Caixa volta a baixar spread da casa. Taxa cai para 1,3%
A CGD desceu a margem mínima para financiar a compra de casa. Colocou o spread mínimo nos 1,3%, deixando o BPI para trás e aproximando-se do BCP, Novo Banco e Santander. Banco CTT também baixou.
O banco liderado por Paulo Macedo não parece estar para brincadeiras. A CGD lançou um novo ataque na “guerra dos spreads“. O banco público voltou a cortar o spread mínimo que se dispõe a cobrar no crédito à habitação, desta vez para 1,3%. Deixou o BPI para trás e aproximou-se da margem mínima em vigor no BCP, Novo Banco e Santander Totta. O Banco CTT também cortou o seu spread mínimo, mas para 1,2%.
A descida do spread mínimo da Caixa para 1,3%, publicitada no preçário publicado a 5 de junho, acontece menos de quatro meses após a última revisão em baixa que levou a cabo em meados de fevereiro. Nessa ocasião, a instituição financeira liderada por Paulo Macedo colocou o seu spread mínimo nos 1,5%, sendo que há três anos que não efetuava qualquer mexida na sua margem mínima do crédito para a casa.
A CGD mostra-se assim bastante agressiva na sua estratégia de disponibilização de crédito à habitação, depois de ter começado o ano a apostar no lema da “solução rápida”. Ou seja, uma oferta de crédito à habitação em que diz ser possível assegurar a respetiva contratação em até 15 dias úteis.
Spreads mínimos da casa em dez bancos
Fonte: Preçários dos bancos
Aquando da revisão efetuada no seu leque de spreads, em fevereiro, fonte oficial do banco público disse ao ECO que “a Caixa está atenta ao mercado e ajusta o preço para que a sua oferta continue competitiva”. Algo que parece voltar a acontecer agora.
Com esta mexida, a CGD deixa de igualar o spread mínimo do BPI, que se mantém nos 1,5%, para se aproximar da restante concorrência mais direta. O BCP, o Novo Banco e o Santander Totta mantêm a sua margem mínima do crédito à habitação em 1,25%.
Apenas duas instituições financeiras, num universo total de dez, apresentam valores mais baixos. Especificamente, o Bankinter que tem a oferta mais competitiva, com spreads a partir de 1,15%, e também o Banco CTT. A instituição financeira que integra o grupo CTT atualizou também, em junho, o seu preçário de taxas do crédito à habitação, passando a colocar a sua margem mínima nos 1,2%, abaixo dos 1,3% que apresentava até agora.
A banca nacional mantém assim a luta “taco a taco” no sentido de impulsionar os seus níveis de disponibilização de crédito, que a par das comissões é um dos principais motores da rentabilidade do seu negócio.
Os últimos dados disponíveis mostram que, nos primeiros três meses deste ano, os bancos nacionais disponibilizaram mais de dois mil milhões de euros em crédito à habitação. Ou seja, o valor mais elevado dos últimos oito anos e que representou ainda um crescimento de 21% face ao mesmo período do ano passado.
Os elevados níveis de concessão de crédito à habitação já motivou meso a preocupação do Banco de Portugal que disse estar atento a esta realidade e entretanto decidiu recomendar aos bancos a aplicação de alguns limites na hora de dar crédito.
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