Esforços dos bancos portugueses para regressar à rentabilidade estão “a resultar”, diz a DBRS
A agência de notação canadiana afirma que os riscos para a estabilidade financeira estão a diminuir gradualmente, deixando elogios aos esforços dos bancos para regressarem à rentabilidade.
A DBRS diz que os resultados dos esforços da banca nacional para regressar à rentabilidade estão à vista, apontando para os lucros obtidos pelo setor como um todo. A agência de notação canadiana afirma que os riscos para a estabilidade financeira em Portugal estão a diminuir gradualmente, numa altura em que os bancos apostam na redução do crédito malparado, no reforço dos rácios de capital e na melhoria do desempenho da atividade doméstica. Contudo, alerta para o forte crescimento dos novos empréstimos à habitação e para o aumento dos preços das casas.
“Os riscos para a estabilidade financeira em Portugal estão a diminuir gradualmente, com o país a mostrar progressos na resolução de dois problemas críticos”, começa por dizer a DBRS numa nota. Em primeiro lugar, “os níveis elevados de NPL [Non Performing Loans, ou malparado em português] têm vindo a cair” — isto apesar de realçar que ainda é preciso continuar a reduzir. Em segundo, “o setor bancário nacional está agora numa melhor posição, após vários anos de desempenho negativo”.
"Os riscos para a estabilidade financeira em Portugal estão a diminuir gradualmente, com o país a mostrar progressos na resolução de dois problemas críticos. ”
A DBRS salienta a melhoria da atividade doméstica. “Pela primeira vez em muito anos, todos os bancos, à exceção do Novo Banco, apresentaram lucros em 2017“, nota a DBRS, acrescentando que os “resultados positivos para o setor foram sobretudo suportados pelo reforço da atividade doméstica e provisões significativamente mais baixas em termos homólogos”.
Apesar dos elogios, a DBRS lembra que há outros riscos, nomeadamente o crescimento célere dos novos empréstimos para a compra de casa. “Outros riscos potenciais para a estabilidade financeira incluem o crescimento de novos crédito à habitação e ao consumo, assim como o aumento forte sustentado dos preços das casas”, afirma, relembrando que o Banco de Portugal já tomou várias medidas macroprudenciais para travar o facilitismo na concessão de crédito. Sobre os preços das casas, estes estão a recuperar, realça, isto depois de uma queda de 15% entre 2010 e 2013.
(Notícia atualizada às 10h10 com mais informação)
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