PSD compara ministro da Saúde a Jorge Jesus: “Está quase tudo para acontecer e depois nada acontece”
Os social-democratas atacaram novamente a alegada inação do Governo na Saúde, comparando o ministro da pasta ao treinador de futebol Jorge Jesus. Adalberto diz que "o assunto não nasceu ontem".
O deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite, comparou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, ao treinador de Sporting, Jorge Jesus. “Está tudo para acontecer, mas nada acontece”, argumentou o social-democrata para criticar a ação do atual Governo. Numa audição na comissão de Saúde esta quarta-feira, Adalberto ripostou revelando que a ala pediátrica do hospital de São João deverá ficar concluída daqui a dois anos.
“É um pouco o Jorge Jesus do Governo. Está quase tudo para acontecer e depois nada acontece, como foi o caso do campeonato“, disse Ricardo Baptista Leite, dando o exemplo da ala pediátrica de São João onde “depois de tudo o que aconteceu nas últimas semanas, está quase resolvida”. Adalberto Campos Fernandes atacou o deputado do PSD, apelidando as suas declarações de “um exercício de absoluta desonestidade intelectual política”. “Este assunto não nasceu ontem“, referiu.
O ministro da Saúde revelou ainda que a nova ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, deve estar concluída e pronta para acolher as crianças daqui a cerca de dois anos. Numa resposta ao deputado Moisés Ferreira, deputado do Bloco de Esquerda, o ministro da Saúde disse que o lançamento do concurso para projeto e obra da ala pediátrica daquele hospital do Porto será feito este ano.
É um pouco o Jorge Jesus do Governo. Está quase tudo para acontecer e depois nada acontece.
“Teremos, no máximo, em dois anos e pouco as crianças a ser tratadas condignamente no novo espaço”, afirmou o ministro Adalberto Campos Fernandes na comissão parlamentar de Saúde, lembrando que, entretanto, é necessário “melhorar a situação transitória” em que estão acolhidas as crianças.
O Bloco de Esquerda tinha interpelado o ministro, exigindo respostas concretas sobre quando começarão as obras da nova ala pediátrica do hospital de São João, no Porto. Campos Fernandes lembrou que “não foi este Governo nem este primeiro-ministro que, duas vezes, foi a São João lançar pedras ou placas”, numa referência ao anterior executivo.
Já numa audição parlamentar na semana passada, o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha referido que este Governo não faria lançamento de primeiras pedras sem um respetivo financiamento e planeamento, aludindo ao que fez o executivo de Pedro Passos Coelho.
A falta de condições de atendimento e tratamento de crianças com doenças oncológicas foi denunciada na semana passada por pais de crianças doentes que são atendidas em ambulatório e também na unidade do ‘Joãozinho’, para onde são encaminhadas quando têm de ser internadas no Centro Hospitalar de São João.
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