Obsessão dos Millennials pela UberEats pode acabar com a cozinha. Quem o diz é o UBS
Aplicações como a UberEats já se tornaram as melhores amigas dos Millennials, que cozinham cada vez menos em casa. Segundo o UBS, esta tendência pode acabar com a cozinha em pouco mais de dez anos.
A geração Y, também conhecida por Millennials, está a provocar grandes alterações na indústria, a transformar a economia e a obrigar alguns setores a reinventarem-se. Nascidos entre 1980 e 1996, estes jovens fazem parte da geração Airbnb e da geração Uber.
Quem diz Uber, diz, claro, UberEats. A geração Y faz a sua vida através do ecrã do smartphone, basta um clique para almoçar ou jantar, por exemplo. A oferta relacionada com as aplicações de entrega de comida ao domicílio está a crescer e a oferecer cada vez mais possibilidades a estes jovens, que são apontados como os principais responsáveis pela morte da cozinha. Encomendam cada vez mais comida, obcecados por aplicações como a Deliveroo ou a Uber Eats, e evitam os tachos e as panelas em casa.
Esta divisão da casa deverá morrer até 2030, revela o estudo do UBS. “A maioria das refeições, feitas atualmente em casa, será encomendada online, confecionadas por restaurantes ou cozinhas centrais”, escreveu um analista do banco de investimento.
O cenário previsto pela empresa com sede em Zurique aponta para um futuro em que as pessoas encomendam várias refeições por semana, a partir de startups de entrega de alimentos. Robôs e drones de entrega seriam a solução para que as refeições fossem mais baratas.
Ainda no mesmo cenário, o UBS prevê menos clientes nos supermercados e uma descida na venda de produtos frescos. Haverá, também, menos gente a comer nos próprios restaurantes. Tal cenário pode obrigar os supermercados e restaurantes a fazer grandes mudanças na sua atual estrutura. Cozinhando menos, a geração Y também comprará menos panelas, frigideiras e outros acessórios de cozinha.
Levantam-se outras questões: condições de trabalho, obesidade…
Segundo a Business Insider (conteúdo condicionado, em inglês), a morte da cozinha é um cenário inevitável. O UBS avançou, ainda, que os trabalhadores da Deliveroo são mal pagos e que, para obter flexibilidade, renunciam aos benefícios do emprego a tempo inteiro. No caso específico desta aplicação, os funcionários estão a lutar por melhores direitos, o que pode levar, por um lado, a que o Governo regulamente este setor e, por outro, a que as startups de entrega de comida tenham mais despesas.
Nos países mais afetados pela obesidade, como é o caso do Reino Unido, o Governo poderá ter de tomar medidas, como a intensificação de campanhas de saúde pública contra alimentos e refeições takeaway, incentivando mais pessoas a cozinhar em casa.
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