Investimento em vistos gold cai 46% em março

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ caiu 46% em março, face a igual mês de 2017, para 103,3 milhões de euros, de acordo com os dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em março, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), como também são conhecidos os vistos ‘gold’, atingiu os 103.343.928,34 euros, menos 46% do que em igual mês do ano passado (192.493.840,26 euros). Face a fevereiro, o investimento aumentou 13%. Do total do montante captado em março, a maior parte corresponde à aquisição de bens imóveis (92.719,248,13 euros), com a transferência de capital a angariar 10.624.680,21 euros.

No mês passado foram atribuídos 174 vistos, dos quais 163 por via do critério de aquisição de bens imóveis. Do total destes últimos, 23 foram concedidos através de compra de imóveis para reabilitação urbana.

Até final de março tinham sido concedidos um total de 137 ARI por via da compra de imóveis para reabilitação, sendo que o primeiro foi concedido em julho de 2016. A transferência de capital foi responsável pela atribuição de dez vistos dourados, com o requisito da criação de, pelo menos, dez postos de trabalho, a ser responsável pela concessão de uma ARI.

No primeiro trimestre do ano, o investimento resultante dos vistos ‘gold’ ascendeu a 293.894.642,10 euros, o que representa uma quebra de 32% face aos 433.257.163,00 euros registados no período homólogo de 2017.

Em termos acumulados – desde que os vistos ‘gold’ começaram a ser atribuídos, a 8 de outubro de 2012, até março último –, o investimento total captado ascende a 3.705.160.484,49 euros, dos quais 347.687.174,20 euros por transferência de capital e 3.357.473.310,29 euros pela compra de imóveis.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6.050 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 497 em 2018. Em termos acumulados, desde a sua criação até março, foram concedidos 5.716 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 324 por transferência de capital, e 10 pela criação de, pelo menos, dez postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.771 até março), seguida do Brasil (522), África do Sul (242), Rússia (211) e Turquia (188).

As novas regras para a obtenção de vistos ‘gold’, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor a 3 de setembro de 2015. Desde 2013 foram atribuídas 10.181 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016, 2.678 em 2017 e 866 em 2018.