Associação de Lesados da Oi acorda para solução que prevê recuperação de 50% do investimento
Detentores de obrigações Oi, com um valor superior a 13 mil euros, que não aderiram ao plano de acordo com credores, vão poder vender os títulos em mercado e recuperar 50% do investimento.
A Associação de Lesados em Obrigações e Produtos Estruturados PT/Oi (ALOPE) disse esta quarta-feira que chegou a acordo para uma solução que prevê que os investidores em obrigações Oi recuperem pelo menos 50% do investimento.
Em comunicado de imprensa, hoje divulgado, a associação diz que fez com a empresa InvestQuest um acordo para que os detentores de obrigações Oi, com um valor superior a 50.000 reais (cerca de 13.000 euros), que não tenham aderido ao plano de acordo com credores, possam vender os seus títulos em mercado “com preço igual ou superior a 50% do seu valor nominal”, recuperando esse valor do investimento.
A informação explica que os detentores de títulos da Oi devem entrar em contacto com os seus advogados para reclamarem créditos junto do Tribunal Brasileiro. Em seguida, devem “abrir uma conta individual na InvestQuest, para onde serão transferidos os títulos da Oi”, através do escritório Vieira Advogados.
Será a InvestQuest que posteriormente irá tentar vender as obrigações de forma agregada, o que, considera a ALOPE, é melhor forma de obter “valores superiores na recuperação dos créditos”. O objetivo é que, no mínimo, haja a recuperação de 50% do valor nominal. “Após a abertura de contas e transferência dos títulos da Oi para as contas na InvestQuest, será proposto aos associados assinarem um documento que permita o aval à venda dos títulos transferidos com preço igual ou superior a 50% do seu valor nominal”, refere a informação.
O valor final que os lesados da Oi receberão depende da venda em mercados do conjunto destas obrigações.
A Oi esteve num processo de fusão com a PT, o qual caiu na sequência do instrumento financeiro Rioforte e da queda do Banco Espírito Santo (BES) e entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, por não conseguir negociar a dívida.
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