Resposta morna da China às tarifas de Trump anima Wall Street
Os investidores temiam uma guerra comercial feroz, mas a retaliação da China foi morna. Respondeu aos 60 mil milhões com represálias de três mil milhões.
Trump impôs tarifas aduaneiras à China e os chineses não tardaram a responder. Mas numa dimensão mais reduzida. Depois de anunciada a imposição de tarifas a produtos chineses num total de 60 mil milhões de dólares, os norte-americanos receberam em troca tarifas de três mil milhões. Os mercados respiraram de alívio.
Temendo uma resposta mais dura dos chineses às tarifas aduaneiras, e uma consequente guerra comercial, os investidores levaram os principais índices norte-americanos a perder mais de 2% na sessão passada. Ainda assim, a China ficou-se por uma lista de cerca de 100 produtos, cujo valor não vai para além dos três mil milhões de dólares.
Com estas notícias, no início da sessão o industrial Dow Jones avançava 0,37% para os 24.047,22 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,28 para 2.646,71 pontos. O tecnológico Nasdaq valorizava 0,13% para 7.176,23 pontos
“A China cumpriu o que tinha prometido, mas não foram tarifas tão grandes como as dos Estados Unidos e isso está a dar às pessoas alguma esperança de que isto não se vai tornar numa guerra comercial feroz e que há espaço para negociar”, disse Robert Pavlik, analista da SlateStone Wealth à Reuters. “A resposta dos chineses foi silenciosa”, apontou também um analista da Prudential Financial à CNBC.
A destacarem-se nesta sessão estão as ações da Nike e da Facebook. Após apresentar resultados acima dos esperados pelos analistas — registou receitas de 8.980 milhões de dólares quando era previsto que ficasse pelos 8.850 milhões –, a marca norte-americana de equipamentos desportivos vê as suas ações a avançarem mais de 3%, cotando nos 66,44 dólares.
Já a rede social mais falada do momento segue a recuperar de dois dias de perdas, após ter vindo a público o caso da Cambridge Analytica. Mark Zuckerberg veio pedir desculpa e assumir todas as responsabilidades, assegurando que a empresa está a fazer tudo para que não se volte a repetir, e conseguiu acalmar a pressão vendedora. As ações seguem a valorizar 0,38% para 165,51 dólares.
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