões chegaram ao mercado com um valor teórico de 1,005 euros. Estrearam-se em bolsa com uma queda de mais de 40%, encerrando nos 64 cêntimos, uma descida de 36,3%.

Esta queda acentuada, num dia em que trocaram de mãos 29,5 milhões de títulos, colocou pressão nas ações do banco liderado por Nuno Amado. As ações abriram com uma queda ligeira que se foi acentuando ao longo do dia. Chegaram a perder um máximo de 12,48%, encerrando a cair 11,37% para os 14,27 cêntimos.

BCP cai mais de 10%

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

Após os fortes ganhos das últimas sessões, o BCP afundou, mas a queda acabou por não ser tão expressiva quanto poderia ter sido. É que sendo o ativo subjacente dos direitos e das ações o mesmo, o banco liderado por Nuno Amado, o desempenho de um tende a influenciar o outro, mas existem sempre momentos de desequilíbrio.

Com base na cotação de fecho do direitos, o valor para subscrever cada uma é, em teoria, de 4,26 cêntimos mais o preço de subscrição das novas ações de 9,4 cêntimos. Ou seja, cada ação custa 13,66 cêntimos, um valor inferior à atual cotação do BCP na bolsa de Lisboa. Assim, quem quiser entrar no capital do BCP consegue comprar as novas ações 4,2% abaixo do valor a que as atuais estão no mercado.

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