Patrões disponíveis para discutir natalidade, mas pedem políticas públicas
O presidente da CIP reagia às palavras de António Costa, que, no encerramento do Congresso do PS, pediu um acordo de concertação social para a conciliação da vida familiar e profissional.
O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal assegurou hoje que as empresas estão disponíveis para promover a conciliação da vida familiar com a profissional, mas alertou que também serão necessárias políticas públicas nesse sentido.
“É um desafio que não é novo, que nós já incorporamos há muito tempo em sede de concertação social, (…) nós queremos discutir natalidade há quatro, cinco anos, lamentavelmente não tem é existido disponibilidade da parte dos dois governos com quem já tentámos discutir esta matéria para este ponto”, afirmou António Saraiva, em declarações aos jornalistas à saída do 22.º Congresso do PS, que terminou hoje na Batalha, distrito de Leiria.
No discurso de encerramento da reunião magna dos socialistas, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro pediu um acordo de concertação social para a conciliação da vida familiar com a profissional, admitindo, por exemplo, alargar aos avós os direitos de assistência à família que hoje já existem para os pais e mães.
Numa reação à intervenção de António Costa, o presidente da CIP assegurou que as empresas estão disponíveis para o diálogo, “mas fazendo evoluções, não cortes abruptos, evoluindo para a nova sociedade, os novos desafios”.
“Gerar mais e melhor emprego para o crescimento económico, mas com políticas públicas que deem às empresas condições para esse objetivo”, sublinhou, considerando que as políticas públicas têm de ser desenhadas “juntamente com os desafios empresariais”.
Pois, acrescentou, só assim as empresas conseguirão incorporar as “novas realidades que a economia traz”.
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