Morreu Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

Manuel Martins, que chegou a ser conhecido por “bispo vermelho”, foi o primeiro bispo de Setúbal, nomeado em 1975.

O bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins. MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

Manuel Martins, bispo de Setúbal entre 1975 e 1998, morreu hoje, aos 90 anos, informou a Diocese de Setúbal. Conhecido por “bispo vermelho”, foi o primeiro bispo de Setúbal, nomeado em 1975.

Um comunicado da Diocese de Setúbal informou que Manuel Martins “faleceu hoje, às 14h05, acompanhado dos seus familiares e após receber a Santa Unção” de um pároco local, sem referir o local da morte.

As exéquias fúnebres de D. Manuel Martins celebram-se na próxima terça-feira, dia 26 de setembro, pelas 15h00, no Mosteiro de Leça do Balio (Matosinhos – Porto).

O corpo do Senhor D. Manuel estará em câmara ardente no Mosteiro, a partir de amanhã, dia 25 de setembro, entre as 9h00 e as 24h00, e terça-feira, dia 26, entre as 9h00 e as 12h00. Segundo o desejo expresso pelo próprio D. Manuel Martins, será sepultado junto dos seus pais no cemitério junto ao Mosteiro de Leça do Balio.

Manuel Martins chegou a ser conhecido por “bispo vermelho”, durante a crise dos anos 80, pelas denúncias que fez de situações de pobreza e de fome na região.

Nascido em 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, Matosinhos, Manuel da Silva Martins estudou no seminário do Porto e, mais tarde, na Universidade Gregoriana, em Roma.

Foi pároco de Cedofeita, nos nove anos de exílio do bispo do Porto António Ferreira Gomes (1960-1969), durante o Estado Novo, e foi vigário geral após o regresso do prelado.

Em 1975, um ano após o 25 de Abril de 1974, foi o ano da nomeação de Manuel Martins para bispo da diocese de Setúbal, de onde só saiu 23 anos depois, em 1998.

Foi presidente da comissão episcopal da Ação Social e Caritativa e da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, e da secção portuguesa da Pax Christi.

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“Sem nós, nenhum Governo pode ser formado”, diz Merkel. Schulz passa para a oposição

A chanceler alemã conseguiu 33% dos votos, de acordo com uma sondagem da ARD. Martin Schulz afasta-se da "grande coligação", numa votação em que a extrema-direita elegeu o primeiro deputado.

Os alemães foram às urnas e deram a vitória a Angela Merkel. O partido da chanceler alemã venceu com 33%, de acordo com uma sondagem da televisão pública ARD. Mas, sem maioria absoluta, terá agora de tentar formar uma coligação para cumprir o quarto mandato, sendo que Martin Schulz vai agora fazer parte da oposição. A extrema-direita é a grande surpresa nestas eleições ao ter conseguido eleger o primeiro deputado.

Esperávamos um resultado melhor, mas não podemos esquecer que tivemos uma legislatura muito desafiante no passado e, por isso, congratulo-me porque alcançámos os nossos objetivos“, afirma Merkel na primeira reação aos resultados. “Somos a maior força, temos a tarefa de formar Governo. Sem nós, nenhum Governo pode ser formado”, salienta. A chanceler alemã refere ainda que quer agora “traçar o caminho para o bem-estar da economia e ter um país socialmente justo”, apontando para isso que é preciso uma Europa forte, lutar contra a imigração ilegal e reforçar a segurança interna.

De acordo com a estação de televisão estatal, os partidos de Merkel e Schulz estão “chocados com os resultados”. A CDU porque teve o pior resultado de sempre e a SPD porque não conseguiu alcançar o seu objetivo de vencer as eleições. Nos resultados finais, o SPD, o partido liderado por Martin Schulz, ficou com 20,5% dos votos. O líder do SPD afirma que “não alcançámos os nosso objetivos, apesar de termos obtido muitos sucesso na ultima legislatura”.

Schulz afasta-se de uma solução governativa com Merkel. “Esta noite termina a grande coligação com a CDU [o partido de Angela Merkel]”, diz, rematando que “eu concorri para ser o novo chanceler. Por isso, recomendei esta noite que a SPD entre na oposição”.

Já a extrema-direita conseguiu pela primeira vez um lugar no Parlamento alemão. O AfD ficou, de acordo com os resultados finais, com 12,6%, acima dos 12% previstos nas sondagens à boca das urnas. Nos últimos lugares, surgem o Partido Democrático Liberal, com 10,7%, e os Verdes, com 8,9%.

O líder do partido de extrema-direita, afirma, segundo declarações transmitidas pela SIC Notícias, que os “outros partidos terão de se preparar. Vamos caçar a senhora Merkel. Vamos recuperar o nosso povo e a nossa nação alemã”. Alexander Gauland refere que “a partir de hoje haverá verdadeiramente um partido da oposição no Parlamento digno desse nome”, que vai “exigir muitas coisas do Governo. Podem contar com isso”.

"Somos o terceiro partido na Alemanha, os outros partidos terão de se preparar. Vamos caçar a senhora Merkel. Vamos recuperar o nosso povo e a nossa nação alemã.”

AfD, partido de extrema-direita da Alemanha

Na primeira reação às projeções, Schulz afirmou que “o que nos deixa muito preocupados é a força da AfD. Dá medo a uma grande parte da população. Vamos continuar com a nossa luta em prol da tolerância. À luz do resultado da extrema-direita temos de lutar ainda com mais força. Somos o baluarte da justiça social”. Merkel diz que “temos uma grande tarefa. Temos esta ameaça do AfD que entra no Parlamento. Queremos recuperar os votantes do AfD ao dar resposta às suas preocupações”.

Angela Merkel, que teve o seu pior resultado de sempre, tem agora duas alternativas: a primeira será tentar convencer o partido Os Verdes a juntar-se à coligação com o Partido Democrático Liberal, uma combinação que ainda não foi “testada” no país. A opção mais fácil parece ser continuar com a coligação que tem com o SPD, embora deva enfrentar a resistência de alguns sociais-democratas. Um acordo CDU-FDP deve demorar apenas algumas semanas a ser definido, mas as negociações poderão arrastar-se durante meses.

(Notícia atualizada às 07h54 com os resultados finais)

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Maiorias absolutas? São “trágicas”, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

A coordenadora do Bloco de Esquerda diz que é não haver maiorias absolutas que "dá a quem vive em Portugal mais estabilidade hoje nas condições de vida".

A coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou hoje que “as maiorias absolutas são “trágicas” e “uma má ideia”, lembrando o que foram as do PS, e garantiu que foi o seu fim que trouxe estabilidade à vida dos portugueses.

Num almoço da campanha autárquica que hoje reuniu mais de 400 pessoas em Lisboa, Catarina Martins disse que “talvez a coisa mais importante que o país descobriu” ao fim de dois anos da atual solução governativa “foi que as maiorias absolutas são uma má ideia”, apelidando-as mesmo de “trágicas”.

“Hoje António Costa diz aos portugueses que se o PS tivesse maioria absoluta, no fundo, ia dar ao mesmo. Todos nós sabemos que isso não é verdade. Se o PS tivesse tido maioria absoluta teríamos hoje um país diferente”, disse, recordando aquilo que era o programa dos socialistas para as legislativas de 2015 em matéria de congelamento de pensões ou de salário mínimo nacional.

Mas se a líder lembrou as propostas eleitorais do PS, fez também questão de reavivar a memória dos portugueses sobre “o que foi o PS com maioria absoluta” nos governos que liderou.

“O que os portugueses sabem hoje é que foi o fim das maiorias absolutas que lhes trouxe estabilidade à sua vida concreta, que trouxe estabilidade ao que verdadeiramente conta”, sublinhou.

É não existir maioria absoluta, continuou Catarina Martins, “que dá a quem vive em Portugal mais estabilidade hoje nas condições de vida, mais esperança, mais expectativa criada em dois anos do que todas as décadas de maioria absoluta”.

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PCP anuncia projeto-lei para repor indemnizações por despedimento sem justa causa

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

Jerónimo de Sousa vai apresentar no parlamento um projeto-lei para a reposição dos valores das indemnizações devidas aos trabalhadores vítimas de despedimento sem justa causa.

O secretário-geral do PCP anunciou que o partido vai apresentar no parlamento um projeto-lei para a reposição dos valores das indemnizações devidas aos trabalhadores vítimas de despedimento sem justa causa.

“Avançaremos já, nos próximos dias, na Assembleia da República, com um projeto-lei que visa repor os valores devidos por indemnização em caso despedimento sem justa causa, que o governo anterior reduziu drasticamente“, prometeu Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP discursava perante militantes e ativistas num almoço-comício autárquico da CDU, que junta comunistas, ecologistas e independentes, em Aveiras de Cima, Azambuja.

“Com as alterações introduzidas por essa maioria de desastre (PSD/CDS-PP), os patrões viram facilitado, em muito, os despedimentos dos trabalhadores, já que eram poupados em milhares e milhares de euros”, lamentou.

Defendendo a necessidade de potenciar a produção nacional e “inverter o rumo desastroso a que PSD e CDS sujeitaram o país, nos últimos quatro anos”, Jerónimo de Sousa comentou os recentes dados positivos da economia portuguesa.

“Os últimos indicadores revelam um crescimento económico a tocar nos 3%, que é importante do ponto de vista da recuperação económica do país que, lembre-se, parte de um patamar do PIB [Produto Interno Bruto] muito baixo”, referiu.

Porém, alertou: “mas esse crescimento é de certa forma limitado pelos desequilíbrios que a economia revela – com o aumento do consumo, do investimento e das exportações têm aumentado também significativamente as importações”.

“É preciso apoiar o aparelho produtivo e a produção. É preciso substituir importações pela produção nacional para permitir que este crescimento deixe de ser um elemento apenas de passagem, mas seja um elemento que se consolide no futuro”, afirmou.

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Tancos: “Só falta António Costa” dizer que a culpa é do PSD

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

Luís Montenegro afirma que só falta o primeiro-ministro culpar o PSD e Pedro Passos Coelho pelo assalto a Tancos. O Governo "atingiu o cúmulo do desnorte", defende o ex-líder parlamentar.

O ex-líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, ironizou que só falta o primeiro-ministro culpar o PSD e o seu líder pelo assalto a Tancos, dizendo que o Governo “atingiu o cúmulo do desnorte”.

Num almoço autárquico de apoio ao candidato do PSD (também apoiado pelo MPT) Fernando Costa, Luís Montenegro referiu-se ao relatório noticiado no sábado pelo Expresso sobre o furto de material de guerra em Tancos, mas que o primeiro-ministro, António Costa, disse não ter sido produzido por qualquer serviço de informação do Estado.

“Para quem já disse que isto era importante, depois que não era importante, depois que talvez fosse assalto mas talvez não fosse assalto, depois vir dizer que o relatório não é autêntico mas não vir negar a sua existência, de facto só falta António Costa dizer que a responsabilidade do assalto em Tancos é do PSD e do Pedro Passos Coelho”, criticou.

"Para quem já disse que isto era importante, depois que não era importante, depois que talvez fosse assalto mas talvez não fosse assalto, depois vir dizer que o relatório não é autêntico mas não vir negar a sua existência, de facto só falta António Costa dizer que a responsabilidade do assalto em Tancos é do PSD e do Pedro Passos Coelho.”

Luís Montenegro, ex-líder parlamentar do PSD

“É o cúmulo do desnorte, de quem sente que o terreno está a fugir”, acusou Luís Montenegro disse não saber se o relatório noticiado pelo Expresso “foi ou não validado por um membro do Governo, mas que ele existe, existe”.

“Vir-nos acusar de falta de sentido de responsabilidade? Só preciso de um minuto para descrever o sentido de responsabilidade e de Estado do primeiro-ministro”, criticou, apontando em seguida o que descreveu como contradições do Governo sobre esta matéria.

Montenegro lembrou que, num primeiro momento, o assalto em Tancos foi considerado “uma situação gravíssima”, tendo até havido exoneração de responsáveis militares. “Passados uns dias, o armamento pesado já era sucata e os que o foram roubar até fizeram um favor ao Estado”, ironizou.

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Nestlé procura empreendedores que queiram sair da casca

  • ECO
  • 24 Setembro 2017

Empreendedores de todas as áreas de negócio e com vontade de melhorar a qualidade de vida dos portugueses podem candidatar-se até 15 de outubro.

Nos jardins da sede da Nestlé Portugal, em Linda-a-Velha, acaba de nascer um espaço de cowork, mentoring e formação que acolherá, até 30 de abril do próximo ano, vários projetos inovadores, no âmbito do programa “Nestlé Fora da Casca”. As candidaturas estão abertas até 15 de outubro.

Em parceria com Nova School of Business and Economics, a Nestlé quer identificar startups e empreendedores que proponham novos caminhos e negócios, nas mais diferentes áreas, da alimentação à tecnologia, passando pelo marketing e serviços.

“Queremos ir para além da inovação que já existe nos projetos presentes na empresa. Sabemos que fora também existem muitas boas ideias”, garante Luís Ferreira Pinto, responsável da Nestlé Portugal pelo programa.

O “Nestlé Fora da Casca” vai funcionar em três etapas: candidaturas (abertas até 15 de outubro), seleção (de 30 de outubro a 10 de novembro) e codesenvolvimento (24 semanas de formação e mentoria que ficará a cargo da NOVA SBE).

“Programas de aceleração há muitos, mas a Nestlé está a fazer diferente. Isto não é bem uma aceleradora, nós chamamos-lhe codesenvolvimento”, explicou Miguel Muñoz Duarte, responsável da Nova SBE pelo programa. Os empreendedores terão, assim, a possibilidade de conjugar sinergias com a própria empresa, trabalhando a meros metros do edifício que serve de sede à delegação portuguesa.

Três dezenas de projetos serão pré-selecionados, mas só dez chegarão à fase de formação — as inscrições do “Nestlé Fora da Casca” são gratuitas. Desses, três serão eleitos vencedores e receberão financiamento para testes piloto, implementação e integração. Os prémios variam entre os 2.500 e os 10.000 euros, consoante a posição.

Melhorar a qualidade de vida, nutrição e bem-estar das famílias portuguesas até 2020 é o principal objetivo desta iniciativa. A parceria entre a Nestlé e a Nova é inédita, mas segue a filosofia de aposta na inovação da empresa. O programa Henri, braço de capital de risco da Nestlé, procura, a nível mundial, startups com potencial inovador às quais oferece investimento.

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Tal como o relatório, ministro da Defesa “se calhar não existe”

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

Assunção Cristas diz que além de um furto a Tancos e um relatório que "se calhar" não existe, também o ministro da Defesa "ainda não compreendeu que já não existe".

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu que além de um furto a Tancos e um relatório que “se calhar” não existe, também o ministro da Defesa “ainda não compreendeu que já não existe”.

“Já tínhamos um furto que não se sabia se era ou não furto, se calhar o furto não existe, agora se calhar o relatório não existe, e há um ministro que se calhar ainda não compreendeu que já não existe“, afirmou Assunção Cristas acerca do relatório noticiado pelo Expresso sobre o furto de material de guerra em Tancos, mas que o primeiro-ministro diz não ter sido produzido por nenhum serviço de informação do Estado.

Para a líder centrista, “este assunto corresponde a um dos piores sinais do que é a degradação do Estado nas áreas de soberania”.

O CDS-PP já pediu diversas vezes a demissão do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, a última das quais no parlamento na semana passada, numa discussão sobre a questão de Tancos, em que o governante estava presente.

É lamentável que desde o início o Governo não tenha sabido explicar, lidar, e, mais de dois meses e meio ou três meses depois, ainda não tenha capacidade de dar uma explicação válida sobre esta matéria“, defendeu.

Para Assunção Cristas, a divulgação do relatório pelo Expresso, que o primeiro-ministro, António Costa, negou ter sido elaborado por um serviço de informação do Estado, constitui um episódio “absolutamente lamentável”, “mais um elemento a juntar a uma história já de si inadmissível num Estado de direito, com instituições a funcionarem bem e um Governo a responsabilizar-se pelo que está na sua orientação e no seu comando”.

“Quando é que nós vamos ter explicações sobre esta matéria?”, interrogou-se.

A líder centrista reforçou que o CDS pedirá “todas as explicações no parlamento, nomeadamente em relação a este documento que é agora dado a conhecer pela comunicação social”.

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou no sábado à noite desconhecer o relatório noticiado pelo Expresso sobre o furto de armas em Tancos, sublinhando que o documento não pertence a “nenhum organismo oficial” do Estado.

“Não sei a que documento se refere o jornal. Sei que não é de nenhum organismo oficial do Estado português“, disse António Costa, em declarações à RTP em Almancil, no concelho de Loulé, à margem de uma iniciativa de apoio aos candidatos locais nas autárquicas de outubro.

O semanário Expresso divulgou no sábado um relatório, que atribuiu aos serviços de informações militares, com cenários “muito prováveis” de roubo de armamento em Tancos e com duras críticas à atuação do ministro da Defesa Nacional, na sequência do caso conhecido em 29 de junho.

“O que nós já sabemos é que não é um documento produzido por nenhum dos serviços de informação do Estado português, por nenhum serviço de segurança do Estado português”, acrescentou o primeiro-ministro.

António Costa sublinhou que o Estado-Maior-General das Forças Armadas já “desmentiu a autenticidade desse documento”, tal como o secretário-geral dos Serviços de Informações.

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“Bitcoin não é uma moeda. É uma forma de especulação”, diz Vítor Constâncio

Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, não tem medo da bitcoin. Não acredita que possa por em causa o poder do BCE sobre a divisa da região, referindo-se à moeda digital como uma tulipa.

A bitcoin está a suscitar cada vez mais interesse nos mercados financeiros, o que explica os recordes consecutivos. Mas Vítor Constâncio desvaloriza o poder da divisa, afirmando que não se trata efetivamente de uma moeda. Para o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), a bitcoin não é mais do que “uma forma de especulação”.

A bitcoin é uma espécie de tulipa. É um instrumento de especulação para aqueles que querem apostar em algo que pode subir ou descer 40% ou 50% em poucos dias”, disse Vítor Constâncio em conferência de imprensa, na sede do BCE, em Frankfurt.

Constâncio junta-se a Jamie Dimon, presidente executivo do JPMorgan, que veio, recentemente, afirmar que a bitcoin “é uma fraude”, afirmando mesmo que é “pior que a dos bolbos de túlipas”, referindo-se à especulação que, no século XVII, levou os bolbos de túlipa na Holanda a serem negociados a preços que iam até seis vezes mais o salário médio anual de um holandês.

A bitcoin é uma espécie de tulipa. É um instrumento de especulação para aqueles que querem apostar em algo que pode subir ou descer 40% ou 50% em poucos dias.

Vítor Constâncio

Vice-presidente do BCE

O vice-presidente do BCE, a autoridade monetária da Zona Euro, afirmou que a bitcoin “não é, certamente, uma moeda, e não a vemos como uma ameaça ao banco central ou à política monetária”.

A divisa digital tem registado uma forte valorização desde o início do ano. Terminou a última semana a negociar nos 3.600 dólares, tendo variado entre os 752 e os 4.921 dólares, o valor mais elevado de sempre.

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Martin Schulz “confiante”, Angela Merkel em silêncio em eleições com participação aquém de 2013

  • Rita Atalaia
  • 24 Setembro 2017

Dos 61,5 milhões de eleitores alemães, 41,1% já votaram para decidir quem vai governar o país nos próximos quatro anos. Enquanto Schulz diz estar "confiante", Merkel votou e saiu em silêncio.

A chanceler alemã, Angela Merkel, votou na Universidade de Humboldt, rodeada por 150 jornalistas.Krisztian Bocsi/Bloomberg

Cerca de 61,5 milhões de eleitores alemães vão às urnas para decidirem quem vai liderar o Bundestag, ou seja, o parlamento nacional, nos próximos quatro anos. As sondagens dão a vitória ao partido de Angela Merkel, mas Martin Schulz, o líder do SPD, disse estar “confiante num bom resultado”. Independentemente de quem vença, terá de negociar uma coligação para alcançar a maioria. Foi o caso de Merkel nos seus três últimos mandatos, que fez amizades tanto à esquerda como à direita, e poderá ser o caso nestas eleições, com mais de cinco combinações possíveis entre partidos. A participação nas eleições está a ser inferior à de 2013.

“Acho que até hoje, no dia das eleições, há ainda pessoas indecisas quanto ao seu voto. Espero que muitas tenham decidido nos últimos dias, e hoje, votar em mim e no meu partido. Sei que os outros partidos devem esperar o mesmo, mas estou otimista de que o SPD vá sair desta campanha eleitoral com um bom resultado“, afirma Martin Schulz, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

O líder dos sociais-democratas do SPD já votou durante esta manhã, apelando no Twitter para que os eleitores vão votar: “Eu escolhi. Agora é a sua vez. Para uma Alemanha mais justa e mais forte numa Europa mais pacífica e solidária”. Até às 11h00 (hora de Lisboa), tinham votado 41,1% dos eleitores, um valor que fica abaixo dos 41,4% em 2013, de acordo com dados oficiais citados pela Reuters.

Merkel também já votou. Na mesa de voto da Universidade de Humboldt, a chanceler apareceu acompanhada pelo marido e foi rodeada por cerca de 150 jornalistas. Angela Merkel saiu sem fazer comentários.

Assim que as urnas fecharem, às 17h00 (hora de Lisboa), as sondagens à saída das urnas — que são historicamente bastante precisas — vão revelar se a atual chanceler alemã conseguiu superar as expectativas, como aconteceu nas eleições de 2013. Caso a coligação CDU/CSU e o Partido Democrático Liberal consigam uma percentagem combinada de 48,5% dos votos, isso vai permitir que Merkel retome a coligação que liderou entre 2009 e 2013.

Se Merkel não conseguir alcançar este número de votos, então terá duas alternativas: a primeira será tentar convencer o partido Os Verdes a juntar-se à coligação com o Partido Democrático Liberal, uma combinação que ainda não foi “testada” no país. A opção mais fácil parece ser continuar com a coligação que tem com o SPD, embora deva enfrentar a resistência de alguns sociais-democratas. Um acordo CDU-FDP deve demorar apenas algumas semanas a ser definido, mas as negociações poderão arrastar-se durante meses.

Há ainda a possibilidade de a extrema-direita conseguir um lugar no Parlamento. As sondagens mostram que o AfD tem 12% das intenções de voto, conseguindo possivelmente ficar em terceiro lugar.

Estas eleições gerais, que vão também decidir quem será o próximo governante de uma das maiores economias europeias, vêm depois de períodos tumultuosos para os seus aliados, que tiveram de tomar decisões muito importantes: o Reino Unido optou pelo Brexit, os Estados Unidos por Trump e a França por Macron.

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Preço dos quartos no Porto dispara. Culpa é do turismo

  • Lusa
  • 24 Setembro 2017

Como há mais procura e menos oferta, e há a pressão turística, o preço médio de um quarto no Porto aumentou e atualmente cifra-se nos 270 euros por mês.

Um quarto para arrendar no Porto a um estudante do ensino superior está a custar, em média, 270 euros, um aumento de cerca de 40% em relação aos preços médios do ano letivo passado.

Se no ano letivo passado um estudante do ensino superior no Porto conseguia arrendar um quarto por valores entre os 140 e os 250 euros, o que dava uma média de 195 euros por mês, este ano o preço médio de um quarto individual aumentou para 270 euros, disse à Lusa Inês Amaral, marketing manager na Uniplaces, uma plataforma ‘online’ de alojamento universitário que estabeleceu uma parceria com a Federação Académica do Porto (FAP), e que garante aos estudantes um “contrato de arrendamento”, “emissão de recibo de renda” e “verificação das propriedades” (selo de qualidade).

“Temos muito mais procura do que no ano passado, porque o número de estudantes estrangeiros tem aumentado muito e são 80% do nosso target (alvo)”, informa Inês Amaral, explicando que, como há mais procura e menos oferta, e há a pressão turística, o preço médio de um quarto no Porto aumentou e atualmente cifra-se nos 270 euros por mês, enquanto que o preço de um estúdio sobe para uma média de 350 euros/mês.

O estudante alvo que procura a plataforma da Uniplaces é “internacional”, quer um quarto individual em casa partilhada, tem uma estádia média de cinco meses, porque a maioria vem integrada no programa Erasmus, e é oriundo, principalmente, do Brasil e da Europa (França, Alemanha e Itália), descreve aquela responsável da Uniplaces, acrescentando que as zonas mais procuradas no Porto são Paranhos, Bonfim e Cedofeita.

Em 2015, a Federação Académica do Porto (FAP) associou-se à Uniplaces, empresa que venceu a IV edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas em 2012, para ajudar os estudantes na procura de alojamento, que têm um desconto de 20% sobre as taxas do serviço.

Em entrevista à Lusa, a presidente da FAP, Ana Luísa Pereira, confirma que há “muitos estudantes” a recorrer àquela plataforma para procurar alojamento, “porque oferece garantias de segurança ao nível da “qualidade” e “obtenção de um recibo que faz toda a diferença para as famílias”.

Numa pesquisa que a agência Lusa realizou na página da Internet da Uniplaces podem encontrar-se ofertas tão variadas como um quarto em Pedrouços por 180 euros, um apartamento com dois quartos perto do Parque da Cidade a 1.200 euros/mês ou um apartamento estúdio em Santo Ildefonso por 650 euros.

A Universidade do Porto (U.Porto) vai bater no ano letivo 2017/2018 o recorde de estudantes estrangeiros, ultrapassando a fasquia dos quatro mil alunos e quase duplicando número de estudantes com estatuto internacional.

"Temos muito mais procura do que no ano passado, porque o número de estudantes estrangeiros tem aumentado muito e são 80% do nosso target (alvo).”

Inês Amaral

Marketing manager da Uniplaces

“No total, a Universidade do Porto este ano letivo 2017/2018], vai ultrapassar os quatro mil alunos estrangeiros. Deve chegar aos 4.200 alunos”, avançou à Lusa fonte das relações públicas da U.Porto, à margem de uma entrevista telefónica no âmbito da cerimónia de boas-vindas a estudantes internacionais realizada na quarta-feira transata na reitoria daquela instituição de ensino superior.

Também este ano letivo, a U.Porto regista um maior número de alunos inscritos “com estatuto internacional” (cerca de 400), em relação ao ano passado (200), acrescentou a mesma fonte, referindo que estes estudantes podem fazer todo o primeiro ciclo (licenciatura e mestrados integrados) naquela universidade portuguesa”.

A U.Porto, com cerca de 30 mil alunos, tem uma capacidade atual para acomodar em residências estudantis cerca de 4% desse universo total, onde os estudantes pagam cerca de 70 euros/mês.

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Sweet Inn: a plataforma de alojamento local com os luxos de um hotel

  • ECO
  • 24 Setembro 2017

A startup franco-israelita Sweet Inn funciona como uma plataforma de alojamento local, mas oferece os luxos de um hotel. Já está disponível em cinco cidades europeias e duas em Israel.

Amoreiras III, em Lisboa.Sweet Inn

Já deu por si a planear uma viagem e a procurar um lugar onde ficar, um espaço só para si, mas com as comodidades e serviços de um hotel? Foi a pensar em pessoas assim que surgiu a Sweet Inn – uma plataforma que oferece comodidades e luxos como pequeno-almoço no quarto, serviço de limpeza, lavandaria, motorista, etc..

Criada no final de 2014, esta startup franco-israelita funciona como uma espécie de AirBnB, mas oferece o luxo e o conforto dignos de um hotel. São mais de 350 apartamentos espalhados por cinco cidades europeias (Paris, Barcelona, Roma, Bruxelas e Lisboa), e ainda em Jerusalém e Telavive. Só em Lisboa a plataforma conta com 41 apartamentos, em menos de um ano.

Boaz Beri, diretor de new business na Europa da Sweet Inn, garante que “um cliente que usufrui e gostou dos nossos serviços em Roma, em Barcelona ou em Lisboa vai sair igualmente satisfeito”.

A ideia passa por alugar os apartamentos, por um período de três anos, a proprietários que já tenham licença de alojamento local. A decoração dos espaços fica a cargo da Sweet Inn, em parceria com designers locais. Os temas são inspirados em cada cidade.

Os hóspedes

Para a Sweet Inn, “os viajantes turísticos são o principal alvo“, mas não há um tipo específico de hóspede. Como há opções para todos os gostos, dificilmente encontrará algo que não seja à sua medida. “Desde acolhedores estúdios para uma escapadinha romântica, a apartamentos mais funcionais para as estadias de negócios, passando por alojamentos espaçosos para passar umas férias em família ou com um grupo de amigos”, avança a startup.

Os apartamentos ficam localizados em zonas estratégicas das cidades, desde áreas mais turísticas até centros empresariais. Os preços começam nos 80 euros por noite e estão incluídos lençóis de linho, máquina de café com cápsulas gratuitas; WiFi, um tablet com recomendações sobre o destino, carregadores para todos os tipos de smartphones, máquina de lavar loiça e roupa e ainda alguns pequenos eletrodomésticos.

"Oferecemos uma nova forma de viajar que não implica desistir do conforto e da segurança de um hotel.”

Boaz Beri

Diretor de New Business na Europa da Sweet Inn

Para além disso, tem ainda direito a limpeza diária, serviço de lavandaria, pequeno-almoço no quarto, aluguer de telemóvel, transfers de e para o aeroporto, aluguer de automóvel e até marcação de um motorista privado.

A plataforma

A Sweet Inn foi fundada em Telavive, mas tem sede mundial em Paris. Recentemente inaugurou em Barcelona o escritório da sede europeia e já emprega mais de 150 pessoas. Estima-se que, até ao final do ano, os postos de trabalho ultrapassem os 200.

A startup tem despertado o interesse por parte de muito investidores, que têm contribuído fortemente para uma rápida expansão da plataforma, nomeadamente a empresa israelita QUMRA Capital que contribuiu com a maior parte do investimento de 20 milhões de euros no mês de maio.

Estima-se que, até ao final do ano, a plataforma se estenda para mais três cidades – Londres, Madrid e Milão, e em 2018 deverá chegar ao continente americano e asiático.

Além do site, a empresa está ainda a preparar o lançamento de uma aplicação para o telemóvel, que deverá estar concluída até ao final do ano.

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Governo admite limitar alojamento local em Lisboa

  • Rita Atalaia
  • 24 Setembro 2017

A secretário de Estado do Turismo diz que devem ser as câmaras a decidir se o alojamento local deve ou não ser limitado em determinadas freguesias. Mas apoia que haja um travão.

A secretária de Estado do Turismo diz concordar com a proposta do atual presidente da Câmara de Lisboa de limitar o alojamento local em alguns bairros. Já quanto à aplicação da taxa turística a todo o país, Ana Mendes Godinho considera que a medida foi bem aplicada em Lisboa, mas tem de ser definida em função das restantes realidades locais.

“Não vale a pena fingir que não há problemas” com o alojamento local, refere a secretária de Estado do Turismo numa entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios. Mas são problemas “complemente localizados e que se conseguem identificar em algumas freguesias específicas de Lisboa e do Porto”, diz Ana Mendes Godinho, salientando que “a legislação não deixa que as câmaras limitem” este tipo de alojamento.

Concordo plenamente que a própria legislação admita que, em caso comprovado de sobrecarga [de alojamento local] em algumas freguesias, e são situações pontuais, existam mecanismos que permitam que as câmaras possam dizer que a área tem carga para mais unidades, ou não, em determinados períodos de tempo limitados

Ana Mendes Godinho

Secretária de Estado do Turismo

“Por isso, concordo plenamente que a própria legislação admita que, em caso comprovado de sobrecarga [de alojamento local] em algumas freguesias, e são situações pontuais, existam mecanismos que permitam que as câmaras possam dizer que a área tem carga para mais unidades, ou não, em determinados períodos de tempo limitados”, refere. A secretária de Estado diz que, ao todo, com os indicadores de sobrecarga, devem ser sinalizadas “duas ou três freguesias em Lisboa e no Porto”.

Taxa turística? Sim, mas não em todo o país

Em relação à aplicação da taxa turística a todo o país, a secretária de Estado do Turismo considera que, em Lisboa, a medida foi bem aplicada, mas defende que tem de ser definido em função das restantes realidades locais. Desde que o destino revele maturidade, Ana Mendes Godinho não vê obstáculos à aplicação da taxa no Porto.

Na semana passada, a Câmara do Porto aprovou iniciar um período de discussão pública do regulamento para criar, na cidade, uma taxa turística de dois euros por dormida, com base na proposta da maioria liderada pelo independente Rui Moreira. A proposta prevê que a taxa turística seja aplicada “até um máximo de sete noites por pessoa”, a “todos os hóspedes com idade superior a 13 anos”.

Turismo em Portugal é um “case study”

Ana Mendes Godinho diz que o crescimento das receitas está a ser o dobro do número de crescimento de turistas, porque tem sido feita uma aposta nos mercados que gastam mais. “Estamos a crescer cerca de 10% [em termos do número] de turistas, de janeiro a junho, e estamos a crescer 20% em termos de receitas turísticas”, refere à Antena 1 e Jornal de Negócios. “Somos neste momento um case study na Europa.”

“Tivemos 12,4 mil milhões de euros de receita turística em 2016 e 21 milhões de hóspedes. O que está a acontecer é que, como estamos a crescer este ano 20% nas receitas e 10% [em termos do número] de turistas, estamos a conseguir duplicar quase o gasto médio dos turistas em Portugal”, explica a secretário de Estado.

Este crescimento, explica, faz com que a banca atualmente esteja disposta a assumir mais riscos no financiamento de projetos ligados ao setor. De acordo com Ana Mendes Godinho, há mais de 330 projetos aprovados, uma taxa de execução de 30%, 1.500 empresas envolvidas e 600 milhões de investimento.

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