Ministério da Cultura vai comprar acervo da Cornucópia

  • ECO
  • 9 Abril 2017

O acervo vai ser integrado no Museu do Teatro e da Dança, revelou Luís Filipe de Castro Mendes, ministro da Cultura.

O Ministério da Cultura vai comprar o acervo do teatro A Cornucópia, que fechou portas no início deste ano. Em entrevista ao Diário de Notícias, Luís Filipe de Castro Mendes, ministro da Cultura, adianta que o acervo vai ser integrado no Museu do Teatro e da Dança.

"Uma vez assumida, pelo Luís Miguel Cintra, a decisão de terminar o teatro, decidimos continuar a dar-lhe um apoio significativo, para o futuro das instalações e do seu acervo.”

Luís Filipe de Castro Mendes

Ministro da Cultura

“Estamos a trabalhar há muito tempo com A Cornucópia. Uma vez assumida, pelo Luís Miguel Cintra, a decisão de terminar o teatro, decidimos continuar a dar-lhe um apoio significativo, para o futuro das instalações e do seu acervo”, disse o ministro na entrevista. “Toda a história d’A Cornucópia é um bem que consideramos um bem patrimonial de grande importância. Por isso, decidimos comprar esse acervo e integrá-lo no Museu do Teatro e da Dança“, acrescentou.

O ministro refere ainda que a equipa da Cornucópia já tem conhecimento desta medida e que o Ministério já estava a “trabalhar com eles no sentido de criar condições para uma preservação do acervo e na questão do edifício”.

Luís Miguel Cintra anunciou o fim do teatro que dirigia em dezembro do ano passado, justificando a decisão com os cortes no financiamento público.

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Zara e H&M ultrapassadas na corrida da fast-fashion

  • ECO
  • 9 Abril 2017

Vendas da Zara e H&M abrandam, ultrapassadas pelos retalhistas online ASOS e Boohoo. As marcas online de fast-fashion são mais rápidas a criar e disponibilizar os produtos. E são mais baratas.

Zara e H&M, pioneiras da fast-fashion, estão a ser ultrapassadas pelas marcas ASOS e Boohoo, dois retalhistas online. O segredo lê-se no nome da indústria: as marcas online de fast-fashion são mais rápidas a criar e disponibilizar os produtos, para além de pouparem nos custos. Os gigantes da moda estão atentos e preparam novas estratégias.

As cadeias Zara e H&M inventaram a fast-fashion, mas o concceito está a ser reinventado — por outras marcas. Os novos autores são as marcas online, nomeadamente, as retalhistas ASOS e Boohoo. Ambas conseguiram bater a Zara que tinha o palmarés de conseguir, em apenas 25 dias, desenhar e lançar em loja novas peças.

Segundo o Goldman Sachs, é neste detalhe que reside o sucesso. Há uma resposta rápida às tendências do mercado que permite um ajustamento mais eficiente do inventário e previne o risco de não vender parte das peças porque, simplesmente, já passaram de moda.

As previsões apontam assim para um aumento das vendas de ambas as marcas online, com destaque para os 50% de crescimento previsto para a Boohoo. Contrariamente, as vendas da Zara e H&M abrandaram este ano, sendo que as margens são também uma preocupação. Estas novas tendências não passaram despercebidas aos mercados financeiros. As ações da Boohoo foram as que mais aumentaram em 2016 dentro das empresas de consumo na Europa ocidental, com uma capitalização bolsista superior a 500 milhões de dólares (468,53 de euros).

Tendo em conta estes desenvolvimentos, a H&M já anunciou que planeia reformular a cadeia de produção. A proposta é deslocalizar a produção da Ásia para a Europa, para países como a Turquia, para aumentar a proximidade da origem dos produtos para o destino final, as lojas. A rival Zara irá desinvestir na abertura de novas lojas físicas e focar-se mais no comércio online.

Itens de luxo vendidos à saída das passerelles

As marcas de luxo também têm novas estratégias para encurtar o tempo desde a criação dos produtos e o momento em que os clientes os podem comprar. Assim, os desfiles de moda já não são só uma montra. Marcas de luxo permitem agora a aquisição das peças apresentadas na New York Fashion Week diretamente após evento, maioritariamente online.

A nova geração de consumidores não está disposta a esperar pela próxima estação. Grandes marcas como Tommy Hilfiger, Ralph Lauren, Michael Kors e Tom Ford disponibilizam as peças das novas coleções imediatamente após a sua apresentação na passerelle.

Este conceito da New York Fashion Week está ser adaptado ao seu mais recente público: os Millenials. Os consumidores estão ávidos pela aquisição das novas peças e confortáveis com o online. Por outro lado, a incerteza económica, as marcas de fast-fashion e retalhistas online também estão a pressionar as marcas mais exclusivas, pelo que é necessário inovar.

A mais recente inovação é a venda das peças dos criadores exatamente após os desfiles de apresentação, contrariando a tradição de lançar as peças apenas no início da nova estação, cerca de seis meses depois. A Tommy Hilfiger apostou nas compras por impulso ao construir uma loja pop-up perto da passerelle.

Tommy Hilfiger, designer principal da Tommy Hilfiger Corp. Simon Dawson/Bloomberg

Contudo, a aposta mais forte de todas as marcas foi no comércio electrónico. A Tommy Hilfiger emitiu o evento em direto do seu website e utilizou o Facebook Messenger chatbot para simular conversas com os seus clientes. Alguns itens, como um body de 95 dólares, esgotaram rapidamente. A Ralph Lauren fez um direto do evento nas plataformas sociais Facebook, Youku (China) e Kakao (Coreia do Sul) e disponibilizou toda a coleção no seu website. A Michael Kors cobriu a sua página inicial com os posts do Instagram de uma modelo coreana, uma blogger de moda londrina e outras personalidades de grande influência online. Quanto a vendas, a marca optou por disponibilizar quantidades limitadas tanto online como em algumas lojas.

Desta forma, mais do que a revistas e editores, o evento foi dirigido a bloggers e aos consumidores. O CEO da Ralph Lauren, Stefan Larsson, elege como o seu maior desafio a adaptação à mentalidade dos novos consumidores, que estão mais bem informados e conectados do que nunca. O facto é que apesar das vendas proporcionadas pelos novos hábitos de consumo, a exposição das marcas online acrescenta dificuldades em termos do controlo da imagem.

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Novo Banco: BdP remete para “momento oportuno” divulgação de valores para assessoria

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

Banco de Portugal remeteu para "momento oportuno" a divulgação dos valores pagos para assessoria da venda do Novo Banco, um dia depois de conhecida a auditoria à atividade do Fundo de Resolução.

O Banco de Portugal remeteu este sábado para “momento oportuno” a divulgação dos valores desembolsados para assessoria da venda do Novo Banco, um dia depois de ter sido conhecida a auditoria à atividade do Fundo de Resolução em 2015.

“Em momento oportuno, o Banco de Portugal divulgará informação sobre os valores desembolsados para assessoria ao processo de venda do Novo Banco”, disse o supervisor num esclarecimento sobre o parecer do Tribunal de Contas relativo às contas do Fundo de Resolução, divulgado na sexta-feira (7 de abril).

“Uma vez que alguns dos contratos preveem que o pagamento de certos montantes esteja dependente da conclusão da operação, a contabilização correta daqueles encargos só poderá ser realizada, com rigor, quando a operação de venda estiver definitivamente concluída”, acrescentou.

Uma vez que alguns dos contratos preveem que o pagamento de certos montantes esteja dependente da conclusão da operação, a contabilização correta daqueles encargos só poderá ser realizada, com rigor, quando a operação de venda estiver definitivamente concluído.

Banco de Portugal

O Fundo de Resolução gastou, em 2015, 9,7 milhões de euros em assessoria ao processo de venda do Novo Banco, despesa pública que o Tribunal de Contas considera que a Comissão Diretiva não tinha condições para assumir.

“As operações examinadas são legais e regulares, com exceção dos gastos relativos ao processo de venda do Novo Banco (reconhecidos na contabilidade pelo valor de 9,7 milhões de euros), uma vez que, à luz do regime legal aplicável e tendo em conta o montante em causa, a Comissão Diretiva do Fundo não poderia ter deliberado assumir essa despesa”, lê-se na auditoria.

Após ter sido detetada esta irregularidade, os juízes do Tribunal de Contas dão seis meses ao Fundo de Resolução para apresentar as autorizações para a assunção destas despesas “cuja competência cabe ao Conselho de Ministros”. A alternativa, dizem, é a “anulação da deliberação da Comissão Diretiva que reconhece que esses custos seriam suportados pelo Fundo de Resolução”.

Os 9,7 milhões de euros foram gastos em 2015 na aquisição de serviços de assessoria jurídica e financeira para assessorar a venda do Novo Banco, que, entretanto, viria a continuar em 2016 e 2017, uma vez que o primeiro processo foi suspenso.

No esclarecimento, o supervisor recordou que o Fundo de Resolução, que é uma entidade pública, com gestão do Banco de Portugal (BdP), criado para apoiar a intervenção em bancos em dificuldades (resgates bancários), é “o acionista único do Novo Banco”, mas que de acordo com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, compete ao BdP, “na qualidade de resolução, promover a alienação do Novo Banco”.

Nesse sentido, o BdP “contratou serviços especializados de assessoria jurídica e financeira, como é usual em operações financeiras da natureza e complexidade que tem a venda de uma instituição de crédito” e que a “contratação daqueles serviços” por parte do Banco de Portugal “foi realizada nos termos do regime de contratação pública”.

“O Fundo procedeu, no exercício de 2015, ao registo contabilístico da responsabilidade associada àqueles encargos, mas não chegou a ser realizado qualquer pagamento ao Banco de Portugal”, adiantou.

O Fundo procedeu, no exercício de 2015, ao registo contabilístico da responsabilidade associada àqueles encargos, mas não chegou a ser realizado qualquer pagamento ao Banco de Portugal.

Banco de Portugal

O BdP apontou que o Tribunal de Contas “concluiu, no seu relatório de auditoria à atividade do Fundo de Resolução em 2015, que as operações examinadas são legais e regulares, com exceção dos gastos relativos ao processo de venda do Novo Banco”.

O Tribunal de Contas, referiu o BdP, “exprime entendimento divergente sobre a aplicação do quadro legal relativamente àquele que a Comissão Diretiva do Fundo de Resolução tinha adotado para fundar as suas deliberações quanto à assunção das despesas em causa, e que era partilhado pelo Banco de Portugal”, salientando que “em causa está, especificamente, a competência do órgão diretivo do Fundo de Resolução para reconhecer a despesa”.

O regime do Fundo de Resolução diz que este é financiado pelos bancos, tendo em vista a salvaguarda dos contribuintes, mas tendo em conta as elevadas necessidades de dinheiro, este tem recorrido a empréstimos do Tesouro público, para intervir no Banif e sobretudo no BES/Novo Banco.

No âmbito deste regime, o atual quadro institucional assenta em duas entidades, cada uma com a suas próprias atribuições: BdP e Fundo de Resolução.

“O Fundo de Resolução é um organismo dotado de autonomia administrativa e financeira” e, “embora não disponha de serviços próprios e, portanto, caiba ao Banco de Portugal assegurar os serviços técnicos e administrativos indispensáveis ao seu bom funcionamento”, é gerido “por uma Comissão Diretiva composta por três membros, dos quais um é designado pelo Conselho de Administração” do BdP.

Em 31 de março, foi assinado o contrato de promessa de compra e venda entre o Fundo de Resolução e o fundo norte-americano Lone Star, para a alienação de 75% do Novo Banco, mantendo o Fundo de Resolução 25%.

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Esquerda insiste que venda do Novo Banco vai ter custos para os portugueses

  • ECO
  • 8 Abril 2017

PCP e Bloco consideram que os portugueses vão ser chamados a pagar a fatura da venda do Novo Banco ao Lone Star. Catarina Martins insiste na nacionalização.

O negócio está quase fechado mas os partidos de esquerda insistem que os portugueses serão chamados a pagar a fatura. O Bloco de Esquerda vai mais longe e considera que ainda se vai a tempo para discutir outra solução que, na sua opinião passa pela nacionalização do banco.

No entanto, estas declarações surgem depois de o Expresso (acesso pago) ter avançado que Bloco de Esquerda e o PCP não vão bloquear uma nova injeção de capital que o Novo Banco venha a precisar por parte do Fundo de Resolução e já estão preparados para aprovar estes empréstimos no Parlamento.

“O Bloco de Esquerda considera que esta entrega do Novo Banco (NB) ao fundo Lone Star é um erro, que terá custos muitos avultados no futuro, e portanto o BE não concorda nem viabilizará esta medida”, disse este sábado Catarina Martins, à margem da apresentação do candidato do partido à Câmara Municipal de Sintra, na Biblioteca Ruy Belo, em Queluz, nos arredores de Lisboa, citada pela Lusa.

“Mantemos o que sempre dissemos: para entregar o NB à Lone Star, perdendo o dinheiro que lá foi posto, e ainda por cima, ficando com a hipótese de perdas futuras, é algo que o BE nunca viabilizará”, explicou a coordenadora do Bloco, acrescentando que já fez chegar ao primeiro-ministro a posição do partido.

A líder do BE defende outro caminho: “Discutir uma outra solução, ainda que tenha algum custo agora, mas que nos permita, no futuro, reaver o que já foi posto no banco, e não ter perdas para próximos governos, é algo para o qual o BE está disponível e essa solução chama-se nacionalização”.

Discutir uma outra solução, ainda que tenha algum custo agora, mas que nos permita, no futuro, reaver o que já foi posto no banco, e não ter perdas para próximos governos, é algo para o qual o BE está disponível e essa solução chama-se nacionalização.

Catarina Martins

Coordenadora do Bloco de Esquerda

A nacionalização do NB, referiu a líder do Bloco, “foi já defendida por pessoas do partido Socialistas e até pelo seu porta-voz [João Galamba], “com contas, que mostrava que era a solução mais barata que protegia a economia, o próprio ministro das Finanças [Mário Centeno] chegou a pôr essa solução em cima da mesa”.

PCP critica o “passar a fatura ao povo”

Por seu turno, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, assegurou este sábado que os comunistas serão sempre contra qualquer solução que passe por vender o Novo Banco “a grupos privados e passar a fatura ao povo”.

“Todas as decisões que visem integrar o Novo Banco no setor público bancário contarão com a nossa força e a nossa iniciativa. Para vender o banco a grupos privados e passar a fatura ao povo, sabem que contarão com a nossa oposição”, afirmou o secretário-geral, no discurso de encerramento do encontro nacional do PCP sobre as eleições autárquicas de 1 de outubro, citado pela Lusa.

Todas as decisões que visem integrar o Novo Banco no setor público bancário contarão com a nossa força e a nossa iniciativa. Para vender o banco a grupos privados e passar a fatura ao povo, sabem que contarão com a nossa oposição.

Jerónimo de Sousa

Secretário geral do PCP

Para o líder comunista, o processo de venda do Novo Banco confirma que “a banca ou é pública ou é entregue aos estrangeiros“. “A venda do Novo Banco que o governo PS quer agora concretizar é a posição defendida desde o início por PSD e CDS, é uma opção que prejudica país e o povo e que o PCP rejeita”, sublinhou.

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Rui Cartaxo assume cargo de chairman no Novo Banco

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

O Novo Banco alterou os estatutos e vai passar a contar com um Conselho de Administração, presidido pelo antigo presidente da REN. António Ramalho mantém-se como presidente executivo.

Rui Cartaxo vai assumir a presidência do Conselho de Administração do Novo Banco, no âmbito da alteração dos estatutos da instituição financeira. António Ramalho mantém-se presidente executivo, anunciou a instituição este sábado.

Em comunicado, o Novo Banco informou que, na sequência da deliberação do seu único acionista Fundo de Resolução, foram alterados os estatutos do banco. “Nesta alteração de estatutos agora aprovada e proposta pelo Novo Banco a 21 de dezembro de 2016, destaca-se, na linha das melhores praticas de governance, a alteração da estrutura de administração e fiscalização do Novo Banco que passa a ser composta por um Conselho de Administração – compreendendo agora um chairman, função que será assumida por Rui Cartaxo“, refere a instituição financeira.

A Comissão Executiva continua a ser liderada por António Ramalho“, refere, acrescentando que foram ainda aprovados como órgãos de fiscalização uma Comissão de Auditoria e um Revisor Oficial de Contas.

Nascido em 1952, Rui Cartaxo era, até agora, consultor do Conselho de Administração do Banco de Portugal, tendo sido responsável pelo grupo de trabalho que fez o livro banco da regulação. Licenciado em economia pelo ISEG, assumiu cargos de gestão em algumas das maiores empresas portuguesas do setor das telecomunicações e energia, nas duas últimas décadas.

Foi presidente executivo da REN entre 2009 e 2014, depois, de entre outras funções, ter sido administrador executivo da Transgás, da Galp Energia, da Galp Espanha e ainda da REN.

Na área das telecomunicações, teve o cargo de administrador financeiro (CFO) da ‘holding’ que promoveu a fusão da Telecom Portugal, TLP e Marconi, tendo ainda coordenado o IPO [entrada em bolsa] da Portugal Telecom, a primeira operação de dispersão de capital de uma empresa portuguesa nos mercados internacionais.

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O que muda nas reformas antecipadas?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Abril 2017

O Governo promete penalizar menos as futuras reformas antecipadas da Segurança Social. O ECO ajuda-o a compreender a nova proposta, ainda em discussão.

O Governo já adiantou mais alguns detalhes relativamente às alterações que estão a ser pensadas para o regime de reformas antecipadas. Para já, as mudanças só afetam o regime contributivo da Segurança Social, deixando de fora as regras aplicáveis a funcionários públicos e as pensões que resultam de desemprego de longa duração. O ECO ajuda-o a perceber a proposta na mesa, ainda sujeita a alterações.

Reforma antecipada só para quem tem 60 anos de idade e 40 de carreira

A pensão antecipada estará acessível a quem tem 60 anos de idade e 40 de carreira. Este regime já vigora de forma transitória na Segurança Social e vai agora tornar-se regra.

Com isto, parece afastado um regresso à norma antiga — mais abrangente — que admitia a passagem à reforma antecipada a trabalhadores que aos 55 anos de idade contassem 30 de descontos.

Idade de reforma continua a subir todos os anos

A idade normal de reforma vai continuar a aumentar todos os anos ligada à esperança média de vida, mantendo-se assim a lógica introduzida no Governo de Passos Coelho. Este ano, situa-se nos 66 anos e três meses, avançando um mês em 2018. E continuará a subir no futuro, a avaliar pelas projeções do Professor Jorge Bravo:

Fonte: Jorge Bravo | Nota: Os valores até 2018 já resultam de cálculos tendo por base a esperança média de vida divulgada pelo INE.

Porém, cada pessoa será abrangida por uma espécie de idade de reforma “personalizada” — assim apelidou o ministro Vieira da Silva –, que valoriza as longas carreiras contributivas, num regime mais progressivo do que o atual.

Fator de sustentabilidade cai

Aplicado desde 2008, o fator de sustentabilidade criado por Vieira da Silva será eliminado também por Vieira da Silva, depois de o Executivo de Passos Coelho ter introduzido alterações neste mecanismo que liga o valor da pensão à esperança de vida.

O fator de sustentabilidade desenhado pelo atual ministro do Trabalho ditava, inicialmente, cortes menores, mas aplicava-se a todas as novas pensões, antecipadas ou não. Em 2014, com Mota Soares a liderar a pasta da Segurança Social, este mecanismo passou a ditar cortes mais significativos mas abrangendo apenas as novas pensões antecipadas. E isto num cenário em que a idade de reforma também passou a aumentar todos os anos.

Este ano, o fator retira 13,88% às novas pensões. Veja em baixo a evolução desde 2008:

O fator de sustentabilidade — um dos pilares centrais da reforma acordada em 2006, que visava nomeadamente a sustentabilidade da Segurança Social — é agora eliminado pelo mesmo ministro que o criou. Num documento entregue aos parceiros sociais, o Governo explica esta decisão com a “eliminação da penalização excessiva que decorre da sua aplicação” e salienta ainda que o “efeito do avanço da longevidade” já está “implícito” na idade de acesso à pensão.

O ministro do Trabalho já tinha explicado que a única dimensão do fator de sustentabilidade que se mantém é a que “determina a evolução da idade legal da reforma”, que continuará a aumentar ao longo dos anos.

Corte de 0,5% por mês mantém-se mas pode ser mais baixo

O corte de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade de reforma mantém-se, pelo menos na maioria dos casos. A exceção pode vir a ser aplicada no caso de pessoas que começaram a trabalhar antes dos 16 anos e que já contam com 45 a 47 anos de descontos — nestes casos, a penalização pode ser menor mas o valor não está fechado.

Este corte aplica-se em função do número de meses que faltam para atingir a idade de reforma, que pode variar consoante o número de descontos.

Idade de reforma individual

A idade de reforma — 66 anos e três meses em 2017 — vai baixar à medida que aumentam os anos de contribuições, num regime que vai mais longe do que o atual.

Hoje, a idade de acesso à pensão baixa quatro meses por cada ano de descontos acima dos 40 aos 65 anos de idade, mas com este limite. Ou seja, no máximo, a idade de reforma recua atualmente até aos 65 anos no caso de um trabalhador com 44 ou mais anos de contribuições. O futuro regime permite baixar este patamar.

Nas mudanças projetadas pelo Governo, há uma redução de quatro meses por ano no caso de trabalhadores que contam entre 41 e 43 anos de contribuições. A partir daí, há mudanças. O quadro abaixo reflete a idade de reforma aplicada em cada caso em 2017 — os valores avançarão progressivamente ao longo dos anos, acompanhando a evolução da idade normal de reforma.

*A idade mínima de acesso à reforma antecipada acompanhará anualmente a evolução da idade normal de acesso à pensão. Fonte: MTSSS

O corte de 0,5% é então multiplicado por cada um dos meses que faltam para atingir esta idade de reforma “personalizada”. Chegando aos 48 anos de descontos, os trabalhadores deixam de ter qualquer corte na sua pensão, independentemente da idade (com 60 anos ou mais anos).

Como funciona o regime em vigor? Atualmente, o corte de 0,5% também só se aplica em função dos meses que faltam para atingir a idade de reforma calculada para cada pessoa — mas na melhor das hipóteses, este limite é 65 anos. Além disso, há uma regra adicional que permite suavizar cortes, retirando quatro meses à penalização por cada ano de contribuições acima dos 40.

Um exemplo, previsto no guia da Segurança Social: um trabalhador com 61 anos de idade e 44 de descontos tem uma penalização de 16%, tendo em conta que, neste caso, o corte é calculado face aos 65 anos de idade e depois ainda há uma redução de 16 meses na penalização. Mas a isto ainda acresce o fator de sustentabilidade, de 13,88%. Já com o novo regime, e tendo em conta as linhas gerais que se conhecem, o corte total seria de 23% (0,5% por cada mês até à “sua” idade de reforma, de 64 anos e dez meses). Falta, porém, conhecer em detalhe as normas que vão vigorar.

Bonificações para quem adia reforma

O regime vai continuar a prever bonificações para quem adia a idade de reforma e, sobre isto, o Governo não deu indicação de alterações. Também aqui, as bonificações têm em conta o período de contribuições registado a partir da idade individual de reforma de cada pessoa.

Entrada em vigor faseada

O Governo já explicou que a entrada em vigor do novo regime será faseada, mas ainda não disse como. A questão é importante para todos aqueles que já estão a planear a sua reforma.

O documento do Governo assume que, “perante o risco de um aumento significativo de despesa nos primeiros anos de entrada em vigor do novo regime de reformas antecipadas”, “importa proceder a um faseamento”.

Função Pública e desemprego à parte

As novas regras não vão abranger, pelo menos para já, a Caixa Geral de Aposentações (Função Pública) ou o regime de reformas por desemprego de longa duração. Porém, o ministro do Trabalho não descarta alguma convergência no futuro.

Os funcionários públicos continuam a poder aceder à reforma antecipada se aos 55 anos de idade contarem 30 de descontos — o regime é mais acessível mas pode ser mais penalizador e já há estruturas sindicais a pedir a revisão de regras também aqui.

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Galamba: “Não há nenhum instrumento parlamentar que possa chumbar” venda do Novo Banco

  • ECO
  • 8 Abril 2017

O deputado socialista garante que "o negócio irá avante" e que "não há maneira de o travar no Parlamento".

Os partidos com assento parlamentar podem levar a venda do Novo Banco a debate, mas não há como travar a venda no Parlamento. A garantia é do deputado socialista João Galamba, que, em entrevista ao Diário de Notícias, reconhece que o acordo alcançado com o Lone Star não é “ideal”, mas os riscos associados a esta venda reduziram-se “muito significativamente” face àqueles que a proposta inicial acarretava.

"Não há instrumentos de natureza parlamentar, não há um decreto-lei que possa ser apreciado, não há um projeto de lei que possa ser chumbado e não há um orçamento retificativo que possa não ser aprovado. Portanto, o negócio irá avante, não há maneira de o travar no Parlamento.”

João Galamba

Porta-voz do PS

“Não há nenhum instrumento parlamentar que possa chumbar o negócio”, garante João Galamba na entrevista. O deputado admite que poderá haver “debates em que as opções de cada partido, face às circunstâncias, ficam mais ou menos claras” mas frisa que “não há instrumentos de natureza parlamentar, não há um decreto-lei que possa ser apreciado, não há um projeto de lei que possa ser chumbado e não há um orçamento retificativo que possa não ser aprovado”.

Assim sendo, assegura, “o negócio irá avante, não há maneira de o travar no Parlamento”. O porta-voz do Partido Socialista (PS) responde, assim, à intenção já manifestada pelo Bloco de Esquerda de levar a venda do Novo Banco a votação na Assembleia da República.

Sobre o acordo em si, Galamba refere que, “face à proposta inicial da Lone Star, o risco reduziu-se muito significativamente”, sublinhando ainda que não se pode “comparar o risco existente com uma situação hipotética de risco nulo, que pura e simplesmente não existe”.

“A solução face à garantia inicial é francamente melhor, a limitação de distribuição de dividendos e o controlo do fundo de resolução, estes três aspetos dão maior proteção em termos de risco e neutralizam alguns dos aspetos mais negativos”, detalha o socialista.

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Espírito Santo Industrial. Mais uma empresa do GES em insolvência

  • ECO
  • 8 Abril 2017

As insolvências das empresas do GES sediadas no Luxemburgo já levaram os credores a reclamarem um total de 8,2 mil milhões de euros.

Há mais uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES) em insolvência no Luxemburgo. A Espírito Santo Industrial foi declarada insolvente, juntando-se à Espírito Santo Control, Espírito Santo International (ESI), Rioforte, Espírito Santo Financial Group e Espírito Santo Financière, noticia, este sábado, o Jornal de Negócios.

Segundo a informação disponibilizada no site das insolvências do GES que ocorrem no Luxemburgo, a falência da Espírito Santo Industrial, constituída no início da década de 90, foi declarada a 17 de março e as reclamações de créditos tiveram de ser feitas até 27 de março.

O tribunal luxemburguês considerou que a empresa do universo GES deixou de ser capaz de cumprir pagamentos a 16 de setembro de 2016 e nomeou Laurent Fisch como curador do processo de insolvência.

As eventuais disputas que surjam no âmbito deste processo serão debatidas a 24 de abril, detalha ainda o tribunal.

As insolvências das empresas do GES sediadas no Luxemburgo, lembra ainda o Negócios, já levaram os credores a reclamarem um total de 8,2 mil milhões de euros, dos quais 4,9 mil milhões à ESI, 3,2 mil milhões à Rioforte e 69,6 milhões à ES Control.

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Marcelo promulga alteração à lei-quadro das entidades reguladoras

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

O Presidente mantém, ainda assim, algumas reticências. O valor das remunerações é muito elevado tendo em conta o abono que se soma ao vencimento, considera Marcelo.

O Presidente da República promulgou o diploma do Parlamento que procede à primeira alteração à lei-quadro das entidades reguladoras, anunciou a Presidência, este sábado.

O diploma suscita, contudo, algumas reticências ao Presidente da República, nomeadamente quanto ao valor das remunerações, que Marcelo Rebelo de Sousa considera ainda muito elevado tendo em consideração o abono que se soma ao vencimento.

Marcelo Rebelo de Sousa questiona, ainda, a “aparente não aplicação dos limites aos titulares em funções à data de entrada em vigor do novo regime legal”, bem como “a discrepância que pode, eventualmente, vir a existir entre titulares, uns designados após a aludida entrada em vigor e outros em funções antes dela”.

No entanto, acrescenta a nota da presidência, “atendendo a que o novo regime é mais contido e uniforme que o anterior, o Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que procede à primeira alteração à lei-quadro das entidades reguladoras”.

A revisão da lei-quadro das entidades reguladoras, diploma que partiu de um projeto do PEV e que teve veemente oposição do PSD e CDS-PP, foi aprovado a 3 de março pela esquerda parlamentar e o PAN. O texto final determina que a Assembleia da República passa a poder recomendar que, por resolução dos Conselho de ,inistros, haja lugar à dissolução dos conselhos de administração das entidades reguladoras e inclui a definição de um teto para os salários dos seus administradores.

As remunerações dos gestores ficam limitadas a um valor que não chega aos 12 mil euros mensais.

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Azul já tem luz verde para entrar em bolsa

A companhia aérea detida por David Neeleman, acionista da TAP, espera retomar as negociações de entrada em bolsa até à próxima terça-feira. A operação deverá render 450 milhões de euros.

É a quarta tentativa de entrada em bolsa por parte da Azul e, para já, há luz verde para avançar. A companhia aérea brasileira detida por David Neeleman, um dos acionistas da TAP, fez o primeiro pedido de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), em 2013, mas tem enfrentado vários contratempos.

O último foi esta semana. A entrada no mercado de capitais de São Paulo deveria ficar concretizada esta sexta-feira, dia 7 de abril, mas, um dia antes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira decidiu suspender por 30 dias esta entrada em bolsa, justificando que a companhia aérea tinha cometido irregularidades na disponibilização de informação nos roadshows de apresentação do IPO, além de ter divulgado informação sigilosa à imprensa.

Uma das irregularidades estava relacionada com a divulgação de informações sobre os ganhos que a Azul encaixou com a TAP, num site norte-americano destinado a investidores. Essas informações, que se tratavam de projeções, não constavam do prospeto da oferta de ações apresentado à CVM e foram vistas como “material publicitário não aprovado”.

Entretanto, ao final do dia de sexta-feira, o regulador brasileiro revogou a decisão tomada previamente e levantou a suspensão. A CVM diz que a Azul tomou “providências” que “atenderam à necessidade de saneamento das irregularidades que motivaram a suspensão”. Leia-se, a Azul retirou do site as projeções relativas aos ganhos com a TAP.

Levantada a suspensão, a Azul diz que será possível retomar as negociações de entrada em bolsa até à próxima terça-feira, dia 11 de abril.

A oferta deverá render um total de 450 milhões de euros à Azul, devendo o preço das ações fixar-se entre 19 e 23 reais. Com o montante levantado, a Azul pretende amortizar dívida e reforçar capital. A companhia aérea, a terceira maior do Brasil, terminou 2016 com uma dívida de perto de 1,2 mil milhões de euros e prejuízos de 37,8 milhões de euros.

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Schäuble defende Dijsselbloem. Explicações foram “suficientes”

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

"Já houve explicações suficientes" sobre as declarações polémicas de Dijsselbloem, considera o ministro das Finanças alemão.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, defendeu, este sábado, o presidente do Eurogrupo, considerando que não viu nenhum insulto nas declarações de Jeroen Dijsselbloem sobre “álcool e mulheres” e que as explicações que já foram dadas sobre o assunto foram suficientes.

"Como todos os leitores alemães do jornal, não fiquei ofendido pela entrevista. Mas sabemos que em outros países europeus, especialmente em Espanha, esta entrevista foi lida de forma diferente.”

Wolfgang Schäuble

Ministro das Finanças alemão

“Como todos os leitores alemães do jornal, não fiquei ofendido pela entrevista. Mas sabemos que em outros países europeus, especialmente em Espanha, esta entrevista foi lida de forma diferente”, afirmou Schäuble numa conferência de imprensa depois da reunião de ministro das Finanças da União Europeia (Ecofin), que decorreu entre sexta-feira e hoje em La Valetta, capital de Malta.

Recordando que Dijsselbloem já admitiu várias vezes que houve diferentes interpretações das suas palavras, Schäuble defendeu que “já houve explicações suficientes” e que, “a algum ponto, já chega” da discussão. Por outro lado, o ministro das Finanças alemão considera que Dijsselbloem tem desempenhado bem o cargo de presidente do Eurogrupo.

Jeroen Dijsselbloem foi alvo de críticas depois da entrevista ao jornal Frankfurter Zeitung, na qual afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”, o que motivou o pedido de demissão pelo Governo português.

À entrada do Eurogrupo de sexta-feira, Jeroen Dijsselbloem afirmou que não se demite e mostrou-se disponível para cumprir o mandato até ao fim, ou seja, até janeiro.

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Merkel encoraja Portugal e Espanha a investirem na energia solar

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

"A conexão entre França e Península Ibérica é um grande problema", disse ainda a chanceler alemã.

A chanceler alemã, Angela Merkel, encorajou Portugal e Espanha a investirem mais na energia solar e frisou a necessidade de uma melhor ligação a França para dar um impulso a uma rede elétrica europeia unificada.

A conexão entre França e Península Ibérica é um grande problema“, disse Merkel, este sábado, no seu podcast semana. A chanceler destacou ainda que Portugal e Espanha “são, por exemplo, dois países, onde a energia solar poderia naturalmente ser reforçada”.

O Governo de Merkel reforçou a aposta na energia eólica e solar, num momento em que o país se prepara para fechar as últimas unidades nucleares em 2022, transformando os mercados de energia do país.

A produção verde atingiu no ano passado 29% da procura de eletricidade da Alemanha, aproximadamente o mesmo do que em 2015, mas ultrapassando largamente o nível de 11% registado na década anterior.

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