ONU: Angola vai crescer apenas 2% este ano devido à dependência do petróleo
Segundo as Nações Unidas, o desempenho da economia angolana "continua bastante dependente das exportações de petróleo que, por sua vez, dependem do preço internacional e volume de produção no país".
As Nações Unidas reviram em baixa a previsão de crescimento de Angola para este ano, de 2,7% para 2%, devido à dependência da economia do petróleo, cuja subida de preço não deverá compensar a descida da produção
“O PIB de 2018 em Angola foi revisto em baixa para 2% nesta edição do relatório sobre a Situação Económica Mundial, comparando com 2,7% anteriormente, no seguimento de vários dados recentes incluindo o facto de que o PIB em 2017 cresceu apenas 1%”, disse à Lusa a analista de assuntos económicos com o pelouro de África nas Nações Unidas.
O desempenho da economia angolana “continua bastante dependente das exportações de petróleo que, por sua vez, dependem do preço internacional e volume de produção no país”, vincou Helena Afonso, notando que “apesar de o país estar a beneficiar de um aumento moderado no preço, a produção continua a diminuir e, com ela, a escassez de moeda estrangeira, a qual prejudica o sector das importações”.
Para esta economista responsável pelo acompanhamento das economias africanas nas Nações Unidas, “a rápida desvalorização do kwanza no final de 2017 tem continuado este ano e contribui para o elevado nível de inflação”, sendo que “o influxo de migrantes da República Democrática do Congo constitui um desafio acrescido para o país”.
No entanto, admitiu, “uma continuação da subida do preço do petróleo poderia suscitar uma revisão em alta do crescimento nas nossas próximas previsões” sobre Angola, país que é responsável por 3,3% das exportações de crude no mundo e é o segundo maior exportador de petróleo em África.
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