Pessoal de voo diz que condições impostas pela Ryanair são “inaceitáveis”
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo acusa a Ryanair de impor condições inconstitucionais, que violam a legislação nacional.
O presidente executivo da Ryanair acusou, esta semana, os tripulantes de cabine portugueses de terem recusado negociar um acordo de empresa, apesar de terem sido convidados para fazê-lo em Dublin, na sede da companhia aérea irlandesa. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vem agora confirmar o convite e explicar a recusa em negociar. As condições “impostas pela Ryanair” são “inaceitáveis” pela sua “inconstitucionalidade” e “grave violação da legislação nacional”, diz o sindicato.
“O SNPVAC foi efetivamente contactado para reunir em Dublin. No entanto, foram impostas pela Ryanair condições que consideramos inaceitáveis, quer pela sua inconstitucionalidade, quer pela grave violação da legislação nacional”, refere o sindicato, em comunicado enviado às redações. Ao mesmo tempo, “o convite para reunir incluía a proibição de elementos da direção do SNPVAC por serem trabalhadores de outras companhias aéreas”.
"Foram impostas pela Ryanair condições que consideramos inaceitáveis, quer pela sua inconstitucionalidade, quer pela grave violação da legislação nacional.”
O sindicato considera, assim, que “as declarações proferidas pelo CEO da Ryanair revelam um profundo desconhecimento de como funcionam os sindicatos em Portugal, ou mesmo do funcionamento dos sindicatos“.
O SNPVAC esclarece ainda que, ao contrário do que afirmou a Ryanair, a votação para a convocação de uma greve, a concretizar-se nos dias 29 de março, 1 e 4 de abril, “foi feita exclusivamente por tripulantes da Ryanair” e não por tripulantes de outras companhias aéreas.
"Esta é uma postura ilegal e lamentável por parte da Ryanair, para mais sendo esta subsidiada pelo Governo português. Não podemos permitir, enquanto portugueses, enquanto trabalhadores por conta de outrem e enquanto sindicato, que empresa alguma despreze a nossa lei.”
“Esta é uma postura ilegal e lamentável por parte da Ryanair, para mais sendo esta subsidiada pelo Governo português. Não podemos permitir, enquanto portugueses, enquanto trabalhadores por conta de outrem e enquanto sindicato, que empresa alguma despreze a nossa lei, nos retire os nossos direitos, nos trate como mão-de-obra barata sempre submissa e nos ataque com uma arrogância intolerável de quem se dirige a um povo menor”, conclui o comunicado.
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