Vem aí um Insignia para todo o terreno. Chega em setembro

Não há duas sem três. Vai daí que ao Insignia e ao Insignia Tourer, a Opel tenha decidido juntar o Insignia Country Tourer, uma versão para quem gosta de andar fora de estrada. Chega em setembro.

Depois do Insignia veio o Insignia Tourer, mas a gama continua a crescer. Como não há duas sem três, a Opel tem na calha mais versão, destinada a quem gosta de levar o automóvel para fora de estrada. O Insignia Country Tourer, que vai ver a luz do dia no Salão de Frankfurt, na Alemanha, não traz apenas uma aparência inspirada no todo o terreno… tem tração às quatro rodas. E um novo diesel.

O Insignia Country Tourer terá as mesmas qualidades do Grand Sport e do Sports Tourer, mas destina-se a “adeptos de desportos e do contacto com a natureza, que não dispensam uma afirmação de elegância, qualidade e tecnologia”, diz a marca. Para tal, conta com proteções adicionais nos para-choques dianteiro e traseiro, bem como aplicações de plástico nos arcos das rodas e nas embaladeiras.

A altura ao solo foi aumentada em 20 milímetros, o que, a par do sistema de tração às quatro rodas, permite enfrentar estradões de terra com particular à vontade. Isto sem descurar a estabilidade e o conforto. O FlexRide, diz a Opel, “atua em tempo real na pressão dos amortecedores ajustando-a automaticamente de acordo com informações que recebe de múltiplos sensores”.

“O condutor pode selecionar os modos de funcionamento Tour e Sport, regulados para obter mais conforto ou uma dinâmica mais apurada, respetivamente. O software do novo módulo central de comando do sistema adaptativo do chassis é a chave da atuação de todo o conjunto, conseguindo até reagir a mudanças de estilo de condução”, remata.

Com a tração às quatro rodas, o Country Tourer vem também um novo sistema de transmissão. “Em vez de um diferencial traseiro tradicional, o sistema apresenta duas embraiagens multidiscos controladas eletricamente, uma para cada lado, que permitem variar de forma independente a transmissão de potência a cada roda, de acordo com a dinâmica do veículo e com as condições da estrada”, refere a marca.

Além dos motores já disponibilizados tanto no Insignia como no Insignia Tourer, esta versão mais aventureira “fará a estreia de um novo motor topo de gama na linha de opções diesel“, diz a Opel, sem revelar, contudo, mais detalhes. Só mais perto da altura em que for apresentada, em Frankfurt, em setembro, serão conhecidos os pormenores do bloco que vai puxar pelo topo de gama, dentro e fora de estrada.

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Nuno Vasconcellos tem dívida de 9,7 milhões. O seu único bem é uma mota de água

  • ECO
  • 8 Abril 2017

O presidente da falida Ongoing foi declarado insolvente a 26 de janeiro. O único bem em seu nome que os credores encontraram foi uma mota de água.

Nuno Vasconcelos, o presidente da falida Ongoing, está insolvente desde janeiro e tem uma dívida pessoal de 9,7 milhões de euros no BCP. Mas, pelo menos oficialmente, o empresário não tem quaisquer posses para pagar esta dívida. O único bem que tem registado em seu nome é uma mota de água.

A notícia é avançada, este sábado, pelo Expresso (acesso pago), que lembra que já há muito que Vasconcellos não tem bens em seu nome. A Ongoins Strategy Investments, holding principal do grupo liderado por Vasconcelos, foi declarada insolvente em agosto do ano passado, com uma dívida superior a 1,3 mil milhões de euros. O Novo Banco e o BCP encabeçam a lista dos principais credores e reclamam quase 800 milhões de euros.

Os problemas do grupo Ongoing agravaram-se após a queda do Banco Espírito Santo (BES) e, posteriormente, da PT, onde a Ongoing chegou a ter uma participação de 10%. A empresa liderada por Vasconcellos ainda apresentou um plano de recuperação, onde propunha o pagamento, a 15 anos, de um valor máximo de cerca de 17 milhões de euros. O plano foi rejeitado pelos credores e a empresa entrou em insolvência.

Já Vasconcellos, que era também o dono do extinto Diário Económico, viu o tribunal decretar a sua insolvência pessoal a 26 de janeiro deste ano. Depois de o notificarem na Herdade da Comporta, onde a sua mãe tem casa, e após várias tentativas falhadas de contactá-lo, os credores encontraram apenas uma moto de água em seu nome, conta o Expresso.

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EDP vai usar 800 milhões da venda da Naturgas para reduzir dívida

  • ECO
  • 8 Abril 2017

A EDP vendeu em março a rede de gás natural que operava em Espanha por 2,591 mil milhões de euros, valor que representa uma mais-valia de 700 milhões.

Dos quase 2,6 mil milhões que a EDP encaixou com a venda da Naturgas, 800 milhões vão servir para reduzir dívida. O número é avançado por António Mexia, presidente executivo da energética, em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF.

"Soubemos fazer aquilo que era necessário no momento certo, ajustámos o nível de investimento, soubemos fazer vendas de ativos, às vezes minoritários, outras vezes na totalidade.”

António Mexia

Presidente executivo da EDP

“Soubemos fazer aquilo que era necessário no momento certo, ajustámos o nível de investimento, soubemos fazer vendas de ativos, às vezes minoritários, outras vezes na totalidade”, disse Mexia na entrevista, referindo-se ao período de 2012, quando “o mercado estava fechado para toda a gente em Portugal”.

“Foi o que fizemos agora com a Naturgas, numa operação que é considerada talvez a mais interessante de toda a Europa neste momento, ou seja, em termos de múltiplos — de quantas vezes conseguimos vender os resultados anuais –, e vamos dedicar 800 milhões à redução da dívida“, acrescenta.

A EDP anunciou a venda da Naturgas, a rede de gás natural que operava em Espanha, a 27 de março, no mesmo dia em que anunciou o lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis. A venda ficou fechada por 2,591 mil milhões de euros, valor que representa uma mais-valia líquida de cerca de 700 milhões de euros.

Além de ajudar a reduzir a dívida, o montante arrecadado com esta venda vai servir para financiar a OPA à Renováveis, que poderá custar 1,3 mil milhões de euros à casa-mãe.

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Karl Rocks, o citadino para a “selva” urbana

A Opel decidiu dar ao Karl novos argumentos para enfrentar a "selva urbana". Continua a ser um citadino, mas o Karl Rocks vai permitir pequenas aventuras fora do asfalto.

O Karl já está habituado a enfrentar a cidade. Mas agora, a Opel decidiu reforçar os atributos do pequeno citadino, transformando-o num “todo o terreno” para arrasar na “selva urbana”. Mais alto, com uma série de proteções na carroçaria para enfatizar o espírito off road, é assim o Rocks. Chega já em maio.

Esteticamente, o Rocks distingue-se do Karl normal pelas barras no tejadilho, os volumosos para-choques à frente e atrás, as proteções de guarda-lamas e de embaladeiras, além de jantes exclusivas de 15 polegadas, em liga leve. Mas posto ao lado da versão que lhe serve de base, o Karl Rocks é também mais elevado.

“A altura da suspensão aumentada em 18 milímetros por comparação com o Karl original acrescenta maior distância ao solo, que pode ser útil em algumas ocasiões, melhorando simultaneamente a visibilidade no tráfego citadino”, diz a marca, podendo também ser utilizados para pequenas aventuras fora do asfalto. “Estes 18 milímetros adicionais em altura facilitam entradas e saídas do habitáculo”.

No interior, esta variante do Karl distingue-se também da original. A Opel introduziu vários pormenores de design específicos para esta versão, sendo que a nível de tecnologia, o Rocks mantém, como opcional, o rádio R 4.0 IntelliLink, que permite a integração de smartphones através do Apple CarPlay e Android Auto. “A partir do verão, a Opel disponibilizará o Navi 4.0 IntelliLink com sistema de navegação”, diz a Opel.

Três cilindros… a gasolina ou GPL

Sob o capô, o Karl Rocks conta com um motor 1.0, tricilíndrico, a gasolina que debita 75 cv de potência. Está associado a uma transmissão manual de cinco velocidades, mas também é possível optar por uma caixa robotizada Easytronic 3.0 que, diz a marca, “permite otimizar os consumos de combustível”.

Quem se preocupa com os gastos com o combustível tem ainda a alternativa a gás. O 1.0 FlexFuel possui sistema completo de alimentação de GPL instalado na fábrica. “Esta versão consegue alcançar uma autonomia total de 1019 km (NEDC) graças a um depósito de gasolina de 32 litros e outro de 20 litros para gás”, nota a Opel.

Chega em maio

O Karl Rocks está quase a chegar aos concessionários. A marca refere que será possível encontrar a nova proposta deste pequeno citadino já em maio, com preços que começam nos 13.240 euros para o 1.0 com caixa manual. A caixa robotizada aumenta a fatura em 650 euros, já a opção pelo motor com GPL leva o preço do Rocks para 14.540 euros.

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Parlamento não pode delegar competências sobre financiamento partidário

  • Lusa
  • 8 Abril 2017

Para o Tribunal Constitucional, a Assembleia da República não pode delegar ou transferir as suas competências próprias em matéria de financiamento partidário para as assembleias legislativas regionais

O Tribunal Constitucional sustentou que a Assembleia da República não pode delegar ou transferir as suas competências próprias em matéria de financiamento partidário para as assembleias legislativas regionais, num acórdão publicado no “site” daquele tribunal.

O acórdão declara a inconstitucionalidade das normas do decreto legislativo da Madeira que fixavam uma subvenção aos partidos políticos, por entender que essa é uma competência exclusiva da Assembleia da República, que não pode ser delegada sob pena de contrariar a Constituição da República.

O decreto legislativo regional, que altera a orgânica da Assembleia da Madeira, já foi devolvido pelo representante da República naquela região autónoma, Ireneu Cabral Barreto, que suscitou a fiscalização preventiva de várias normas do diploma.

No acórdão, do passado dia 6 e divulgado na sexta-feira no ‘site’ do TC, os juízes reconhecem que as normas do decreto regional relativas ao financiamento partidário visaram naquele ponto concretizar uma lei aprovada na Assembleia da República a 16 de dezembro, com os votos de todos os partidos, e a abstenção do PAN, e promulgada a 27 do mesmo mês.

“É a própria Assembleia da República que, por via da Lei n.º 4/2017, comete essa competência àquelas assembleias legislativas, determinando ainda que tal competência seja concretizada no ‘diploma que estabelece a orgânica dos serviços da respetiva Assembleia Legislativa’, ou seja, num dado decreto legislativo regional”.

Contudo, esta atribuição legal de competências às assembleias regionais “contraria” a Constituição da República, sustenta o TC.

“Se a competência para atribuir subvenções aos partidos é constitucionalmente cometida aos órgãos de soberania, estes, sem permissão constitucional expressa, não podem delegá-la ou transferi-la para as regiões autónomas”, argumenta o Tribunal.

Se a competência para atribuir subvenções aos partidos é constitucionalmente cometida aos órgãos de soberania, estes, sem permissão constitucional expressa, não podem delegá-la ou transferi-la para as regiões autónomas.

Tribunal Constitucional

O TC recorda jurisprudência de 2005 e de 2009 na qual se declarou igualmente inconstitucional a aprovação, pela assembleia regional, de legislação sobre financiamento partidário por violar a reserva de competência legislativa da Assembleia da República.

O decreto agora “chumbado” pelo TC não aumenta, no entanto, os encargos da região com as subvenções públicas, já que fixou o salário mínimo nacional de 2015 como base para o cálculo.

Contudo, divide o montante em duas partes: uma para a subvenção aos partidos políticos e outra para o apoio e encargos de assessoria aos grupos parlamentares, numa fórmula encontrada para dar seguimento ao diploma aprovado no parlamento nacional.

O TC pronunciou-se ainda sobre outra dúvida levantada por Ireneu Cabral Barreto relativa aos limites temporais em que o decreto se poderia aplicar, já que a assembleia regional quis atribuir natureza interpretativa à alteração orgânica, projetando os seus efeitos retroativamente, até ao ano de 2014.

No acórdão, os juízes disseram se perceber que “o seu alcance é apenas o de remover eventuais dúvidas quanto à legitimidade de subvenções já atribuídas” e insistem na inconstitucionalidade.

A alteração aprovada na Assembleia da República em janeiro consagrou a possibilidade de as assembleias regionais concederem uma subvenção anual aos partidos na região, para dar solução a problemas jurídicos que o TC tem apontado em sucessivos acórdãos.

No mais recente, de maio de 2016, o TC voltou a considerar ilegal que os partidos pudessem utilizar as verbas destinadas aos grupos parlamentares, apontando esta irregularidade a sete partidos, entre os quais se destacou o partido mais representado no parlamento regional, o PSD, pelos montantes em causa, 3,2 milhões de euros.

Noutra linha de argumentação mas com a mesma conclusão, o TC invoca o entendimento do conselheiro Pamplona de Oliveira a propósito de acórdãos anteriores: “Enquanto a matéria correspondente à competência em apreço não constar do Estatuto Político Administrativo da Região, a mesma competência pertence aos órgãos de soberania, não podendo por eles ser transferida para as regiões autónomas”.

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Manuel Vicente sobre a Operação Fizz. “Este é um assunto de Estado”

O vice-presidente angolano, suspeito de ter subornado um antigo procurador português, condena a condução que está a ser feita deste processo.

Está a aumentar a tensão entre Portugal e Angola. Depois de a SIC ter noticiado que a Procuradoria-Geral da República (PGR) ponderou a extradição do vice-presidente de Angola”, no âmbito da Operação Fizz, e de, logo de seguida, a PGR ter desmentido a informação, agora é o próprio Manuel Vicente que vem pronunciar-se sobre a polémica. O vice-presidente angolano já considera que este é um “assunto de Estado”.

A polémica estalou quando a SIC avançou que a PGR terá questionado as autoridades de Luanda sobre se poderiam extraditar Manuel Vicente. Em causa, a Operação Fizz, no qual o vice-presidente de Angola é acusado de ter subornado um Orlando Figueira, um antigo procurador português.

Logo de seguida, a PGR enviou um comunicado às redações, onde esclarecia que “em nenhum momento foi pedida a extradição de Manuel Vicente”. No esclarecimento, a PGR refere que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) enviou uma carta rogatória onde requeria um interrogatório a Manuel Vicente. Contudo, a PGR teve “sérias dúvidas sobre a viabilidade” de um interrogatório a Manuel Vicente, tendo em conta o “regime de imunidade que ao mesmo é concedida pela Constituição da República de Angola e à correspondente causa de recusa de execução”.

A PGR decidiu, assim, entrar em contacto com Angola para discutir esta viabilidade. “É nesse contexto que, em 15 de novembro de 2016, a PGR envia um ofício ao procurador-geral da República de Angola a questionar, pelas razões referidas anteriormente, se existe possibilidade cumprimento da referida carta rogatória”. Luanda, por seu lado, respondeu que não existia “nenhuma probabilidade de ser cumprida a carta rogatória nos moldes referidos”, pelo que a PGR entendeu que “seria inútil remeter a referida carta rogatória às autoridades angolanas” e decidiu, por isso, devolver a carta ao DCIAP.

A PGR sublinha, ainda, que “a cooperação judiciária internacional” com Angola “processou-se no integral respeito das Convenções e Acordos internacionais a que ambos os países se vincularam, desenvolvendo-se no espírito de mútua colaboração que caracteriza as relações entre os dois Ministérios Públicos”.

Já este sábado, através de um comunicado enviado às redações pelo seu advogado, Manuel Vicente esclarece a sua versão da história. Primeiro, refere “o inquérito foi encerrado e a acusação foi proferida sem que tivesse sido ouvido” o vice-presidente angolano. Por outro lado também não foram “ponderadas e tratadas corretamente várias questões e regras importantes e sérias que se impunham e continuam a impor”.

Manuel Vicente salienta também que, no despacho de encerramento do inquérito, “são feitas duas afirmações que não são verdadeiras”, algo que considera “grave”. A primeira é que Manuel Vicente terá recusado a possibilidade de vir a Portugal.

Isto é falso. E basta ler de forma objetiva e com boa-fé o que está documentado no processo para o constatar, sendo certo que perante o documento apresentado no processo pela Defesa já há cerca de um ano as Senhoras Procuradoras titulares do Inquérito se limitaram a colocar um ‘visto’ e remeteram-se ao silêncio até ao dia em que decidiram avançar com a acusação, 10 meses depois da apresentação daquele documento”, detalha o advogado Rui Patrício.

A outra afirmação considerada falsa, que consta da reportagem da SIC, é que foi expedida a tal carta rogatória para Angola e o que seu cumprimento foi negado pelas autoridades daquele país. “Também isto é manifestamente falso, conforme aliás foi agora publicamente confirmado pela PGR de Portugal”.

"Para além da gravidade e das necessárias consequências da falta de correspondência com a realidade das citadas duas afirmações expressas feitas no processo, há que ter ainda em conta que estávamos e continuamos a estar, agora reforçadamente, na presença de matérias complexas e delicadas.”

Manuel Vicente

Vice-presidente de Angola

O vice-presidente angolano insiste, assim, na gravidade das acusações que lhe são feitas. “Para além da gravidade e das necessárias consequências da falta de correspondência com a realidade das citadas duas afirmações expressas feitas no processo, há que ter ainda em conta que estávamos e continuamos a estar, agora reforçadamente, na presença de matérias complexas e delicadas — nomeadamente com implicações de soberania, de relações entre Estados e Instituições, e de Direitos Internos e Internacional –, que não podem ser enfrentadas com simplificações nem de modo precipitado, mas sim com a atenção e o cuidado que o que está em causa exige e nas sedes e nos níveis próprios”.

Manuel Vicente conclui dizendo que as questões da cooperação judiciária internacional transcendem e não dependem” de si nem da sua defesa, “mas a sua eventual condução incorreta ou imperfeita não poderá de nenhuma forma prejudicá-lo”. O governante angolano considera, por isso, que “pelo menos nesta dimensão, este é um assunto de Estado”.

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Portugal muda lei para tributar reformados finlandeses

  • ECO
  • 8 Abril 2017

O Governo assinou uma nova convenção que prevê que a Finlândia possa tributar os seus pensionistas, mesmo que estes vivam em Portugal ao abrigo do regime fiscal de residentes não-habituais.

Portugal assinou um acordo com a Finlândia para acabar com as benesses fiscais de que beneficiam os reformados finlandeses que vivem no nosso país. Em causa está o regime fiscal dos residentes não-habituais (RNH) português, que permite que os reformados estrangeiros que venham viver para Portugal não paguem impostos nem cá, nem no país de origem.

A notícia é avançada pelo Expresso (acesso pago), que dá conta de que o acordo foi assinado depois de o governo finlandês ter pressionado Portugal, ameaçando o fim do acordo para evitar a dupla tributação assinado em 1970 pelos dois países. O Governo português cedeu e assinou uma nova convenção, a 16 de novembro de 2016, que prevê que as Finanças finlandesas podem tributar os rendimentos dos seus pensionistas, mesmo que estes estejam a viver em Portugal ao abrigo do RNH.

Segundo o Expresso, o acordo ainda não está em vigor porque Portugal ainda não cumpriu todos os trâmites necessários. A convenção entrará em vigor 30 dais depois de os dois países trocarem notificações a dar conta de que os respetivos parlamentos aprovaram a medida. A Finlândia já notificou Portugal e aguarda a notificação da parte de Lisboa.

“Estimamos que, muito provavelmente, Portugal irá enviar a notificação antes de 1 de dezembro de 2017, o que significa que a nova convenção seria aplicada a partir do início de 2018“, refere ao semanário fonte oficial do Governo finlandês.

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Portugueses do Panama Papers na mira do Fisco

  • ECO
  • 8 Abril 2017

Depois das revelações feitas pela investigação jornalística Panama Papers, a Autoridade Tributária está a investigar "um conjunto de indivíduos" ligados ao caso.

Um ano depois de ter rebentado o escândalo, a Autoridade Tributária tem várias ações em curso resultantes das revelações da investigação jornalística Panama Papers. A confirmação é dada pelo Ministério das Finanças, em declarações ao Expresso (acesso pago).

“Dos estudos efetuados foram estabelecidos graus de prioridade para atuação, encontrando-se atualmente em curso várias ações junto de sujeitos passivos nacionais”, disse o Ministério ao semanário.

As Finanças não revelam pormenores sobre quem está a ser investigado nem sobre o número de casos, referindo apenas que há um “conjunto de indivíduos” a serem investigados.

“Desde as primeiras notícias vindas a público, há cerca de um ano, sobre a existência de um esquema de facilitação de situações de evasão fiscal e eventual fraude, através do recurso à constituição de sociedades offshore, e envolvendo sujeitos passivos de várias nacionalidades, que a Autoridade Tributária e Aduaneira tem desenvolvido um trabalho de pesquisa e análise, incidente sobre um conjunto de indivíduos ligados a Portugal”, cita o Expresso.

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Bloco e PCP deixam passar novas injeções no Novo Banco

Bloquistas e comunistas estão de mãos atadas. Não conseguem levar a venda do Novo Banco a votos no Parlamento e, se chumbarem nova injeção, correm o risco de empurrar o banco para liquidação.

Se o Novo Banco vier a precisar de nova injeção de capital por parte do Fundo de Resolução, essa injeção poderá esbarrar na lei do Orçamento do Estado de 2017, que prevê um limite máximo para a concessão de garantias por parte de entidades públicas. Mas o Bloco de Esquerda e o PCP, os partidos que poderiam bloquear esta eventual nova injeção, já estão preparados para aprovar estes empréstimos no Parlamento, escreve o Expresso (acesso pago), na edição deste sábado.

A questão coloca-se graças a um “imbróglio jurídico”, explicado pelo ECO na sexta-feira. O problema começa por distinguir “garantia pública” de “mecanismo de capital contingente”, o nome que o Governo deu ao instrumento criado para cobrir possíveis desvalorizações futuras do Novo Banco sem, com isso, ter de prestar uma garantia pública. O que ficou definido foi que este mecanismo só entra em ação se, cumulativamente, os ativos considerados tóxicos do Novo Banco desvalorizarem face ao seu valor de referência e os rácios de capital do banco caírem abaixo de 12%, valor acordado com o Lone Star.

Se o mecanismo tiver de ser acionado, quem injeta dinheiro no Novo Banco é o Fundo de Resolução. É aí que começa o imbróglio jurídico: a lei do Orçamento do Estado de 2017 prevê um limite máximo de 110 milhões de euros por ano para a concessão de garantias por parte de pessoas coletivas de direito público. E, se é certo que o Fundo de Resolução é suportado pelos bancos nacionais, é também certo que a sua definição é “pessoa coletiva de direito público”.

Ora, o que está previsto é que este mecanismo de capital contingente possa injetar um total de 3,89 mil milhões de euros no Novo Banco, até um máximo de 850 milhões de euros por ano (muito acima, portanto, dos 110 milhões fixados pela lei do Orçamento).

Mas o problema, escreve agora o Expresso, poderá ficar resolvido em sede parlamentar, se se chegar a esse ponto. O semanário refere que bloquistas e comunistas estão de “mãos atadas”, já que não têm como levar a venda a votos no Parlamento. Além disso, se uma nova injeção por parte do Fundo de Resolução vier a ser necessária e os dois partidos decidirem chumbá-la com base nesse artigo do Orçamento, o mais provável é que o banco venha a ser liquidado.

Ao Expresso, o deputado comunista Miguel Tiago diz que a posição do PCP será avaliada “em função do Orçamento do Estado, das alíneas em concreto dessa eventual autorização de empréstimo e o seu contexto”, mas deixa claro que “o efeito prático de rejeitar uma alínea dessas, numa altura em que o banco já está vendido, não será a nacionalização do banco, que é aquilo que o PCP defende“.

O deputado acrescenta que o PCP não está condicionado à partida, mas admite que não tem grande margem. “Temos de andar sempre no fio da navalha, porque não dizemos que, não havendo uma nacionalização, devemos liquidar o banco”.

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António Ramalho: “Após mil dias de transição”, Novo Banco “está de parabéns”

O presidente do Novo Banco assinala a assinatura da venda da instituição, 970 dias de o processo de ter sido iniciado.

A venda do Novo Banco foi “finalmente assinada”, 970 dias depois de o processo ter sido iniciado. “Está de parabéns um banco que continua normal após mil dias de transição”. Foi desta forma que António Ramalho, presidente do Novo Banco, assinalou, na sua conta de Twitter, a venda do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES).

O processo de venda do Novo Banco foi oficialmente lançado a 4 de dezembro de 2014, quando o Fundo de Resolução publicou um convite para as entidades que quisessem apresentar manifestações de interesse pelo banco.

Essa foi a primeira tentativa de venda do Novo Banco. O processo prolongou-se por 2015 e, em setembro desse ano, foi suspenso. O Banco de Portugal considerou que nenhuma das três propostas vinculativas, apresentadas pelos grupos chineses Anbang e Fosun e pelo fundo norte-americano Apollo, era satisfatória e, portanto, optou por não recomendar a venda.

A 15 de janeiro de 2016, é lançado o segundo processo de venda do Novo Banco. Passado mais de um ano, a 31 de março de 2017, o primeiro-ministro anunciou que o banco foi vendido ao fundo norte-americano Lone Star, que passará a deter 75% do Novo Banco, ficando obrigado a injetar mil milhões de euros no capital da instituição.

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Os consumidores estão “irritantemente otimistas”?

  • Margarida Peixoto
  • 8 Abril 2017

Marcelo acusava Costa de "otimismo crónico" e "ligeiramente irritante". Agora são os consumidores que estão com níveis de confiança em máximos desde 2000. O primeiro-ministro contagiou os portugueses?

O primeiro-ministro tem mantido uma atitude otimista e confiante em relação ao andamento da atividade económica.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

Um primeiro-ministro com “otimismo crónico” e “ligeiramente irritante”. Foi assim que Marcelo Rebelo de Sousa descreveu a atitude do primeiro-ministro. Foi quase há um ano que o Presidente da República caracterizou o “espírito habitual do senhor primeiro-ministro”. Dizia Marcelo Rebelo de Sousa que António Costa tem um “otimismo crónico e às vezes ligeiramente irritante”. Estávamos em maio de 2016. Agora, em março de 2017, o Instituto Nacional de Estatística (INE) dá conta de consumidores cada vez mais confiantes: o índice atingiu o valor mais elevado dos últimos 17 anos. Porque é que os consumidores sorriem? Estarão “irritantemente otimistas”?

O ECO mergulhou nos subíndices do INE para perceber exatamente o que motiva a confiança dos consumidores. E falou com dois economistas e um politólogo para avaliar se há motivos para tamanha alegria, ou se, pelo contrário, a euforia pode ser excessiva. Primeiro os números.

Os dados do INE mostram uma melhoria generalizada dos índices de confiança — é visível na situação financeira das famílias, nas perspetivas de capacidade de compra, na capacidade de poupança, nos preços, na situação do mercado de trabalho.

Confiança dos consumidores

Médias móveis de três meses. Fonte: INE

Mas há três subíndices em particular que mostram um otimismo mais evidente: os valores de março de 2017 estão ao nível dos números do ano 2000. São eles:

1 – A situação financeira do agregado familiar

Os valores são expressivos tanto na avaliação dos últimos 12 meses, como nas expectativas sobre o próximo ano. Na avaliação do passado, é preciso recuar a outubro de 2000 para encontrar um valor melhor do que o registado em março de 2017. Sobre as perspetivas futuras, é possível recuar a maio de 2000 sem encontrar um valor mais elevado do que o verificado agora.

2 – A situação económica do país

Quando a questão se coloca sobre as perspetivas de evolução da economia portuguesa nos próximos 12 meses, a confiança dos consumidores está ao nível de dezembro de 1999. Se a pergunta for sobre os 12 meses passados, a otimismo é igualmente exuberante: é verdade que o valor de fevereiro era ligeiramente mais elevado do que o de março, mas estes níveis não têm comparação em toda a série do INE.

Médias móveis de três meses, situação económica do país ajustada de sazonalidade. Fonte: INE

3 – O mercado de trabalho

As perspetivas sobre o mercado de trabalho são positivas. A série do INE, que começa em setembro de 1997, não tem nenhum valor tão favorável como o registado em março de 2017.

Perspetivas quanto à evolução do desemprego. Quanto mais elevado é o valor, mais elevado é o sentimento de risco de desemprego. Fonte: INE

Há razões para sorrir?

Sim. Tanto os economistas ouvidos pelo ECO, como o politólogo, reconhecem que há motivos de facto para um aumento de confiança por parte dos consumidores. O que não é propriamente o mesmo que dizer que já está tudo bem, que as famílias não sentem dificuldades ou, até, que a predisposição para comprar é idêntica à observada nos anos 2000.

“A melhoria de confiança acaba por não se refletir no índice de bem-estar”, diz Paula Carvalho, economista-chefe do departamento de research do BPI. “Não significa uma situação excecional das famílias, significa apenas que, em comparação com o passado recente, estão melhores”, explica. Ou seja, os dados devem ser lidos em comparação com a crise vivida no período do programa de resgate da troika, quando havia perda de rendimentos e muita incerteza sobre os rendimentos futuros.

“Não significa uma situação excecional das famílias, significa apenas que, em comparação com o passado recente, estão melhores.

Paula Carvalho

Economista-chefe do departamento de research do BPI

Miguel Saint-Aubyn, economista e professor catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), recomenda cautela na comparação destes números com os anos 2000. “Estamos a traduzir quantitativamente estados de alma”, avisa, duvidando que seja legítimo, à boleia destes números, afirmar que a predisposição para consumir hoje seja idêntica à verificada há 17 anos.

Ainda assim, há motivos que explicam porque é que os consumidores “estão mais bem-dispostos” agora do que no passado recente, corrobora. Houve reposições salariais na Função Pública, a redução da sobretaxa, o aumento do salário mínimo, o emprego está a crescer, a inflação e os juros estão baixos.

António Costa não contagiou os portugueses?

Sim e não. “Os indicadores de saliência positivos sobre a economia portuguesa têm algum impacto, mas globalmente, os índices de confiança remetem para o rendimento acrescido e a perspetiva de rendimentos acrescidos”, responde o politólogo António Costa Pinto.

"[O discurso do Governo] É um discurso que explora a melhoria dos indicadores.”

António Costa Pinto

Politólogo, investigador do Instituto de Ciências Sociais, professor no ISCTE

“Não quer dizer que o discurso político não ajude, mas é o discurso político associado à melhoria dos indicadores que tem impacto. É um discurso que explora a melhoria dos indicadores”, explica. Costa Pinto frisa ainda que “não se trata apenas da perceção dos rendimentos disponíveis”, mas também “da expectativa da evolução” desses rendimentos. E é aqui que a realidade se cruza com as promessas do Governo. Os consumidores acreditam que “os salários não vão baixar e que os impostos não vão subir”, concretiza.

Haverá euforia excessiva?

Por enquanto, os economistas não veem sinais disso, embora avisem para os riscos. “O consumo das famílias está neste momento a alcançar os níveis anteriores à crise, está em níveis de 2008. Não me parece euforia excessiva”, avalia Paula Carvalho. Mesmo a evolução do consumo privado, a especialista nota que reflete sobretudo as quebras muito acentuadas do período da crise, nomeadamente com o adiamento da compra de automóveis.

Venda de automóveis ligeiros e todo-o-terreno

Fonte: ACAP

“Nota-se uma dinâmica muito favorável nas exportações”, defende Paula Carvalho, lembrando que basta economias como a angolana estabilizarem para isso ter um impacto positivo. “Não vemos sinais da economia a desacelerar agora”, corrobora Miguel Saint-Aubyn.

Mas isso não quer dizer que não haja riscos. “Há sempre velhas sombras no horizonte”, reconhece o professor catedrático. Paula Carvalho também não dá por garantido que os fatores que colocaram os portugueses a sorrir sejam sustentáveis. Preocupa-a sobretudo a taxa de poupança das famílias, que está em níveis muito baixos.

Taxa de poupança das famílias

Fonte: INE

Mas há mais riscos de ver a confiança esmorecer. Por exemplo, pela própria construção da forma como é medido o crescimento económico, matematicamente será mais difícil manter o ritmo de crescimento no segundo semestre deste ano, quando houver que comparar com a segunda metade de 2016, quando a economia já estava mais dinâmica.

Isso, associado aos riscos da conjuntura internacional e à dissipação de alguns fatores de suporte do crescimento — como é o caso do efeito das reposições salariais — leva a que o Fórum para a Competitividade, na sua última nota de conjuntura, tenha alertado para a possibilidade de o primeiro trimestre de 2017 vir a ser o melhor do ano.

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Wall Street inalterado perante ataques na Síria e Suécia

A instabilidade internacional contagiou os mercados em todo o lado. Wall Street ficou praticamente inalterado, resistindo ainda assim às notícias sobre o conflito na Síria.

O encontro entre Donald Trump e Xi Jinping foi ofuscado pelos conflitos internacionais. Os Estados Unidos bombardearam as bases militares do regime sírio e na Suécia houve um ataque no centro de Estocolmo que fez quatro mortos. Tal como as praças europeias, também Wall Street ficou praticamente inalterado num final de semana marcado pela instabilidade.

Perante os resultados mistos do emprego nos EUA, os investidores acabaram por ficar em stand by novamente. A ajudar esteve também o presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, William Dudley, que fez declarações esta sexta-feira sobre como é que o banco central norte-americano poderia começar a reduzir o programa de estímulos.

Contudo, mais do que assuntos internos, o dia foi dominado por questões internacionais. A atenção deixou de estar no programa de saúde e na reforma fiscal da nova administração, passando o foco a estar sob a política externa da Casa Branca. Trump deu um sinal de dureza perante a Rússia, depois de ter sido acusado de ligações a Putin.

Os principais índices de Wall Street encerraram no vermelho, mas as descidas foram tímidas. O S&P 500 desvalorizou 0,04% para os 2.356,66 pontos. O Dow Jones desceu 0,03% para os 20.656,10 pontos e o Nasdaq caiu 0,02% para os 5.877,81 pontos.

Depois da criação de 219 mil postos de trabalho em fevereiro, a economia dos EUA adicionou menos empregos, mas ainda assim a taxa de desemprego atingiu um mínimo de dez anos. Os números sugerem que a crise financeira está mais do que ultrapassada, tal como também têm indicado os aumentos da taxa de juro pela Reserva Federal.

Na próxima semana, os bancos norte-americanos vão divulgar os resultados operacionais do primeiro trimestre do ano, nomeadamente o Citigroup, o JPMorgan Chase e o Wells Fargo.

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